Os medicamentos e cosméticos, assim como a maioria dos objetos e insumos utilizados no dia-a-dia, são constituídos por diversas substâncias químicas que apresentam em sua estrutura inúmeras funções orgânicas. É possível definir função orgânica como um conjunto de substâncias que possuem sítios reativos com propriedades químicas semelhantes. Cada função orgânica apresenta um átomo ou grupo de átomos que caracteriza a função a que o composto pertence. Esses átomos ou grupos de átomos são chamados grupos funcionais. Este trabalho está vinculado à disciplina de Estágio Obrigatório IV do curso de Química – Licenciatura e tem como objetivo geral, abordar o tema hormônios e neurotransmissores na contextualização das funções orgânicas com alunos dos terceiros anos do ensino médio noturno da Escola de Educação Básica Professor João Widemann, situada no bairro Itoupava Norte na cidade de Blumenau – SC. Além disso, essa atividade fez parte da programação do Junho Verde 2019 promovido pela Prefeitura Municipal de Blumenau, SAMAE e FAEMA. Os objetivos específicos são os seguintes: (a) elaborar práticas educativas experimentais que abordem o estudo dos hormônios e neurotransmissores, bem-estar e meio-ambiente na disciplina de Química do terceiro ano do Ensino Médio; (b) desenvolver a mediação das práticas educativas experimentais com recursos digitais de aprendizagem; e por fim, (c) contextualizar os conceitos de funções orgânicas a partir das estruturas destes hormônios e neurotransmissores que atuam no nosso organismo. A metodologia terá uma abordagem qualitativa com ênfase na investigação-ação e elegeram-se como forma de categorização, as habilidades sugeridas no estudo de indicadores de habilidades científicas. A primeira etapa consistiu na visita dos alunos ao LENQUI – Laboratório de Ensino de Química do Departamento de Química/ FURB, para identificação das funções: ácido carboxílico, álcool, aldeído, cetona e fenol em medicamentos e produtos da nossa rotina diária como Vitamina C, Tylenol, Aspirina, removedor de esmalte e Leite de Colônia. Os alunos não tem acesso à um laboratório de Química na escola, portanto, a abordagem experimental nesta primeira etapa foi primordial para o incentivo à educação científica dos alunos. Como essa pesquisa está em desenvolvimento, as próximas etapas irão contar com a mediação de recursos digitais de aprendizagem, que contextualizarão os temas hormônios e neurotransmissores. Além disso, estes experimentos serão abordados no ambiente escolar durante o “corredor científico”, disseminando assim o conhecimento químico para os demais alunos.
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Leonardo Cristiano Gieseler
Comissão Científica
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