VOZES E SABERES: DIÁLOGOS ENTRE A PRÁXIS PEDAGÓGICA DE MULHERES NEGRAS DOCENTES E A EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA EM OLIVEIRA-MG

  • Autor
  • Daiane Oliveira da Cruz
  • Co-autores
  • Cirlene Cristina de Sousa (Orientadora)
  • Resumo
  • Este trabalho é parte da pesquisa de mestrado em andamento “Vozes e Saberes: Diálogos entre a práxis pedagógica de mulheres negras docentes e a educação antirracista em Oliveira-MG”, que tem por objetivo analisar como a práxis pedagógica de mulheres negras docentes constrói uma educação antirracista na educação infantil em Oliveira-MG. O tema central é a Educação para as Relações Étnico-Raciais, com desdobramentos no fazer docente de mulheres negras – que se compreende sob o viés político. Partindo das deliberações da Lei nº 10.639/03 e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais a pesquisa é justificada por três dimensões, a saber: a) pessoal – envolvendo as experiências docentes e de vida da pesquisadora-; b) teórico/acadêmica: a partir de lacunas identificadas tanto no contexto da pesquisa, dialogando com Silva (2019) e Almeida (2011), quanto a sua localização no campo de discussões, envolvendo a Lei e suas deliberações, e relações com demais produções acadêmicas que abordem as possibilidades de construção da educação antirracista, dos fazeres docentes de mulheres negras, e de novas epistemologias criadas a partir desses sujeitos; c) a dimensão política/social, que configuram as relações implicadas  na pesquisa, pelo grupo de recorte – mulheres negras docentes-, como meio de destaque a um grupo historicamente atravessado por opressões, como também na construção da educação antirracista na Educação Infantil, sendo esta etapa essencial e que ainda se pauta por luta de direitos. Para tal, nos apoiamos em Gomes (1995; 2005; 2017; 2018), Cavalleiro (2006), Hooks (2017) e Munanga (2005; 2020). A análise teórica, tem por orientação os fundamentos da Teoria Crítica da Raça, em Ladson-Billings (2008) e Parker & Roberts (2015) e se alinham aos conceitos básicos da pesquisa, que se localizam: em relação aos sujeitos – mulheres negras docentes – utilizamos interseccionalidade de raça e gênero (AKOTIRENE, 2019; CARNEIRO 2011; CRENSHAW, 2002; DAVIS, 2016; GONZALEZ, 1984, RIBEIRO, 2020) e em sentido de práxis pedagógica em Paulo Freire (1987). A metodologia de caráter qualitativo baseia-se no conceito de escrevivência, cunhado por Conceição Evaristo (2020), e nas entrevistas narrativas. Ao oportunizarmos destaque as vozes e saberes de mulheres negras docentes, pretendemos conectar as dimensões identificadas sem perder de vista os aspectos sócios históricos, culturais e políticos ao evidenciar o protagonismo de suas práxis. Abrangendo a ruptura de ideologias estruturais e na relação dos sujeitos na busca de uma sociedade democrática e igualitária.

  • Palavras-chave
  • Educação Antirracista, Mulheres negras docentes, Práxis pedagógica
  • Área Temática
  • Saberes e práticas docentes.
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