X ENCONTRO DE SOCIOLINGUISTICA

1 de dezembro de 2020, 15h00 até 4 de dezembro de 2020, 19h00
Online. Transmissão via Doity Play

Informações

O X Encontro de Sociolinguística é fórum privilegiado e consolidado para a socialização das pesquisas sociolinguísticas, seja de natureza descritiva ou aplicada. Nesta edição, os trabalhos selecionados serão organizados em sessões temáticas de resultados, espaço para socialização de resultados de trabalhos já concluídos, e em sessões temáticas de projetos, espaço para discussão e formação de redes de colaboração em pesquisas em andamento.

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Programação das Sessões Anais

Sessões de
Comunicações

Anais


Todas as transmissões estão disponíveis em nosso canal:
www.youtube.com/c/EncontrodeSociolinguística

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Palestrantes

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Silvia Figueiredo Brandão

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Leila Maria Tesch

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Neila Maria Oliveira Santana

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Norma Lucia Fernandes de Almeida

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Sebastião Carlos Leite Gonçalves

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Silvana Silva de Farias Araújo

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Evandro Landulfo Teixeira Paradela Cunha

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Raquel Meister Ko. Freitag

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Juan Manuel Hernández-Campoy

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Norma da Silva Lopes

Programação:

Desafios na constituição de corpora linguísticos Conferência · Silvia Figueiredo Brandão

Sessões de Comunicação 01 e 02 Apresentação Oral

Estratégias para a continuidade de amostras sociolinguísticas Mesa-redonda · Leila Maria Tesch, Neila Maria Oliveira Santana, Norma Lucia Fernandes de Almeida, Sebastião Carlos Leite Gonçalves, Silvana Silva de Farias Araújo

Sessões de Comunicação 03 e 04 Apresentação Oral

Sessões de Comunicação 05 Apresentação Oral

Técnicas e abordagens sociolinguísticas em tempo de distanciamento social Mesa-redonda · Evandro Landulfo Teixeira Paradela Cunha, Lívia Oushiro, Raquel Meister Ko. Freitag

Sessões de Comunicação 06 e 07 Apresentação Oral

Sociolingüística Virtual, Sociolingüística Histórica y el Tratamiento del Tiempo en el Estudio Longitudinal del Cambio Lingüístico Conferência · Juan Manuel Hernández-Campoy

10 anos do Encontro de Sociolinguística Encerramento · Norma da Silva Lopes

Realização

Comissão Organizadora

Silvia Figueiredo Brandão

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) / CNPq


Desafios na constituição de corpora linguísticos

Após uma breve retrospectiva sobre iniciativas que tiveram por objetivo debater questões relativas à constituição e disponibilização de corpora linguísticos, discutem-se, com base em experiências pessoais e em relatos sobre características de alguns bancos de dados, critérios que vêm presidindo ao seu estabelecimento, tendo em vista os diferentes objetivos das análises a serem empreendidas. Comentam-se, ainda, propostas para a obtenção de dados, de modo a atenuar dificuldades como as que dizem respeito a acesso às áreas de pesquisa, a recursos para organizar corpora de grande e pequeno porte e disponibilizá-los à comunidade científica.

Leila Maria Tesch

Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)


PortVix: estratégias de bancos de dados para a continuidade da documentação em pesquisas sociolinguísticas

No início dos anos 2000, sob o enfoque da Sociolinguística Variacionista, nasce o Projeto “Português falado em Vitória” (PortVix), cujo objetivo maior é a descrição e análise da fala de pessoas nascidas e residentes na capital do Espírito Santo, Vitória. A constituição do banco de dados deve-se a dois fatos: 1) a cidade de Vitória, uma das mais antigas do Brasil, não possuía, até então, um banco de dados linguísticos e, consequentemente, pouco se conhecia sobre essa variedade; 2) a variedade capixaba não é reconhecida pelos brasileiros e o próprio capixaba afirma que sua fala não apresenta marcas características, considerando-a, portanto, não-marcada, diferentemente do que popularmente se considera das variedades vizinhas - a baiana, a mineira e a carioca. O principal banco de dados do PortVix (cf. YACOVENCO et al., 2012) é composto de 46 entrevistas, tendo sido utilizadas as variáveis sexo/gênero, faixa etária e escolaridade dos entrevistados para a constituição de uma amostra estratificada. Outras amostras foram constituídas com o objetivo de se ampliar o conhecimento sobre a variedade capixaba, destacando-se as de jornais (TESCH, 2011), as de cartas pessoais antigas (MASSARIOL, 2018) e a da fala da área rural de Santa Leopoldina (FOEGER, 2014; LOPES, 2014). Em março de 2020, com o advento da pandemia por covid-19, fez-se necessária a formação de bancos de dados não mais com entrevistas pessoais, que também seriam ricos para a análise da variação e mudança linguística. Entre eles, destacamos os constituídos por telejornais capixabas (RANGEL, 2020; SANTOS, 2020). Nesta apresentação, pretendemos (1) apresentar o projeto PortVix; (2) sintetizar os trabalhos desenvolvidos e em desenvolvimento, com base nos dados deste projeto e (3) apresentar as estratégias de banco de dados analisados em pesquisas sociolinguísticas em período de isolamento social. 

