UMA LUZ NO SISTEMA PRISIONAL - ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO NA (RES)SOCIALIZAÇÃO DOS REEDUCANDOS PRIVADOS DE LIBERDADE NO PRESÍDIO REGIONAL DE MONTES CLAROS.

  • Autor
  • Edson Cosme Martins Filho
  • Co-autores
  • Leandro Luciano Silva Ravnjak
  • Resumo
  • A realidade dos integrantes do sistema prisional privados de liberdade é preocupante, atingindo não apenas o sistema jurídico e criminal, mas a sociedade civil. A maioria da população carcerária do Brasil é composta por homens, jovens, negros, pobres e de baixa escolaridade. Ademais, o ambiente prisional enfrenta diversas dificuldades para garantir uma efetiva reintegração na sociedade dos reeducandos. Este é um sistema em que prevalecem condições terríveis, superlotação e com profundas marcas de estigmatizaçãoNo Brasil, em pleno século XXI, permanece em aberto o debate acerca da ineficiência do sistema prisional, somadas ao acúmulo de tentativas inapropriadas das alternativas penais convencionais nas ações de reintegração social dosreeducandos privados de liberdade à sociedade. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça - CNJ (2022) população carcerária brasileira é de 711.463, sendo que deste total, 563.526 mil pessoas, cumprem penas em regime fechado enfrentando problemas de superlotação nas Unidades Prisionais, além disso, observa-se que outros problemas, tais como a expansão das organizações criminosas no interior dos presídios, problemas na infraestrutura (insalubridade) das prisões que diminuem as possibilidades de aplicabilidade de políticas educacionais efetivasA busca pela compreensão do funcionamento do sistema penitenciário e sua interface com as políticas públicaseducacionais, cujos protagonistas são os indivíduos em situação de privação da liberdade torna-se relevante no contexto vivenciado. A pesquisa proposta tem como objetivo analisar a influência da educação na (res)socialização dos reeducandos matriculados no ensino fundamental e na Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Presídio Regional de Montes Claros. Pretende-se verificar como a educação pode contribuir para o rompimento do ciclo de criminalidade e reincidência, contribuindo para a formação do indivíduo privado de liberdade oferecendo além da possibilidade de acesso as novas perspectivas profissionais, a valorização pessoal e social. Ademais, a perspectiva é de que, do acesso às práticas educacionais, o reeducando possa fazer uso proveitoso dos conhecimentos, valores e práticas disseminadas pela seara instrucional. Entende-se que a educação precisa ser problematizada, pensada para e com os reeducandos, isto porque estes têm diferentes desejos, interesses e necessidades que lhes permitem construir um sujeito em constante mudança, e transformação interior, e não apenas um sujeito recluso para cumprimento de sentenças. Propõe-se como trajetória metodológica uma abordagem qualitativa. Nesse contexto, propõe-se a realização de um estudo de caso, com uso de técnicas de entrevistas semiestruturadas, de observação e de análise documental.

  • Palavras-chave
  • Educação. Sistema Prisional. Ressocialização. Reincidência.
  • Área Temática
  • Políticas públicas, gestão da educação e currículo.
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  • Políticas públicas, gestão da educação e currículo.
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