Ao falar da Literatura Surda é preciso primeiro entender que a criança surda precisa aprender a Língua de Sinais. É sabido que o contato diário com a Libras é muito importante para o desenvolvimento do surdo, para refletir sobre si mesmo, sobre seu comportamento, sentimentos e entender-se como sujeito de sua própria história. Para tanto, o apoio da família também é primordial nesse processo, todos precisam se envolver e proporcionar a comunicação e participação desse indivíduo Surdo em todos os momentos, no ambiente familiar e fora dele, para que ele guarde memórias e experiências que contribuirão para se descobrir como sujeito Surdo pertencente a uma comunidade com sua própria língua, identidade e cultura. Desse modo, a partir da análise de tres relatos autobiográficos presentes na obra Família sem libras: até quando?, coletânea organizada por Cleusa Inês Ziesmann, Gladis Perlin, Shirley Vilhalva e Sonize Lepke, o objetivo é identificar processos de subjetivação por meio do contato com a Língua de Sinais e das relações familiares. Para isso, será feita análise da presença de narrativas autobiográficas nos estudos da Literatura Surda com o apoio teórico acerca da escrita de si, de Michel Foucault (2009), e seus processos de subjetivação na relação língua e família, trazendo a discussão debates propostos por Kanavillil Rajagopalan (2003), Karin Strobel (2018), Luiz Claudio da Costa Carvalho, entre outros.
Comissão Organizadora
CLÁUDIA APARECIDA FERREIRA MACHADO
Francely Aparecida dos Santos
Pedro Aurélio Cardoso da Silva
Raiana Alves Maciel Leal do Carmo
Victória Lobo
Comissão Científica