A partir de meados da década de 2000 o Brasil vivenciou uma significativa expansão de Programas de Pós-graduação stricto sensu (PPG), com o aumento de matrículas e ampliação do número de profissionais pós-graduados no mercado. (CGEE, 2020). Assim, para Richetti (2014), a avaliação dos egressos dos PPG constitui medida necessária ao aprimoramento dos programas, e medida que envolve o conhecimento do perfil e inserção profissional dos egressos de modo a edificar uma universidade mais includente e plural. Orientado por essa perspectiva o presente estudo tencionou analisar o perfil e a inserção profissional de egressos do curso de mestrado do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Social (PPGDS) da UNIMONTES. O estudo envolveu aplicação de questionários eletrônicos para egressos que obtiveram o título no período de 2006 a 2019. Obteve-se um retorno de 61% dos sujeitos cujo perfil apresenta as seguintes características: são em sua maioria pardos, mulheres, com pais de pouca escolaridade, egressos que trabalhavam enquanto cursavam o mestrado e que consideram que o título lhes conferiu maiores oportunidades de trabalho. Os dados revelam a significativa inserção profissional destes atores na área da educação, notadamente como docentes do ensino superior. São achados que confirmam dados apontados pela DAV/CAPES (2017) e por Galvão et al (2016). Acerca da inserção profissional, verifica-se que 80% dos egressos estão no mercado de trabalho. Nota-se, contudo, que o percentual de homens empregados é de 90% enquanto o de mulheres é 74%. Nota-se, também, que é pequeno o percentual de pretas (11%) e pretos (10%) entre os egressos. Há que se considerar que a ampliação de vagas na educação superior brasileira favoreceu o acesso de mulheres, contribuindo para redução das diferenças de escolarização entre homens e mulheres. (BELTRÃO e ALVES, 2009). Entretanto, persistem distorções relacionadas ao acesso à educação conforme a faixa etária, a região do país e, especialmente, em relação à cor/raça. Outrossim, é preciso considerar as diferenças no acesso ao trabalho e no tocante aos salários. (BRASIL/IBGE, 2019). São achados que reforçam a premência de políticas para enfrentamento de desigualdades de gênero e raça.