O presente trabalho tem como objetivo relatar a prática pedagógica vivenciada com o ensino da capoeira nas aulas de Educação Física, ministradas pelos bolsistas do Programa PIBID/FURB, para os alunos do 5º ano de uma escola estadual de Blumenau/SC; O tema foi escolhido pelos alunos, sendo eles um número total de 30 crianças; turma composta por meninos e meninas. O projeto teve início em outubro de 2018 e finalizou-se em novembro do mesmo ano. A partir da BNCC extraiu-se uma das habilidades abordadas na Unidade Temática de Lutas: (EF35EF13) Experimentar, fruir e recriar diferentes lutas presentes no contexto comunitário e regional e lutas de matriz indígena e africana. Além de lúdica a capoeira carrega consigo um aporte histórico importante a ser abordado na escola e possibilita diversas oportunidades de aprendizado, podemos citar como exemplo, a expressão corporal , a confecção de instrumentos, as rodas de conversas e discussões, a roda de capoeira em si que envolve a encenação, o canto, o tocar os instrumentos e por fim, possibilita também, o estímulo da pesquisa para melhor compreensão da prática. A vivência da Capoeira nas aulas além de pautadas na concepção de aulas abertas (que possui foco no aluno), também esteve pautada no ensino das três dimensões do conteúdo: o conceitual, procedimental e atitudinal. Logo, sempre aconteceram rodas de conversas para discutir e decidir em conjunto com os alunos as metodologias das aulas, como solucionar problemas e trocar ideias. Através desta forma rompe-se aquela velha concepção das aulas de educação física onde os alunos apenas preocupam-se em executar os exercícios sobre o tema, deixando de ter algum impacto nas suas vidas. Dentro da dimensão conceitual foi trabalhado com os alunos conceitos básicos da capoeira, como por exemplo o contexto sociocultural da época da criação da capoeira, sua importância para o povo afro-brasileiro e, também os movimentos técnicos dessa prática. Na dimensão procedimental foi vivenciado esta prática dentro da realidade e das possibilidades dos alunos, podendo efetuar tanto a luta quanto a musicalidade característica. Na dimensão atitudinal foi percebida através da atuação dos alunos na aula quando faziam uma pergunta, quando ensinavam outro aluno com dificuldade. É possível notar o quanto o aluno se torna protagonista no processo de ensino-aprendizagem dentro da concepção de aulas abertas, ficando a cargo do professor a função de mediador, logo, promover situações que instiguem os alunos a exercitarem sua autonomia e sua capacidade de resolução de problemas.
Comissão Organizadora
Leonardo Cristiano Gieseler
Comissão Científica