AS ESTRATÉGIAS PARA LER COMO RECURSO DE ACESSIBILIDADE PARA O ESTUDANTES CEGO NO ENSINO SUPERIOR

  • Autor
  • Kelly Alencar Fróes Fonseca
  • Co-autores
  • Maria Clara Maciel de Araújo Ribeiro
  • Resumo
  •  

    Embora busquemos ampliar os debates sobre inclusão no Ensino Superior, são poucos, senão raros, os estudos que conferem algum protagonismo às falas dos indivíduos com deficiência, no tocante às suas impressões em relação ao seu próprio processo inclusivo na universidade ou debates quanto aos desafios e possibilidades do desempenho de suas atividades acadêmicas (MARTINS; SILVA, 2019). O letramento de pessoas cegas parece se estabelecer adiante da materialidade do acesso ao papel impresso. Lendo para além do que os olhos veem, cegos se tornam letrados (ou iletrados) a partir da relação que estabelecem com práticas sociais letradas. Seja para adquirir conhecimento, para compreender ou se expressar num padrão de linguagem escrita socialmente, cidadãos cegos lançam mão de ledores ou de tecnologias digitais capazes de prover acessibilidade e suporte à interação. Segundo Ribeiro e Mota (2020), nas sociedades letradas, a leitura tornou-se uma prática indispensável ao processamento da aprendizagem formal, mesmo porque, é a partir dela que os indivíduos que se submetem aos processos instrucionais formais interagem com um conjunto de conhecimentos construídos e consolidados socialmente. Logo, a participação dos estudantes no domínio discursivo acadêmico ocorre, em certa medida, por meio da leitura. Sendo assim, como qualquer outro aluno, o estudante cego precisa sentir-se incluído no domínio discursivo acadêmico. Essa inclusão é perpassada, em boa medida, pelas estratégias utilizadas (ou não) para ler, compondo um mosaico de pertencimento ou de deslocamento do Ensino Superior. Logo, questionamos: como se dá a constituição dos acadêmicos cegos como sujeitos da leitura, considerando o uso de estratégias para ler como suporte para a compreensão textual? Assim, estabelecemos o objetivo geral da pesquisa discutir como os acadêmicos cegos se constituem leitores no Ensino Superior, considerando as estratégias para ler utilizadas nesse processo de constituição. A pesquisa parte do aporte teórico da Educação Inclusiva e adotamos a pesquisa de campo realizada por meios de entrevista semiestruturada gravada em áudio e vídeo focalizando quatro acadêmicos cegos matriculados nos cursos de licenciatura em Educação Física, Letras/Português e Pedagogia da Universidade Estadual de Montes Claros. Diante dos resultados da pesquisa, podemos relacionar as estratégias de leitura mais utilizadas pelos estudantes cegos, além de constatar que os aplicativos de leitores de tela constituem importante ferramenta e assistem de forma significativa às demandas de leitura do indivíduo com deficiência visual ao promover a inclusão, sobretudo no Ensino Superior, possibilitando acesso ao volume e à complexidade das leituras que fazem parte do domínio discursivo acadêmico.

  • Palavras-chave
  • Palavras-chave: Ensino Superior; Educação Inclusiva; Estudante cego; Estratégias para ler.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Alfabetização e Letramento
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