O seguinte relato de experiência trata-se de uma observação que ocorreu em uma instituição pública, localizada na cidade de São Francisco – MG, em uma turma constituída por crianças de 04 anos, no turno matutino do dia 16 de novembro de 2022. O objetivo central da prática foi analisar a rotina das crianças desta instituição, buscando perceber a vivência destes alunos com a natureza nos espaços da escola. O contato com a natureza, segundo (TIRIBA,2005), é de fundamental importância, já que as crianças têm certo fascínio pelos espaços externos. De uma forma geral, estes espaços, se constituem como lugares que dão liberdade de locomoção, instigam a criatividade, promovem o contato com a natureza, dentre outros, por isso, a escola deve planejar atividades que levem às crianças a explorar estes espaços.
Segundo a (BNCC 2018), o campo da experiência que estuda espaços, tempos, quantidades, relações e transformações, permite ter vivências significativas onde às crianças vão explorar a natureza por meio do lúdico, por isso é importante ter uma visão de como conduzir uma turma, sendo necessário usar vários recursos do cotidiano da criança, para que ela descubra curiosidades.
No dia em que foi realizada esta observação, foi possível perceber que a sala de aula, da turma observada, é relativamente pequena, as mesas estavam organizadas em círculo, as crianças tinham um horário cronometrado para todas as atividades que foram realizadas, e que as atividades eram todas impressas. Neste dia, o pátio não foi explorado, mesmo tendo tempo sobrando. Nesse sentido é necessário que professores estejam abertos a mudanças de metodologia utilizadas em suas aulas, o uso do espaço externo seria uma grande oportunidade de exploração do ambiente pelas crianças.
Sobre esta questão (Horn,2004),nos diz que, o educador deve ter um olhar atento e sensível a todos os elementos que estão em seu alcance na sala de aula, até mesmo mudar um móvel de lugar e organizar um material, faz com que todos tenham uma concepção pedagógica, por isso a chave é explorar todos os ambientes que puder.
A prática de observação realizada despertou a reflexão sobre a necessidade de incluir a criança em todos os ambientes possíveis e fazer com que ela se sinta especial em toda atividade realizada no meio escolar, trouxe também uma experiência riquíssima, pois nos mostrou a realidade de uma escola, nos tornando mais experientes e cientes do que pode vir a acontecer, quando for nossa vez ser exemplo para uma turma de crianças.
Portanto ao final desse relato, acreditamos que nos foi dada uma bagagem cheia de experiências e aprendizados, pois atrelada a disciplina de Ciências Humanas e da Natureza na Educação Infantil construímos um pensamento concreto e nos desenvolveu a vontade de sermos mais ativas na intenção de inserir a criança em todos os ambientes e de torná-la crítica e atuante na sociedade, focando no lúdico e concreto, para que a aprendizagem seja de fato alcançada.
Referência
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
ORGANIZAÇÃO do Tempo e do Espaço na Educação infantil – Pesquisas e Práticas. In: NONO, Maévi. Organização do Tempo e do Espaço na Educação Infantil – Pesquisas e Práticas. [S. l.], 28 fev. 2011. Disponível em: http://www.acervodigital.unesp.br/handle/123456789/297. Acesso em: 10 dez. 2022.
TIRIBA, L. Crianças, Natureza e Educação Infantil. 2005. Tese (Doutorado em Educação) - Departamento de Educação do Centro de Teologia e Ciências Humanas, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. p. 208-209.
HORN, M. G. S. Sabores, cores, sons, aromas. A organização dos espaços na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Comissão Organizadora
CLÁUDIA APARECIDA FERREIRA MACHADO
Francely Aparecida dos Santos
Pedro Aurélio Cardoso da Silva
Raiana Alves Maciel Leal do Carmo
Victória Lobo
Comissão Científica
Ferramenta completa de submissão, avaliação e publicação de anais para eventos científicos.
