Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar os desafios da prática docente na educação escolar quilombola nos territórios do Espírito Santo, tendo como objeto as narrativas de professoras quilombolas e os impactos da pandemia no cotidiano escolar. Trata-se de um recorte de uma pesquisa de doutorado em andamento. Como referenciais teóricos, privilegiamos estudos sobre a educação intercultural, as relações étnico-raciais, assim como a educação escolar no contexto da pandemia da covid-19 e a utilzação da “internet” como ferramenta de ensino nas escolas quilombolas, dialogamos com Candau (2016), Saviani e Galvão (2021), Jesus (2017), Walsh (2013), Behar (2019), Forde e Forde (2020). Durante o período da pesquisa, a situação atípica da pandemia tornou-se um desafio nesse sentdo buscamos na endoetnografia elementos para a composição desse estudo. Autores como Ribeiro (2018), Ginkel (1998), nos trouxeram elementos para avançar, ambos denominam esta proposta metodológica de endoetnografia, ou antropologia de casa. Oito professoras que atuam em escolas quilombolas foram entrevistadas, tendo sido abordado o ensino remoto e os novos desafios experimentados no exercício docente nesse período de pandemia. como resultado, concluimos com as narrativas das professoras que retrataram a rotina adotada nas escolas, com a interrupção das aulas presenciais. A percepção do uso dos meios tecnológicos, pouco utilizados em sala de aula antes da pandemia, que se tornaram ferramentas primordiais para a realização das aulas. As professoras sinalizaram as condições de trabalho por meio remoto, onde a sala de casa passou a ser também sala de aula.O trabalho de campo desenvolvido na pesquisa tem nos mostrado que esse não é um caminho fácil, especialmente porque envolve um contexto intercultural com muitas vozes.
Palavras-chave: Prática docente. Educação escolar quilombola. Ensino remoto.
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