ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM GEOGRAFIA: RELATO DE EXPERIÊNCIANO ENSINO REMOTO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
Samara Mendes de Brito
Acadêmica do curso de Geografia da Universidade Estadual de Montes Claros
Lívia Aparecida Alves de Jesus
Acadêmica do curso de Geografia da Universidade Estadual de Montes Claros
Dailma Luzia Vitor Leite
Acadêmica do curso de Geografia da Universidade Estadual de Montes Claros
Jaqueline Mendes Juiz
Acadêmica do curso de Geografia da Universidade Estadual de Montes Claros
Dulce Pereira dos Santos
Professora do Departamento de Estágios e Práticas Escolares
Palavras-chave: estágio remoto; tecnologia; pandemia COVID-19
Resumo – Relato de Experiência
Este resumo é fruto de experiências vivenciadas pelas acadêmicas do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), durante o Estágio Curricular Supervisionado no período não presencial. O objetivo desse relato é apresentar as diferentes percepções observadas no estágio, através de diferentes olhares, apresentar pontos positivos e negativos que foram observados durante os estágios. Justifica-se pela necessidade de compreender, avaliar e refletir sobre como ocorreu à formação de professores por meio do estágio remoto durante a pandemia da COVID – 19. A metodologia utilizada nesse resumo foi à revisão bibliográfica e relatos das estagiárias que utilizaram dos recursos tecnológicos para o cumprimento do estágio obrigatório. A relação tecnologia e educação podem trazer grandes avanços e mudanças nas formas de ensino, conforme destaca (KENSKI, 2012, p. 44) que “a presença de uma determinada tecnologia pode induzir profundas mudanças na maneira de organizar o ensino”. Descrevem as experiências: i) ocorreu com turmas do 1º ano do Ensino Médio, com aulas através dos grupos de WhatsApp, onde eram lançadas atividades para entrega a secretaria da escola. Os conteúdos eram administrados através do Plano de Estudos Tutorados (PET) e atividades complementares. As aulas tinham pouquíssimas participações dos alunos, muitas justificadas pela falta de computadores, celulares e internet. O estágio remoto no Ensino Médio foi uma experiência muito distante do estágio presencial, a falta de contato direto com os alunos e com o “chão da sala” dificultou o desenvolvimento de atividades mais dinâmicas e consequentemente, o aprendizado dos alunos. Observou-se também a falta de interesse dos alunos e a limitação do professor em avançar alem dos conteúdos do PET. Contudo, aliados aos recursos tecnológicos como os aplicativos de mensagens e vídeo WhatsApp e Google Meet, os aplicativos de jogos educativos como Word Wall, Jamboard, e Google Classroom, passaram a serem ferramentas didáticas na elaboração das aulas virtuais. ii) em um outro momento o estágio ocorreu em uma escola de área rural com restrições relacionadas à falta de acesso à internet, aparelhos para conexão com as aulas e dificuldades dos pais em relação as atividades propostas aos filhos. O estágio nessa etapa foi desenvolvido em turmas mistas do Ensino Fundamental sendo, 6º e 7º ano, 8º e 9º ano juntos. Os alunos tinham acesso aos conteúdos trabalhados através do PET e atividades complementares sendo fornecidas pela escola. Entretanto, poucos alunos participavam devido às limitações existentes no meio rural, comprometendo o processo ensino-aprendizagem. Assim, as experiências vivenciadas durante o estágio remoto proporcionou evidenciar as limitações em desenvolver um estágio de qualidade em caráter remoto, mas que apresentou positividade no avanço ao uso dos recursos tecnológicos durante a pandemia e que, possivelmente estarão em uso no retorno do ensino presencial.
Referências
KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: Editora Papirus, 2012.