Esta pesquisa é resultado de um estudo de caso de cunho qualitativo (MERRIAM, 1998) que ocorreu na Escola de Ensino Médio Professora Elza Henriqueta T. Pacheco, localizada na cidade de Blumenau – SC, com 39 estudantes secundaristas do primeiro ano do Ensino Médio. A aplicação da pesquisa se deu no Estágio em Teatro III, no Curso de Licenciatura em Teatro da FURB, e teve como orientadora a Professora Caroline Carvalho. A pesquisa teve como objetivos analisar a aplicabilidade da metodologia do Teatro do Oprimido (BOAL, 1996) no Ensino Médio, averiguando a receptividade e assimilação dos estudantes durante os jogos identificando quais as dificuldades enfrentadas. Importante salientar, que a metodologia do TO não foi escolhida aleatoriamente, mas por entender que sua formatação possui ferramentas necessárias para dialogar com as inquietudes da adolescência. Nessa fase os estudantes estão quase na conclusão de suas metamorfoses, processo delicado que requisita de nós respeito, para não forçar a transformação de nenhum adolescente, como também estimular a consciência de que esta etapa depende unicamente do esforço de cada sujeito. Nas práticas foram utilizados os recursos do Jogo Teatral (SPOLIN, 2007) e as técnicas de Augusto Boal (1996), sendo utilizados sobretudo o Teatro-Imagem, Teatro-Jornal e Teatro-Fórum. Respeitamos as diversidades e pluralidade do grupo perante esta etapa formativa, na qual os adolescentes sofrem intensas transformações, principalmente em virtude das problemáticas do mundo contemporâneo. A coleta de dados se deu por análise de questionários e da observação-participante. Optou-se por utilizar o Teatro do Oprimido para que se pudesse discutir o espaço da escola e as relações sociais a partir de suas opressões (FREIRE, 1991), possibilitando leituras de mundo a partir de práticas teatrais. Verificamos que as?os estudantes ao compreenderem a relação entre opressor e oprimido, re-pensaram algumas “amarras” sociais, além de trabalharem sua criatividade e criticidade, fortacelendo assim sua atuação social.
Comissão Organizadora
Leonardo Cristiano Gieseler
Comissão Científica