ESTUDO SOCIOVARIACIONISTA DA DITONGAÇÃO NA FALA DE VITÓRIA

• Autor
• Jacqueline Alves de Oliveira
• Resumo

•  

  Este trabalho tem como objetivo realizar uma análise de como o fenômeno denominado ditongação se comporta na fala de moradores de Vitória, capital do Espírito Santo. Tal fenômeno, para Aragão (2000) “ao que tudo indica, é um fenômeno essencialmente fonético causado por necessidades eufônicas, não tendo, assim, existência no sistema da língua, mas em sua realização na fala”, estando acima do nível de consciência de muitos falantes. O estudo baseia-se nas abordagens teóricas propostas pela Sociolinguística Variacionista LABOV, (2008 [1972]) nas quais os aspectos fonológicos e fonéticos da língua são os desencadeadores dos processos de variação em curso em determinados grupos de falantes. O Corpus utilizado é o PortVix (YACOVENCO, 2009; YACOVENCO et. al., 2012) composto por 46 entrevistas que seguiram a metodologia de entrevista laboviana. Um estudo preliminar realizado por Oliveira (2017) com pequena parte do Corpus do PortVix, mostrou que a ditongação está presente na fala dos capixabas. Dando continuidade a este estudo, serão apresentados resultados de 34 entrevistas já analisadas que resultaram em 3.110 submetidas à análise quantitativa por meio do programa computacional GoldVarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005).  Os resultados estatísticos já indicam a presença do fenômeno em frequência de 73,5%. Variáveis linguísticas como contexto antecedente, fone final, extensão lexical, item lexical, conjuntamente a fatores sociais, como sexo/gênero, grau de escolaridade e faixa etária dos informantes serão os condicionadores que embasarão nossas considerações acerca do comportamento da ditongação na variedade de fala capixaba.

   

• Palavras-chave
• Ditongação, Fala de Vitória, PortVix.
• Área Temática
• Sociolinguística Variacionista

Voltar