A EXPERIMENTAÇÃO DAS DIMENSÕES DA DOCÊNCIA E REFLEXÕES SOBRE HUMANIZAÇÃO E APROPRIAÇÃO DO PROCESSO ARTÍSTICO

A EXPERIMENTAÇÃO DAS DIMENSÕES DA DOCÊNCIA E REFLEXÕES SOBRE HUMANIZAÇÃO E APROPRIAÇÃO DO PROCESSO ARTÍSTICO

• Autor
• Mariana Ati Cardoso Caetano
• Resumo

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  Resumo – Relato de Experiência

   

  Contextualização e justificativa da prática desenvolvida

  Este trabalho visa apresentar uma percepção pessoal da experiência de iniciação à docência na E. E. Dom Aristides Porto, em Montes Claros, através do PIBID no subprojeto de Artes Visuais, pela Unimontes, afim de ilustrar a desconstrução da idealização da atividade docente e a solidificação de uma noção mais realista da profissão.

   

  Problema norteador e objetivos

  O problema norteador foi a notável desumanização do ensino decorrente da restrição didática às metodologias tradicionais. Objetivou-se incorporar a sensibilidade, a bagagem artística e os processos criativos na didática, demonstrando como a arte pode contribuir nesse processo.

   

  Procedimentos e/ou estratégias metodológicas

  Foi utilizada a revisão bibliográfica, além do acompanhamento das aulas no PIBID.

   

  Fundamentação teórica que sustentou/sustenta a prática desenvolvida

  Para Zamperetti: “No confronto do futuro professor com a sala de aula é que as dicotomias entre teoria e prática, saberes e fazeres, decisão e ação, dentre outras, se evidenciam na situação real agudizada pela existência de imprevisibilidades” (Zamperetti, 2015, p. 23). Assim, encaro a docência como uma tela em branco, nos permitindo certa liberdade de criação. “Olhar e pensar a docência esteticamente, como uma ‘obra de arte’, é de alguma forma assumir uma cena docente feita de dificuldades, dissonâncias, resistências, frustrações, erros, acertos, mudanças de rumo, dúvidas, incertezas, conquistas, sucessos” (Loponte, 2013, p. 9).

   

  Resultados da prática

  Na prática docente, um desafio foi adaptar-se à realidade, ser flexível aos erros e conduzir os alunos em meio ao caos. Todavia, notei que a escola precisa se adaptar às demandas das novas gerações. Para Loponte, “contaminar nossos processos de formação inicial docente com uma atitude estética, que vai além de certa racionalidade e objetividade didáticas, pode nos ajudar a provocar nossos jovens alunos iniciantes [...]” (Loponte, 2013, p. 15). Acredito que aproximar a arte da docência pode salvá-la da mesmice, trazendo o prazer de criação e sublimação para professores e alunos.

   

  Relevância social da experiência para o ™contexto/público destinado e para a educação e relações com o eixo temático do COPED

  Considerando o eixo temático “Saberes e Práticas Educativas”, infere-se que pensar novas práticas pautadas em atividades mais dinâmicas e criativas, adaptadas à realidade dos alunos, é fundamental, já que o modelo tradicional de ensino não tem sido atrativo para as novas gerações e arte tem muito a contribuir neste aspecto. A relevância social desta experiência consiste em aproximar a arte do processo de construção de novas didáticas.

   

  Considerações finais

  Encerro com um conselho de Loponte: “Sejamos um pouco loucos, mais dionisíacos, mais trágicos, deixando do lado de fora da porta da escola, pelo menos em algum momento, nossas práticas pedagógicas tão sóbrias e sensatas que pouco atingem nossas crianças e jovens […]” (Loponte, 2013, p. 15). A partir dessa experiência, conclui-se que a arte tem um enorme potencial transformador do processo de aprendizagem. Assim, que docentes e discentes tenham a liberdade de serem artistas. Que abram frestas e se deixem afetar pela arte. E que todo artista, seja sua obra a docência, as artes ou a vida, tenha a possibilidade de plenamente ser.

• Palavras-chave
• docência, artes, estética
• Área Temática
• Saberes e Práticas Educativas