A pesquisa tem por objetivo compreender as concepções sobre protagonismo juvenil empregadas nos itinerários formativos que integram a formação dos estudantes do Novo Ensino Médio (NEM). Visto que as novas concepções pedagógicas destacam a importância de construir uma educação mais democrática, inclusiva e libertária, onde todos devem ser atores sociais na transformação da sociedade, coloca-se nos currículos escolares a necessidade do protagonismo juvenil. Sendo assim, é salutar o entendimento das verdadeiras propostas e compromissos dos itinerários formativos na construção de sujeitos políticos, econômicos, sociais, culturais e artísticos. Como estamos inseridos na lógica neoliberal de produção material e imaterial da vida, identificar os possíveis avanços e limites colocados no currículo do NEM, é uma forma de atuar criticamente diante das demandas contemporâneas e de propor superação dos entraves na formação dos jovens. Dessa forma, analisar-se-á, por meio de revisão bibliográfica, o Currículo Referência de Minas Gerais, Base Nacional Comum Curricular, a Lei Nº 13.415/2017, apostilas, plano de curso e outros documentos que trazem concepções de protagonismo juvenil para os itinerários. Seguindo essa visão de que jovens devem ser preparados para o mundo em constante mudança, portanto, atores na luta por uma sociedade mais justa, inclusiva e menos desigual, preocupados com o ambiente, reflexões de Paulo Freire (1987) sobre curiosidade investigativa é um termo chave para fomentar o desejo constante e permanente dos estudantes nas criação de perguntas inovadoras e de novas descobertas. Mas se não engajam nessa utopia, quais são as perspectivas de futuro em meio às incertezas Weller (2014) e onde se encontram nos itinerários os temas mobilizadores diante de questões tão urgentes. De acordo com Chaui (2023), é preciso resistir na luta contrária aos atropelos do neoliberalismo e em defesa de uma educação pública de qualidade, gratuita e democrática, que esteja preocupada com a formação humana. E assim se pensa em jovens que vão atuar em sua comunidade, envolvido com os problemas de sua região e voltados para o autoconhecimento, seguindo uma lógica do pensamento decolonial Grosfoguel (2023). Portanto, pretende-se que a pesquisa colabore com o entendimento sobre o protagonismo juvenil para além das amarras dos currículos.
Comissão Organizadora
XV Congresso Nacional de Pesquisa em Educação: "ED
Comissão Científica
Comissão Organizadora do XV COPED
Profa. Dra. Francely Aparecida dos Santos
Prof. Dr. Heiberle Hirsgberg Horácio
Prof. Dr. Lailson dos Reis Pereira
Prof. Dr. Leando Luciano Silva Ravnjak
Profa. Dra. Raiana Alves Maciel Leal do Carmo
Profa. Dra. Úrsula Adelaide de Lélis
Profa. Dra. Viviane Bernadeth Gandra Brandão
Profa. Dra. Zilmar Gonçalves Santos
Realização
Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE)
Departamento de Métodos e Técnicas Educacionais (DMTE)
Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)
Financiamento
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)