O Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem como principais características o prejuízo persistente na comunicação e interação social. O comportamento socialmente habilidoso refere-se a um conjunto de comportamentos emitidos por determinado indivíduo em um contexto interpessoal. Esta pesquisa buscou identificar dificuldades e facilidades existentes na relação da criança com TEA e seu cuidador. Trata-se de uma pesquisa de campo, qualitativa e descritiva. Foram selecionados doze participantes, por meio da técnica bola de neve, sendo mãe/pai ou responsável de criança com TEA. A coleta de dados realizou-se por meio de um questionário sociodemográfico e uma entrevista semiestruturada. Os dados quantitativos foram analisados por meio de estatísticas descritivas e os dados qualitativos através de análise de conteúdo. Foram encontradas quatro categorias que abordam a percepção dos pais a respeito da relação parental com as crianças: 1)Relação com a criança; 2)Dificuldades de interação com a criança; 3)Facilidades na interação com a criança e; 4)Características necessárias para o cuidado com a criança autista. Estas apontam que os participantes conseguem estabelecer uma relação satisfatória, estimulando a interação da criança com o meio social, encorajando tanto a linguagem verbal como não verbal e superando as dificuldades de modo resiliente, ou seja, respondendo positivamente a situações adversas. A hipótese foi corroborada, confirmando-se que existe influência das habilidades sociais dos pais/responsáveis sobre as crianças. Pode-se concluir que estimular o desenvolvimento das habilidades sociais dos pais/responsáveis das crianças autistas pode se configurar como uma possibilidade do desenvolvimento dessa criança, melhorando sua qualidade de vida e proporcionando maior independência.
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