 

Referências:

FOEGER, Camila Candeias. A primeira pessoa do plural no português falado em Santa Leopoldina/ES. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) - Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2014.
LOPES, Lays de Oliveira Joel. A concordância nominal de número no português falado na zona rural de Santa Leopoldina. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) - Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2014. 
MASSARIOL, Caroliny Batista. A expressão do sujeito pronominal em cartas e postais capixabas do século XX. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) - Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2018. 
RANGEL, Kaio. Nós e a gente em telejornal capixaba: análise sociolinguística no ESTV 1ª edição. Texto para Exame de Qualificação. (Mestrado em Estudos Linguísticos) - Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2020.
SANTOS, Tamilly Costa. Variação da primeira pessoa do plural nós e a gente no telejornal Balanço Geral/ES: novas variáveis. Subprojeto de pesquisa de Iniciação Científica. Programa de Iniciação Científica, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2020.
TESCH, L. M. A expressão do tempo futuro no uso capixaba: variação e gramaticalização. 2011. 192f. Tese (Doutorado em Linguística) - Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011. 
YACOVENCO, Lilian Coutinho; SCHERRE, Maria Marta Pereira; TESCH, Leila Maria; BRAGANÇA, Marcela Langa L; EVANGELISTA, Elaine Meireles; MENDONÇA, Alexandre Kronemberger de; CALMON, Elba Nusa; CAMPOS JÚNIOR, Heitor da Silva; BARBOSA, Astrid Franco; BASÍLIO, Jucilene Oliveira Sousa; DEOCLÉCIO, Carlos Eduardo; SILVA, Janaína Biancardi da; BERBERT, Aline Fonseca; BENFICA, Samine de Almeida. PROJETO PORTVIX: A FALA DE VITÓRIA/ES EM CENA. Alfa: Revista de Linguística (UNESP. Online), v. 56, p. 771-806, 2012.

Neila Maria Oliveira Santana

Universidade do Estado da Bahia (UNEB)


A técnica da saturação teórica em pesquisas de abordagem qualitativa

Nesta apresentação, propõe-se discutir o conceito metodológico de amostragem por saturação teórica, técnica utilizada em pesquisas de abordagem qualitativa, a qual o tamanho da amostra não é definido pela quantidade, mas pelo critério da saturação. O termo saturação indica o momento da coleta em que o acréscimo de ocorrências não traz informações novas ou relevantes que contribuam para o desenvolvimento da pesquisa, sendo assim, o levantamento de novos dados é suspenso. Esta é uma técnica muito utilizada nas áreas de Administração e Saúde, além de ser possível seu uso nos campos da Semântica Cognitiva Sócio-histórica, da Sociolinguística Histórica e da Sociolinguística Cognitiva. Para ilustrar sua aplicabilidade, será apresentado o processo de coleta de dados em uma pesquisa na área de Semântica Cognitiva Sócio-histórica, que visa a estudar o conceito de ‘doença’, em textos publicados no jornal O Estadão, no período das pandemias de Gripe Espanhola (século XX) e Covid-19 (século XXI). Posto isso, compreende-se que o tamanho da amostra não deve ser uma preocupação do pesquisador, se o estudo não se constitui a partir de objetivos elaborados pela perspectiva quantitativa.

Norma Lucia Fernandes de Almeida

Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)


A constituição de corpora linguísticos nos sertões baianos

Este trabalho pretende apresentar a constituição dos corpora do projeto A língua portuguesa falada no semiárido baiano, desenvolvido institucionalmente desde 1998. Serão apresentados os critérios para escolhas das comunidades e dos informantes, bem como relatar as dificuldades encontradas e a importância das questões socio-histórico-culturais para a formação de amostras de fala.

