Considera-se que nos primeiros seis anos de vida, a criança compreende e se constrói no mundo pelas experiências vividas com e pelo outro a partir das interações que ela estabelece no e com o brincar. Ancorado em uma perspectiva histórico-crítica (SAVIANI, 2005; GASPARIN, 2005) e na práxis docente (FRANCO, 2015; 2016), este relato de experiência, busca compreender os sentidos do brincar na voz de crianças inscritas na Educação Infantil. A metodologia é baseada em uma pesquisa-ação, a qual concebe a prática pedagógica como processo de engajamento a partir do trabalho reflexivo, consciente e participativo dos atores sociais envolvidos nessa ação (professores, crianças). Os sujeitos desse estudo são 200 crianças com na faixa etária entre 03 e 04 anos de idade matriculados no Pré I, Pré II de um Centro de Educação Infantil pertencente à rede pública municipal de Blumenau/SC. Tem-se por instrumentos de coleta dos registros: a) observação em sala referência e em outros espaços do Centro de Educação Infantil no que se refere ao movimento corporal, e suas funções motoras, perceptivas, afetiva e sócio motor; b) roda de conversa com as crianças sobre essa prática. Os resultados parciais apontam que a proposta de trabalho desenvolvida pela professora de Educação Física com o público-alvo da Educação Infantil, amplia as possibilidades de se trabalhar o currículo de Educação Física na e para Educação Infantil, rompendo com práticas tradicionais que segregam essa área do conhecimento não limitando os espaços a serem ocupados/utilizados para outras práticas pedagógicas que envolvam a brincadeira na escola. Integra assim, a Educação Física com propostas pedagógicas que lançam olhar para a realidade do sujeito, respeitando a sua bagagem cultural, social e histórica na esfera escolar. Considera-se deste modo, que tais práticas pedagógicas instigam e promovem na criança na e pela interação com o outro, o protagonismo, a autonomia, o respeito de si e para com o outro, o trabalho coletivo e individual pautado na subjetividade do sujeito e da sua constituição e reconhecimento enquanto e como ser que é humano (ARROYO, 2019).
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Leonardo Cristiano Gieseler
Comissão Científica
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