O presente estudo é resultado de uma pesquisa de mestrado pesquisa vinculada à Universidade do Estado de Santa Catarina, ao Programa de Pós-graducação em Educação, à linha de pesquisa Políticas Educacionais, Ensino e Formação e ao Grupo de Pesquisa Infância, Cidadania e Redes Educativa. Temos por objeto de estudo a avaliação da Educação Infantil na Rede Municipal de Ensino de Florianópolis, partindo do pressuposto que a avaliação da Educação Infantil qualifica a prática pedagógica, em prol do direito das crianças a uma educação pública de qualidade. Esta pesquisa contextualiza a avaliação da qualidade nua instituição pública municipal de Educação Infantil, que participou de uma pesquisa censitária desenvolvida pela Secretaria Municipal de Educação, sob assessoria técnica da Fundação Carlos Chagas, que investigou a avaliação da qualidade dos ambientes de turmas de creches e pré-escolas, por meio da aplicação de duas escalas norte-americanas: a ITERS-R e a ECERS-R. Tomando como base os resultados apontados por essa pesquisa censitária, nosso estudo investiga a seguinte questão problema: Por que linguagem e raciocínio obteve baixa pontuação na avaliação da qualidade em uma instituição educativa com ampla trajetória de formação continuada em serviço? Para a realização do estudo adotamos a perspectiva qualitativa utilizando a pesquisa - ação como método de procedimento e, enquanto coleta de dados realizamos a técnica interativa de grupo focal com 8 professoras, totalizando 12 encontros. Na perspectiva de desenvolver um percurso participativo, portanto, democrático, lançamos o desafio complexo de olhar de dentro a própria prática pedagógica, interrogando-a, problematizando-a, tendo como referência a identidade institucional que a instituição educativa pretendeu alcançar. A pesquisa potencializou o caráter formativo e em contexto da avaliação e constatou que as professoras conhecem superficialmente os documentos curriculares municipais e nacionais. Nesse sentido, o empoderamento como partícipes da avaliação da qualidade dos ambientes, possibilitou a esse grupo de professoras perceberem-se como autoras da própria prática para assumirem a responsabilidade compartilhada sobre os resultados revelados na aplicação da ECERS-R e desencadearem um processo de negociação para qualificar a prática pedagógica por meio da elaboração de um plano de melhorias. O presente estudo apontou a necessidade de que a avaliação da qualidade dos ambientes realizada nas instituições de Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis tome parte das políticas públicas de avaliação, ancorada numa abordagem metodológica formativa e em contexto, longe de ser meramente diagnóstica.
Comissão Organizadora
CLÁUDIA APARECIDA FERREIRA MACHADO
Andrey Guilherme Mendes de Souza
DENICE DO SOCORRO LOPES BRITO
Fatima Rita Santana Aguiar
Comissão Científica
Árlen Almeida Duarte de Sousa
Denice do Socorro Lopes Brito
Egeslaine De Nez
Fátima Rita Santana Aguiar
Geisa Magela Veloso
JOÃO LUIZ SIMPLÍCIO PORTO
Leandro Luciano Silva Ravnjak
Maria Clara Maciel de Araújo Ribeiro
Maria Jacy Maia Velloso
Monica Maria Teixeira Amorim
Rita Tavares de Mello
Rosângela Silveira Rodrigues
Shirley Patrícia Nogueira de Castro e Almeida