Sebastião Carlos Leite Gonçalves

Universidade Estadual Paulista (UNESP)


Ciência aberta, banco de dados aberto e condições para estudos sociolinguísticos em tempo real de curta duração: as contribuições do Projeto ALIP (Amostra Linguística do Interior Paulista)

No contexto do movimento “Ciência Aberta”, o compartilhamento livre de banco de dados com amostras de entrevistas sociolinguística caminha ainda a passos lentos na Sociolinguística brasileira. Mais do que um simples nomeador de adeptos ao movimento, o rótulo Ciência Aberta designa um novo modelo de prática científica colaborativa, interativa e compartilhada do conhecimento e da cultura científica, portanto, um modelo público de ciência que busca responder ao desenvolvimento da cultura digital, partilhando abertamente com a sociedade, e não apenas com grupos específicos, informações e materiais de pesquisa em rede (ALBAGLI, 2015, p. 13). É na consideração desse contexto que apresentamos, nesta mesa, a contribuição pioneira do Projeto ALIP – Amostra Linguística do Interior Paulista – que, já em 2007, tornava de acesso público seu banco de dados “Iboruna” (= Rio Preto, em Tupi Guarani). O banco compõe-se de dois tipos de amostras: “Amostra censo”, com 152 entrevistas sociolinguísticas coletadas na região noroeste do estado de São Paulo, e “Amostra de interação”, com 11 interações dialógicas envolvendo de dois a cinco informantes, gravadas secretamente em contextos de interação social livre. O usuário do banco de dados tem acesso livre a toda documentação linguística resultante do Projeto: gravações acompanhadas das respectivas transcrições, diários de campo, fichas sociais dos informantes, manual de transcrição, roteiro de entrevistas e todos os relatórios de pesquisa produzidos ao longo do período em que o projeto foi desenvolvido (2003 a 2008). Em pouco mais de uma década de existência, o banco de dados conta mais de 300 usuários cadastrados (do Brasil e do exterior) e já propiciou a produção de mais de uma centena de trabalhos dedicados à descrição da língua inserida em seu contexto social. Registre-se, por último, que, dentre suas prerrogativas, o Projeto prevê a continuidade da coleta das amostras por meio de estudo de painel (panel study) e/ou estudo de tendência (trend study), de modo a disponibilizar método propício para estudo da mudança em progresso, combinando-se “observações no tempo aparente e no tempo real [de curta duração]” (LABOV, 1994, p. 63), com a garantia de que, entre eles, haja continuidade.

Silvana Silva de Farias Araújo

Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)


A constituição de corpora linguísticos nos sertões baianos

Este trabalho pretende apresentar a constituição dos corpora do projeto A língua portuguesa falada no semiárido baiano, desenvolvido institucionalmente desde 1998. Serão apresentados os critérios para escolhas das comunidades e dos informantes, bem como relatar as dificuldades encontradas e a importância das questões socio-histórico-culturais para a formação de amostras de fala.

Evandro Landulfo Teixeira Paradela Cunha

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)


A Web como corpus para o estudo da variação linguística

Com a crescente popularização dos ambientes de interação na Web, como fóruns de discussão e redes sociais online, o estudo da variação linguística em dados provenientes da Internet torna-se cada vez mais relevante. Nesta intervenção, serão abordadas as principais motivações, possibilidades e limitações relativas ao uso de dados provenientes da Web para a pesquisa sociolinguística, e serão discutidas desde questões técnicas sobre coletas até de que forma esse tipo de material difere dos dados “tradicionais”. Como pano de fundo, serão apresentados os esforços para a compilação do corpus Xereta – um corpus de comentários coletados em um portal de notícias brasileiro.

Lívia Oushiro

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)


Coleta de dados para pesquisas sociolinguísticas (em tempo de pandemia)

Esta fala tem o objetivo de reportar a experiência e as reflexões da disciplina Metodologia da Investigação Sociolinguística do PPG-Linguística do IEL/UNICAMP, no primeiro semestre de 2020, cujo tópico principal foi o desenvolvimento de trabalho de campo e na qual, malgrado o receio inicial quanto à sua viabilidade no contexto de distanciamento social decorrente da pandemia de COVID-19, foi possível implementar as práticas de coletas e refletir sobre o trabalho de campo em Linguística. A disciplina consistiu em discussões, planejamentos e coletas de dados através de eliciação (Chelliah, 2014), questionários (Campbell-Kibler, 2013), monitoramento midiático (D’Arcy; Young, 2012) e entrevistas sociolinguísticas (Becker, 2013), tendo em mente um continuum naturalidade-controle (Nagy, 2006) e considerações éticas para com os participantes (Eckert, 2013). Argumenta-se que “novas” fontes de dados—como canais do YouTube, tweets, programas de TV e gravações a distância—requerem cuidados éticos especiais, e podem fornecer dados tão ou mais naturais quanto os de entrevistas sociolinguísticas; por outro lado, métodos como questionários, facilmente implementáveis na Internet, permitem maior controle do pesquisador mas necessariamente se voltam a perguntas mais pontuais. Em última instância, o contexto de comunicação digital deve conduzir o sociolinguista à análise de novos contextos da língua em uso e a revisar os procedimentos éticos de suas coletas.

