A CONCORDÂNCIA VERBAL DE TERCEIRA PESSOA DO PLURAL NO PORTUGUÊS BRASILEIRO: UMA ANÁLISE DA ANIMACIDADE DO SUJEITO COMO FATOR INFLUENCIADOR DA VARIAÇÃO

• Autor
• Israel Ferreira Santos
• Resumo

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  Muitos são os estudos que buscam compreender o processo de variação da concordância verbal de terceira pessoa do plural no português brasileiro. Nesse processo de investigação, diversos fatores linguísticos e extralinguísticos já foram considerados a fim de compreender quais deles influenciam, ou não, a variação das formas verbais. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo analisar como a animacidade do sujeito se comporta sobre a variação da concordância verbal na terceira pessoa do plural. Esse fator linguístico foi evidenciado pela primeira vez no trabalho pioneiro de Lemle e Naro (1977) sobre a concordância verbal de terceira pessoa do plural na cidade do Rio de Janeiro. Desde então, a animacidade do sujeito tem sido considerada em muitos estudos que investigam o fenômeno da variação da concordância verbal no português brasileiro. Dentre os trabalhos desenvolvidos, estão os de Oliveira (2005), Monguilhot (2009) e Carvalho (2019). Elas também consideraram esse fator em seus estudos. Essas obras, desenvolvidas à luz da Teoria Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008), serviram de base para as nossas análises. Os resultados alcançados demonstram que a animacidade do sujeito influencia a variação da concordância verbal no português brasileiro. Ficou evidenciado que quando o sujeito apresenta um traço semântico [+humano] há o favorecimento de uso das formas verbais canônicas, mais prestigiadas, enquanto que o traço do sujeito [- humano] influencia o uso das formas não-canônicas, ou seja, as mais estigmatizadas. 

   

• Palavras-chave
• Concordância verbal, Terceira pessoa do plural, Animacidade do sujeito.
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Sociolinguística

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