Em seu texto sobre Revolução e Cultura, o historiador Eric Hobsbawm disserta sobre mudanças comportamentais e culturais ocorridas a partir da década de 1960 e estendendo-se até fins da década de 1980. Essas mudanças foram observadas nos costumes, na família e na relação entre os sexos e gerações. A partir da década de 1970, a sociedade se deparou com a naturalização da bissexualidade, o que provocou reações conservadoras. No centro desses estranhamentos e com o fortalecimento de uma cultura juvenil, o jovem entra em conflito com pais e professores. Essa alteração de comportamento, segundo Hobsbawm (2017), faz com que a burguesia passe a rever sua definição de “juventude”. Até então, o jovem já era um Ser humano “pronto”. A partir desse momento histórico, a juventude passa a ser um período de transição no qual a pessoa experimenta “arroubos comportamentais” até, por fim, “colocar a cabeça no lugar” e “assentar-se”. O jovem assume a condição autônoma de consumidor na transição das décadas de 1970 e 1980, tornando-se então o grande mantenedor da indústria fonográfica no segmento do rock. O autor afirma que a fatia de até 80% desse mercado era sustentado pelos jovens. O detalhe que representa o ponto de partida para nosso trabalho é a revelação de que isso se dá em países menos politizados. A partir daí, orientamos nossa Investigação para o Brasil, buscando analisar os artistas e consumidores do segmento das grandes gravadoras em contraposição a um outro jovem envolvido com produção cultural e rock: o jovem punk de fins da década de 1970 e 1980 no Brasil. Existe diferenças entre as produções artísticas deles, ainda que surgidos dentro da mesma geração e sociedade? Será que o jovem punk difere do consumidor das grandes gravadoras nas relações com pais e escola? Imaginamos que possa haver alguma dissenção entre esses atores, ou quem sabe confirmações, em relação às colocações estabelecidas por Hobsbawm. São essas comparações que este trabalho busca estabelecer.
O Seminário Discente, organizado por mestrandos e doutorandos do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), sob a gerência da Representação Discente do mesmo Programa, é um evento anual que tem como objetivo incentivar a apresentação, discussão e divulgação de atividades científicas, filosóficas e artísticas no campo educacional.
Nesse sentido, nos últimos anos, sempre com apoio do corpo docente do Programa, os estudantes têm se empenhado em trazer para o debate temas que possam contribuir para qualificar a atuação no magistério e nas demais áreas da educação, sejam institucionais ou de movimentos sociais.
Assim, como parte do eminente compromisso institucional pela defesa do progresso do conhecimento científico, dos direitos constitucionais e da democracia, este espaço se destina à divulgação de eventos e publicização de Anais dos Seminários Discentes do Programa de Pós-Graduação em Educação/UFF.
A cada Seminário Discente há um Template
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Comissão Científica do VI Seminário Discente do PPG em Educação/UFF – 2021
Comissão Científica
Responsável
Representação Discente UBUNTU – 2021/2022
E-mails: ppgeduffrd@gmail.com ou seminariodiscenteppgeduff@gmail.com
Universidade Federal Fluminense – UFF
Programa de Pós-Graduação em Educação – PPG em Educação/UFF
Rua Professor Marcos Valdemar Freitas Reis, s/n, São Domingos, Niterói, RJ.
CEP: 24210-201. Campus Gragoatá, Bloco D.
Horário de atendimento ao público: de segunda a sexta, das 08h às 18h
Site Oficial do Evento: https://doity.com.br/celebracao50anos-seminariodiscente
Anais do VI Seminário Discente do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFF
Ano: 2021
ISSN: 2965-0119
Periodicidade: Anual
Editores:
Comissão Organizadora:
Comissão da Cultura
Comissão da Comunicação
Comissão de Logística
Comissão Científica
Anais do I Seminário Discente 2010
Anais do II Seminário Discente 2013 – ISBN: 978-85-8999-406-4
Anais do III Seminário Discente 2016 – ISBN: 978-85-7993-379-0
Anais do IV Seminário Discente 2017 – ISBN: 978-85-7993-539-8
Anais do V Seminário Discente 2018 – ISBN: 978-85-922051-7-1