Contextualização e justificativa da prática desenvolvida
Os estudos que se dedicam à vertente do letramento têm desencadeado uma série de discussões no contexto educacional brasileiro. Dentre estes desdobramentos, nos deparamos, especificamente, com a temática do letramento matemático, pela qual necessita ser mais discutida e ampliada.
Problema norteador e objetivos
Qual é a importância dos ateliês para a potencialização da aprendizagem das crianças com TEA e quais são os benefícios para o letramento matemático desse público? O objetivo, foi analisar o uso dos ateliês Freinet (1977) para a aprendizagem matemática de um aluno com TEA.
Procedimentos e/ou estratégias metodológicas
Metodologicamente este artigo caracteriza-se por ser um estudo teórico à luz da literatura científica que versa sobre o referido tema. Logo, quanto aos procedimentos de pesquisa caracteriza-se por ser estudo de caso.
Fundamentação teórica que sustentou/sustenta a prática desenvolvida
Por meio da abordagem do letramento matemático pretendeu-se discutir a inclusão do aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA). No processo de alfabetização é preciso que os estudantes conheçam o alfabeto e dominem a escrita e a leitura, pois são parâmetros necessários para que o aprendiz consiga “codificar e decodificar” os sons da língua (fonemas) em material gráfico através da escrita (grafemas ou letras (Brasil, 2014).
Nessa perspectiva, destaca-se os ateliês de Freinet (1977), o autor pontua que esses constituem-se como um recurso lúdico para ser inserido no processo de ensino aprendizagem.
No decorrer do ano letivo de 2023 observou-se que um aluno com TEA do terceiro ano do Ensino Fundamental I que estava com restrições no aprendizado da matemática, em reunião com os envolvidos na vida escolar do estudante, decidiu-se o trabalho com jogos.
Os jogos foram sistematizados para serem realizados em forma de rodízio, utilizando as experiências dos ateliês, Freinet (1977) pois as crianças aprendem sobre autonomia, cooperação, trabalho e livre expressão entre os alunos.
Anteriormente, a realização dos ateliês foi realizada uma roda de conversa explicando como seria a atividade proposta. O primeiro ateliê com os jogos propõe a confecção de um cartaz com as regras, o segundo ateliê propõe a retomada do primeiro, com todo o processo de criação e reprodução das regras, o terceiro ateliê propõe a retomada da produção e exposição do material do segundo ateliê, o quarto e quinto ateliês foram realizados, sucessivamente.
Resultados da prática
No que concerne ao aluno com autismo, a partir da realização das atividades mencionadas, foi possível observar que este apresentou uma participação ativa e um maior engajamento no desenvolvimento das propostas, sinalizando que a realização de atividades lúdicas permitiu que este, indistintamente, conseguisse se desenvolver e aprender de forma significativa.
Relevância social e relação com a COPED
Atividades diversificadas e dinãmicas para que se efetive o ensino e aprendizagem do aluno, através da capacitação profissional e reestruturação da instituição escola.
Considerações finais
Chegamos à compreensão de que as atividades com os ateliês vêm para contribuir com o processo educativo dos discentes, auxiliando-o a desenvolver a autonomia na infância, de forma lúdica e significativa.
Comissão Organizadora
XV Congresso Nacional de Pesquisa em Educação: "ED
Comissão Científica
Comissão Organizadora do XV COPED
Profa. Dra. Francely Aparecida dos Santos
Prof. Dr. Heiberle Hirsgberg Horácio
Prof. Dr. Lailson dos Reis Pereira
Prof. Dr. Leando Luciano Silva Ravnjak
Profa. Dra. Raiana Alves Maciel Leal do Carmo
Profa. Dra. Úrsula Adelaide de Lélis
Profa. Dra. Viviane Bernadeth Gandra Brandão
Profa. Dra. Zilmar Gonçalves Santos
Realização
Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE)
Departamento de Métodos e Técnicas Educacionais (DMTE)
Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)
Financiamento
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)