Esse trabalho é derivado do projeto em desenvolvimento no programa de pós-graduação Stricto-Sensu da Universidade do Estado de Minas Gerais — FaE/UEMG, com o título: Na Cartografia Do Velejar: Como Aprendiz, Aprendo No Mar - O Teatro Do Oprimido Na Educação Como Possibilidade Para Linguagem Corporal Em Busca De Um Devir Humano, em que pondera sobre a metodologia do Teatro do Oprimido como uma possibilidade movente para uma educação estética sensível. Tendo como objetivo geral analisar a relação do corpo no território escolar articulado com a metodologia do Teatro do Oprimido para linguagem corporal. A inquietação sobre o corpo nos levou a pensar em sua construção histórica na escola, portanto o trabalho gravita em torno da pergunta: Como desconstruir o corpo mecanizado no espaço escolar e construir o corpo como linguagem? - a contribuição da metodologia do Teatro do Oprimido para a educação básica. Neste sentido, guiados pela metodologia cartográfica de Deleuze e Guattari, conduzimos os estudos de oitenta artigos científicos qualis A1 de arte-educação e educação e arte de 2004 – 2022 sobre o ensino do teatro na educação. Com base nos critérios de análise criadas, como: título, autor, ano, revista, assunto, função de arte no ensino, característica do ensino de arte, problematização ou plano geral do texto, diálogo com Augusto Boal/T.O, algumas considerações/deslocamentos. Havendo também o processo do estudo de dez cadernos de campo de três professoras que registraram suas experiências no estágio supervisionado do curso de Pedagogia UEMG/ Ibirité; no qual, foram criados critérios de análise tais como: Modalidade educacional, ano, estagiária/ Escola/ professora/ aluno, descrição de relação de poder, relações dos corpos, por onde anda a arte? Relação professor/ aluno/ coordenação. Assim como o caderno de bordo da pesquisadora sobre as oficinas na extensão universitária sobre T.O., realizadas entre 2018 e 2019. Para pensar o Teatro na educação, além do estudo teórico dos autores que buscamos o diálogo, tais como: Boal (1975/1996/2009/2012), Merleau-Ponty (1999), Foucault (1984/2012/2013), Freire (1995/ 2003), Bondia (2002), Rancière (2005) e Deleuze e Guattari (2009). Espera-se que o trabalho possa contribuir para pensar o Teatro do Oprimido para uma educação sensível na formação humana, pois, através das experiências sensíveis que atravessam o corpo escolar, espera-se que os educandos construam uma relação com o mundo, de modo a desenvolver o pensamento crítico e reflexivo contribuindo para pensar maneiras de transformar o mundo que se habita.
Comissão Organizadora
CLÁUDIA APARECIDA FERREIRA MACHADO
Francely Aparecida dos Santos
Pedro Aurélio Cardoso da Silva
Raiana Alves Maciel Leal do Carmo
Victória Lobo
Comissão Científica