O interesse por esta temática encontra-se relacionado ao desenrolar das matérias de História da Educação e História da Educação no Brasil do curso de Pedagogia/ EAD da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, que abordavam sobre como ocorreu o processo educacional no Brasil, e isso despertou o interesse para entender de forma mais aprofundada a educação feminina no século XIX, período em que Nísia Floresta, trouxe riquíssimas contribuições para a educação brasileira, com a fundação do Colégio Augustto. Pautamos inicialmente na importância da educação das mulheres como direito e libertação no Brasil do século XIX, onde a predominância era uma educação masculina. Com isso, serão investigadas as matérias desses jornais relacionadas à educação de meninas no século XIX em acervo digital, focando na educação de mulheres cariocas e as práticas do Colégio Augustto, com ênfase no ano de 1837. A presente pesquisa tem por problemática central, a seguinte questão: Como se consolidou a forma do processo educativo proposto por Nísia Floresta no Rio de Janeiro do século XIX e quais eram suas práticas e contribuições para a educação feminina desse período? Para isso, iremos analisar quais eram as práticas produzidas para educação feminina no Colégio Augusto; descrever as leis de 1837 e os impactos para o Colégio Augusto; verificar como era a educação feminina de acordo com a proposta pedagógica de Nísia Floresta. Como referencial teórico dessa análise serão utilizados os textos de Lonza (2019), Tavares (2021) e Silva (2014), dos quais temos como categoria principal a compreensão da proposta e contextos de educação do século XIX, bem como os motivos que levaram Nísia Floresta a criar um colégio estritamente para meninas, com foco na instrução e não na costura, o que era recorrente naquela época. Em termos metodológicos no escrito será realizada uma pesquisa bibliográfica, de abordagem qualitativa e historiográfica. Como instrumentos de investigação considera-se os jornais O Comercio e o Mercantil, que serão vistos por uma perspectiva de análise de informações sobre o Collégio Augusto no Rio de Janeiro, capital da corte na época. A pesquisa terá como base a Lei nº 81 de janeiro de 1837, referente a Lei da instrução primária e a Lei da Instrução Pública para escolas de meninas, essas leis foram importantes para a educação de mulheres do Rio de Janeiro, pois em ordem a lei nº 81, visa a classe de ordem do ensino de instrução primária para mulheres, e a de instrução pública que determinava quais matérias deveriam ser ensinadas na instrução primária para meninas. A pesquisa pretende somar aos estudos que vem sendo desenvolvidos no campo da história da educação sobre a educação de meninas no Brasil.
Comissão Organizadora
CLÁUDIA APARECIDA FERREIRA MACHADO
Francely Aparecida dos Santos
Pedro Aurélio Cardoso da Silva
Raiana Alves Maciel Leal do Carmo
Victória Lobo
Comissão Científica