O GÊNERO MIDIÁTICO DESENHO ANIMADO NA SALA DE AULA

O GÊNERO MIDIÁTICO DESENHO ANIMADO NA SALA DE AULA

• Autor
• Ires Cristina Souza Teixeira
• Co-autores
• Ana Márcia Ruas de Aquino
• Resumo

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  O GÊNERO MIDIÁTICO DESENHO ANIMADO NA SALA DE AULA

   

  Ires Cristina Souza Teixeira

  Universidade Estadual de Montes Claros

  irescristina202@gmail.com

  Ana Márcia Ruas de Aquino

  Universidade Estadual de Montes Claros

  anamarciaaquino@gmail.com

  Eixo: Alfabetização, Letramento e outras Linguagens

  Palavras-chave: Desenho animado; Vozes do discurso; Aplicabilidade na educação.

   

  Resumo

  O desenho animado é uma das facetas midiáticas que serviu [e ainda serve, em grande escala, a partir das plataformas de streaming, como o YouTube] ao público como ferramenta de entretenimento, porém é indubitável que a roteirização, como parte do processo criativo, revela o jogo de vozes nos discursos de seus personagens. Por esse motivo, a relevância desta pesquisa consiste não somente na identificação e análise das condições de produção das informações presentes no episódio O incômodo, em Bob Esponja Calça-Quadrada, mas também na apresentação de aplicabilidades escolares que se aproximem da realidade dos educandos, conectando-se com pesquisas em Educação e com o Eixo Alfabetização, Letramento e outras Linguagens. Sendo assim, é válido questionar: se o dinamismo das redes, ao mesmo tempo em que propicia um contato mais acessível com suas produções, evolui, a ponto de proporcionar momentos discursivos mais lúdicos aos sujeitos, por que não aproveitarmos esse recurso imersivo para trabalharmos a compreensão textual dos alunos, os quais consomem diariamente conteúdo midiático? Cabe dizer que este trabalho, enquanto pesquisa qualitativa, objetiva expor o atravessamento de vozes no discurso dos personagens: Professora Puff, Fininho e Bob-Esponja. Para isso, usaremos como fundamentação teórica o dialogismo, a partir de Bakhtin (2011) e de Silva (2013), bem como as inferências elaborativas de Coscarelli (2002), que evidenciarão, a partir do que (não) está posto, as relações semântico-pragmáticas e discursivas. Por fim, pontua-se ainda que, apesar de esta pesquisa estar em andamento, é potencialmente significativa para o contexto escolar, uma vez que o trabalho crítico com gêneros midiáticos, nas salas de aula, pode oferecer um desenvolvimento profícuo no que se refere ao exercício de cidadania autônoma, crítica e criativa, em diferentes esferas da (con)vivência humana, ao priorizar produções comuns ao universo dos alunos da educação básica (Brasil, 2018).   

   

  Referências

  BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Prefácio à edição francesa de Tzvetan Todorov; introdução e tradução do russo de Paulo Bezerra. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.

  BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

  COSCARELLI, Carla Viana. Reflexões sobre as inferências. Anais do VI CBLA- Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada, Faculdade de Letras da UFMG, CD Rom, 2002.

  SILVA, Adriana Pucci P. de F. e. Bakhtin. In: OLIVEIRA, Luciano Amaral (Org.).  Estudos do discurso: perspectivas teóricas. São Paulo: Parábola Editorial, 2013, p. 45-69.

• Palavras-chave
• Desenho animado, vozes do discurso, aplicabilidade na educação
• Área Temática
• Alfabetização, Letramento e outras Linguagens