Durante a realização da disciplina de estágio das licenciaturas-lll do curso de ciências Biológicas-licenciatura, ofertado pela Universidade Regional de Blumenau (FURB) tivemos a oportunidade de lecionar na Escola de Ensino Básico Luiz Delfino. Nesta instituição tínhamos em mente o aprendizado de novas técnicas de ensino juntamente com o exercício do ser professor, aprimorando nossa adequação de linguagem, postura e didática a fim de enriquecer e agregar valores a nossa formação. O presente resumo tem por objetivo relatar experiências vividas durante os nossos dias de atuação na escola, expondo os pontos altos e baixos encontrados no ambiente de sala de aula no período de regência. Antes do início da atuação escolar propriamente dita algumas perguntas pairavam sob nossos pensamentos: “Será possível realizar algumas atividades práticas sem perder a atenção dos jovens?” “A pequena diferença de idade seria um fator que poderia fragilizar nossa autoridade em sala?”. Com base na pesquisa (Auto)biográfica de Nóvoa e do Ciclo Virtuoso do Professor Refelxivo de Carvalho, adotamos como suporte teórico para nossas aulas a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), a Lei de diretrizes e bases (LDB 9394/96) e o PPP (Projeto Político Pedagógico) da escola , a fim de adequar os conteúdos a serem ensinados e garantir que os mesmos seguissem a linha de aprendizagem já estabelecida. Ao iniciar a regência, apesar de nervoso e receoso, tive uma enorme surpresa, os alunos se comprometeram a realizar as atividades propostas e não houve desrespeito pela pouca diferença na faixa etária entre docente-discentes. Busquei realizar atividades diferenciadas, resgatando questões de ENEM, a fim de romper a barreira “aluno-quadro” e criar um ambiente mais desafiador para os jovens, e com isso, tive uma boa resposta de sua parte pois a turma se comprometeu a realizá-las e o momento em sala não se tornou monótono. Foi uma experiência muito enriquecedora, uma vez que, ressignifique meu pensamento sobre lecionar no ensino médio. Tive como conclusão de minha atuação como docente a de que o ensino médio não é um local de dificuldades de lecionar, mas sim, um local onde o professor pode ousar mais ao ensinar, pois o os jovens, com seu ritmo frenético, induzem o educador a buscar e aplicar técnicas dinâmicas que propiciem um real aprendizado, quebrando o conceito da tradicional “pedagogia bancária” de Paulo Freire.
Comissão Organizadora
Leonardo Cristiano Gieseler
Comissão Científica