Com o intento de pesarmos os fundamentos da reforma do Ensino Médio, propomos com este trabalho um diálogo ente a concepção de educação proposta pelo filósofo e pedagogo Agostinho da Silva e as tendências pedagógicas progressistas, com enfoque nos preceitos da pedagogia histórico-crítica. Para tanto, por meio de uma pesquisa qualitativa faremos uso dos textos Agostinianos: Pólicles e Conversação com Diotima e da obra Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire. Agostinho da Silva entende a educação para além do reducionismo da Escola Tradicional, compreendendo-a humanista e libertadora, como visualizamos em seus estudos. Percebe-se que, para ele, a escola tradicional reduzia os sujeitos a uma funcionalização em obediência a um modelo limitante do ser, enquanto sujeito pensante, pois reduzia as suas possibilidades de percorrer em plena liberdade – no sentido ético –, pois, impossibilitaria o livre pensamento. Ao encontro do pensamento agostiniano, Freire apresenta em sua obra elementos fundamentais para a efetivação de uma educação ética em que possibilite a capacidade crítica, a curiosidade e o respeito à autonomia do educando. Ele atesta que os interesses humanos devem prevalecer os interesses de mercado, em que a prática educativa atue a favor da liberdade e da democracia, contrariando as concepções do sistema capitalista neoliberal, em que a economia do mercado, fundada na ética do lucro predomina em suas ações.
Comissão Organizadora
CLÁUDIA APARECIDA FERREIRA MACHADO
Francely Aparecida dos Santos
Pedro Aurélio Cardoso da Silva
Raiana Alves Maciel Leal do Carmo
Victória Lobo
Comissão Científica