MAPEAMENTO DAS FORMAS VERBAIS EM ESTRUTURAS CONDICIONAIS NA FALA CAPIXABA

• Autor
• Larissa de Souza Viana
• Co-autores
• Leila Maria Tesch
• Resumo

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  O principal objetivo deste trabalho é apresentar as combinações modo-temporais que ocorrem por meio das articulações das formas verbais na prótase e apódose de estruturas condicionais iniciadas pela conjunção se nos contextos do real, potencial e irreal, na fala da cidade de Vitória/ES. Realizamos por meio Sociolinguística Variacionista (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006 [1968]) um mapeamento inédito do cenário das condicionais na comunidade capixaba, a partir de dados orais do banco de dados PortVix. Os dados foram organizados e tratados por meio do Microsoft Excel, sendo posteriormente classificados como real, potencial ou irreal. Encontramos nas construções mapeadas: 3,15% em contextos reais, 77,56% potenciais e, enfim, 19,29% irreais. Identificamos, também, as formas verbais que se alternam na prótase e apódose destas construções.  Constituímos, assim, um mapeamento das combinações verbais inseridas nos três contextos e averiguamos os grupos de fatores (ordem das orações; faixa etária; sexo; escolaridade) em relação às combinações verbais coletadas. Foram encontradas 793 construções condicionais encabeçadas pela conjunção se nos âmbitos do real, potencial e irreal, formando, ao todo, 31 articulações verbais. Nas construções pertencentes ao real notamos a formação de 5 combinações, sendo o Presente do Indicativo + Presente do Indicativo a mais frequente, com 18 ocorrências. Os dados considerados potenciais formaram ao todo, 27 combinações verbais. O Futuro do Subjuntivo na prótase com o Presente do Indicativo na apódose foi a articulação mais utilizada, constituindo 328 dados no contexto do potencial. Por fim, as construções condicionais irreais formaram 15 combinações verbais em 153 dados, tendo quase um uso categórico do subjuntivo na prótase. Além disso, a forma verbal Pretérito Imperfeito do Subjuntivo foi a mais frequente na condicional do irrealis na fala dos capixabas. Em relação a ordem das orações a hipótese inicial se confirmou, tendo um uso muito maior da forma canônica (SE + PRÓTASE + APÓDOSE). Verificamos, finalmente, dentre as formas verbais mais frequentes nos três contextos do real, potencial e irreal, o uso da forma do Futuro do Pretérito relacionado aos falantes jovens e adultos e aos mais escolarizados.

   

• Palavras-chave
• Sociolinguística, construção condicional, combinação modo-temporal, alternância verbal, conjunção se.
• Área Temática
• Sociolinguística Variacionista

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