O século XXI tem sido marcado por muitas mudanças, dentre elas, o olhar mais atento para práticas pedagógicas vislumbrando a consciência, a participação e a autonomia dos atores sociais público-alvo da Educação Básica (FRANCO, 2016). A educação, sob esta ótica, é um espaço de ressignificações dos processos de aprendizagem. É aquela que compreende o sujeito na sua singularidade, lhe dá voz e vez, rompendo com a concepção de educação bancária (FREIRE, 2011), que segrega, exclui e oprime. Diante disso, a pedagogia crítica social possibilita lançar um outro olhar para a escola a partir do diálogo com os sujeitos acerca da sua realidade e das suas experiências nesse espaço e em outros espaços sociais. Logo, o presente relato de experiência objetiva apresentar práticas pedagógicas envolvendo projetos de melhorias no espaço escolar a fim de instigar a liderança e o empreendedorismo dos estudantes. A metodologia é de abordagem quali-quantitativa exploratória e descritiva envolvendo setenta (70) estudantes matriculados em uma turma de sétimo ano e uma turma de oitavo ano dos anos finais do ensino fundamental de uma escola da rede pública estadual, localizada em Ibirama/SC. Os instrumentos de coleta dos registros são cunhados por: i) debates e socializações de ideias; ii) elaboração de infográficos dos temas abordados e escolhidos pelos estudantes. Os resultados apontam que a partir de ações pedagógicas significativas com o intuito de promover a autonomia, o protagonismo nos/dos estudantes, têm se mostrado efetivo diante de desafios que os fazem ir além dos muros escolares. Isso, pois os sujeitos conseguem desenvolver diversas expertises, empoderando-se, construindo sentimento de pertencimento naquele espaço escolar. Neste sentido e a partir deste sentimento, a escola para esses jovens constitui-se em um ambiente que pode transformá-los, permitindo assim, que suas propostas de melhorias transformem o contexto escolar, articulando as lideranças jovens na/pela interação com o outro. A autonomia, desta maneira, amplia o protagonismo jovem, uma vez que ao usar da afetividade para desenvolver a liderança, possibilita o fortalecimento de suas potencialidades enquanto sujeito e na transformação social do meio em que circula/vive. Considera-se assim, que práticas pedagógicas envolvendo projetos que vão ao encontro da realidade dos estudantes, pontualmente aqui, público-alvo da Educação Básica, promove o encorajando para o estudante desenvolver sua liderança, na/pela dialogia com outros atores sociais que ali se inscrevem. Tais práticas implicam na formação/constituição do um futuro cidadão, aquele que é consciente de suas ações, construindo assim uma sociedade mais harmônica e humanitária.
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Leonardo Cristiano Gieseler
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