Raquel Meister Ko. Freitag

Universidade Federal de Sergipe (UFS)


Pistas diretas e indiretas para acessar o conhecimento sociolinguístico do falante

A consciência sociolinguística é um conhecimento explícito que emerge de experiências agregadas de reconhecer as diferenças linguísticas no momento da interação, e chega à compreensão como linguistica e socialmente significativas (SQUIRES, 2016). Todos os falantes de uma língua desenvolvem uma consciência de língua (language awareness), uma gama de conhecimentos específicos sobre a língua: tanto da estrutura e gramática, como conhecimento sobre os aspectos sociais de uma língua, incluindo variação linguística, variabilidade no ajuste entre falante e audiência, intenções do falante. O acesso ao conhecimento sociolinguístico do falante pode se dar por meio de pistas diretas ou indiretas, que serão objetos da exposição nesta fala.

Juan Manuel Hernández-Campoy

Universidade de Murcia, Espanha


Sociolingüística Virtual, Sociolingüística Histórica y el Tratamiento del Tiempo en el Estudio Longitudinal del Cambio Lingüístico

Las limitaciones de las aproximaciones transversales y las dificultades para realizar adecuadamente las longitudinales al observar el cambio lingüístico han constituido siempre dos preocupaciones esenciales en el tratamiento del tiempo en la sociolingüística variacionista. Sin embargo, los avances en la tecnología computacional junto con el desarrollo de recursos digitalizados y grandes corpus textuales están transformando la investigación lingüística. Así, se ha demostrado que el uso de corpus orales electrónicos, como los procedentes de muestras de habla radiofónica, son materiales excelentes para la detección y análisis cuantitativo y cualitativo de la variación estilística y el cambio lingüístico en curso. Igualmente, la digitalización de las humanidades y el desarrollo de corpus escritos históricos están proporcionando nuevas oportunidades de investigación en sociolingüística histórica, al permitir sumergirnos en periodos remotos de una lengua y reconstruir con mayor precisión su funcionamiento interno y el comportamiento sociolingüístico de sus hablantes en la interacción social comunicativa de la época. Ambos recursos digitales, por tanto, nos proporcionan una perspectiva privilegiada en la investigación para explorar lenguas actuales o del pasado: metodológicamente, al implicar a informantes de diferentes perfiles socio-demográficos, biológicos, geográficos, y circunstancias personales, son extremadamente útiles para analizar su comportamiento sociolingüístico inter-hablante e intra-hablante a lo largo de periodos prolongados de tiempo y, consiguientemente, para rastrear la naturaleza, evolución, dirección y difusión de una innovación lingüística transversalmente en tiempo aparente –generando variabilidad–, y longitudinalmente en tiempo real a través de grupos generacionales homogéneos de hablantes –fomentando cambio. A su vez, procedimentalmente, actuan como aproximaciones virtuales donde el problema del ‘tiempo real’ en su ejecución propiamente longitudinal se neutraliza convenientemente en términos prácticos. En tiempos de pandemia por contingencia COVID-19, como la situación actual, también resultan un recurso muy socorrido de fuente de datos lingüísticos cuando las restricciones sociales impiden realizar trabajos de campo por razones sanitarias.

Norma da Silva Lopes

Universidade do Estado da Bahia (UNEB)


10 anos do Encontro de Sociolinguística

O Encontro de Sociolinguística é um evento que se iniciou como local e circunscrito à UNEB em 2010, mas que gradativamente foi ampliando o seu escopo de participantes e colaboradores, até se transformar, em 2014, em um evento regional itinerante. O propósito do Encontro de Sociolinguística é congregar pesquisadores da área que desenvolvem pesquisa na região da Bahia e Sergipe, uma área dialetal que é tradicionalmente vista como homogênea, mas que apresenta muitas peculiaridades, assim como apresentam peculiaridades as instituições nesta região: são pequenas, com programas de pós-graduação ainda em consolidação e com poucos recursos. Por isso, encontros regionais são importantes para a socialização de metodologias de pesquisa e seus resultados, em um cenário pouco propício e pouco explorado pelos grandes centros. Este, completam 10 anos do evento e é com alegria que celebramos uma década.

Publicado o livro "Desafios para Pesquisa em Sociolinguística", fruto deste evento.