Este trabalho é parte da pesquisa em desenvolvimento que objetiva subsidiar a construção do texto do componente Arte do Currículo Base do Ensino Médio do Território Catarinense, na função de redatora e, também como membro do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Currículo e Avaliação, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Regional de Blumenau e do Observatório do Ensino Médio em Santa Catarina. Neste contexto, tornou-se imprescindível, o estudo das Proposta Curriculares de Santa Catarina (PCSC) de 1998 e 2014. Na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio aprovada em 2018, a Arte é parte de um todo representado pela área de Linguagens, ao lado dos componentes de Educação Física, Língua Estrangeira e Língua Portuguesa. A PCSC de 2014 já considerava que estes componentes se integram em uma área e apresentam seis conceitos científicos articuladores comuns. Assim, em 41 páginas a proposta descreve as inter-relações no ensino e na aprendizagem referentes à formação integral do sujeito e apresenta os conceitos da área de Linguagens, a saber: Vida: cultura e história; Semiose: Sociointeração e representação de mundos; Axiologia/ ideologia: ética e estética; Contexto sociointeracional, Textualidade e Forma/ função. As linguagens artísticas (artes visuais, dança, música e teatro) são apresentadas articulados com estes conceitos e os outros componentes da área. A PCSC de 1998, apresentava a Arte como um componente isolado e em 27 páginas descrevia: o histórico do ensino da arte no brasil; o pressuposto filosófico metodológico que entendia “o objeto artístico a partir de três áreas do conhecimento: produção, fruição e contextualização (das linguagens visual, musical e cênica); os conteúdos referentes à cada linguagem e etapa da educação básica e, também, a avaliação em Arte. Um dos grandes desafios do Ensino Médio atualmente é que o jovem encontre sentido na experiência escolar. Neste sentido, a fragmentação das áreas de conhecimento constante na PCSC de 1998 desfavorece este entendimento afastando-o da educação em uma perspectiva de formação integral. Já a PCSC de 2014, ao articular os saberes, propõe uma aproximação entre o que é aprendido na escola e os desafios da vida real. Dar continuidade a esta caminhada emancipatória da arte-educação como componente da área de linguagens, parece coerente com a necessidade da formação humana integral.
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Leonardo Cristiano Gieseler
Comissão Científica
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