Introdução: A percepção do corpo gordo variou influenciada pelo contexto sociocultural. A patologização da gordura se intensificou no século XX, quando o combate à obesidade se tornou uma prioridade em políticas de saúde pública. No entanto, o debate atual envolve também o estigma corporal e a necessidade de abordagens diagnósticas mais humanizadas. Objetivo: Identificar como a gordura foi historicamente transformada em indicador de saúde. Métodos: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura com base na pesquisa de artigos publicados nos últimos cinco anos nas bases de dados Periódicos CAPES, PubMed Central, LILACS e SciELO, utilizando os (DeCS) “Weight Prejudice”, “Body Weight”, “Medicine”, “Epidemiology”, “Public Health”, “Obesity”, “Medicalization” e “Social determinants of health”. Resultados: Foram analisados 4 estudos com metodologias e amostras variadas. Os resultados indicam que, a obesidade, embora rotulada como doença, não diminui o preconceito, mas a associação a fatores genéticos pode reduzir a culpabilização individual. Estratégias como contato direto e narrativa médica mostraram eficácia na redução do preconceito entre profissionais de saúde. Conclusão/Considerações finais: A revisão mostrou que a gordura foi historicamente patologizada e transformada em um marcador de saúde, reforçando estigmas e exclusão social. Destaca-se a necessidade de abordagens inclusivas, além de políticas públicas que desconstruam a visão pesocêntrica e considerem a diversidade corporal e os determinantes sociais de saúde.
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