A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), traz como referência de Altas Habilidades/Superdotação aqueles estudantes que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento em áreas do conhecimento humano, que se destacam em virtude de suas habilidades e interesses com capacidade de aprendizagem acima da média. A legislação educacional brasileira prevê em seus documentos estratégias e ações de identificação e atendimento a esses estudantes, reconhecendo-os como público da Educação Especial. Porém, mesmo com todo o aporte legal, o índice de alunos com Altas Habilidades/Superdotação identificados nas escolas ainda é pequeno, sendo que é de fundamental importância que as instituições educacionais proporcionem aos profissionais uma formação que contemple a educação deste público. Como justificativa deste tema, considera-se que o conhecimento a respeito das Altas Habilidades/Superdotação ainda é pouco conhecido e discutido no meio educacional, bem como as políticas são pouco entendidas, gerando dificuldades na identificação destes estudantes. Como objetivo geral, procura-se evidenciar e explorar o conceito de Altas Habilidades/Superdotação por meio das políticas públicas existentes e autores da área, a fim de oferecer meios para possibilitar o processo de identificação pelos professores na sala de aula comum. Este trabalho configura-se como parte do Projeto de Pesquisa de Mestrado, em andamento, vinculado ao Programa de Pós-Graduação – Mestrado em Educação FURB, inserido na Linha de Pesquisa Formação de Professores, Políticas e Práticas Educativas e atrelado ao GEPES – Grupo de estudos e Pesquisas em Educação superior. A metodologia utilizada se pautou em um estudo de cunho qualitativo, do tipo documental, referente às Políticas Públicas Educacionais para Altas Habilidades/Superdotação e a aspectos conceituais abordados por pesquisadores da temática. Como resultado, espera-se que o conhecimento adquirido nos processos de formação de professores possa contribuir para a identificação precoce destes estudantes, para que talentos não sejam desperdiçados, mas sim, que sejam atendidos em suas especificidades e/ou e encaminhados para atendimentos que trabalhem esse potencial. Concluindo esse pressuposto, compreendemos que a função do professor no processo de identificação do estudante com Altas Habilidades/Superdotação é de extrema importância para que talentos sejam descobertos e novas práticas sejam pensadas e realizadas no âmbito educacional, por meio de estratégias de ensino adequadas.
Comissão Organizadora
Leonardo Cristiano Gieseler
Comissão Científica