Introdução: A demanda por alimentos com maior durabilidade e qualidade impulsionou, nos últimos anos, pesquisas voltadas para inovações tecnológicas na conservação dos alimentos. Embora métodos tradicionais, como a refrigeração e o uso de aditivos químicos, ainda sejam amplamente empregados, novas estratégias vêm sendo desenvolvidas com foco na sustentabilidade, segurança alimentar e preservação das características sensoriais dos produtos. Diante disso, tornou-se relevante investigar as principais inovações tecnológicas aplicadas à conservação de alimentos, considerando seu potencial de contribuição para a sustentabilidade e a segurança alimentar. Objetivo: Apresentar as principais inovações tecnológicas empregadas na conservação de alimentos, destacando técnicas emergentes que prolongam a vida útil dos produtos, garantem a segurança alimentar e melhoram a qualidade dos alimentos processados. Métodos: Tratou-se de uma pesquisa científica do tipo revisão integrativa de literatura. O levantamento de dados foi realizado no mês de março de 2025, utilizando-se a base de dados Google Acadêmico com os Descritores em Ciências da Saúde: “Inovações tecnológicas”, “Conservação de alimentos”, “Vida útil de alimentos” e “Segurança alimentar”. Inicialmente, foram encontrados 10 artigos. Após a aplicação dos critérios de exclusão: artigos indisponíveis na íntegra, textos fora do escopo temático central da conservação de alimentos e publicações do tipo resumos, restaram 7 artigos. Foram incluídos artigos em português, publicados entre 2015 e 2025, com texto completo e alinhados ao tema, assim permitiu a seleção final de 5 artigos. Resultados: As tecnologias identificadas nos artigos analisados mostraram-se eficazes em estender a vida útil dos alimentos, aumentar sua segurança microbiológica e reduzir impactos ambientais. Entre as inovações, destacou-se o uso da radiação ultravioleta (UV) como alternativa para inativação de microrganismos deteriorantes, como Escherichia coli e Salmonella, em sucos e vegetais. A radiação UV apresentou bons resultados na redução da carga microbiana, mantendo as propriedades sensoriais dos alimentos. Outra tecnologia destacada foi a das embalagens ativas, que interagem com o alimento, liberando substâncias antimicrobianas e controlando fatores como umidade e oxidação. Essas embalagens são frequentemente produzidas a partir de materiais biodegradáveis, contribuindo para a sustentabilidade ambiental. Também foram abordados os revestimentos comestíveis à base de polissacarídeos como amido, celulose e pectina. Esses revestimentos formam uma camada protetora sobre frutas e vegetais, retardando o amadurecimento e a perda de umidade. Quando associados a compostos antimicrobianos naturais, como óleos essenciais, mostraram-se eficientes na inibição de microrganismos patogênicos. Além disso, observou-se uma crescente demanda por embalagens convenientes e tecnológicas, como aquelas que facilitam o consumo em movimento e incluem sensores de frescor ou liberadores de antioxidantes. Tais características atendem ao novo perfil de consumidores e ajudam a manter a qualidade dos alimentos por mais tempo. Conclusão: As inovações tecnológicas identificadas nos artigos analisados demonstraram efetividade na conservação de alimentos, com benefícios claros à segurança alimentar, à qualidade dos produtos e à sustentabilidade. A radiação UV, as embalagens ativas e os revestimentos comestíveis apresentaram potencial para substituir métodos tradicionais, reduzindo a necessidade de aditivos químicos e embalagens não biodegradáveis. Este trabalho contribui ao compilar tecnologias emergentes e destacar seu impacto positivo, incentivando novas investigações sobre sua viabilidade em diferentes contextos de aplicação industrial.
Comissão Organizadora
Unifametro
Camila Pinheiro Pereira
Isadora Nogueira Vasconcelos
Roberta Freitas Celedonio
Natalia Cavalcante Carvalho Campos
Camila Pinheiro Pereira
Alane Nogueira Bezerra
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