Este trabalho analisa a construção da identidade e sua representação no cinema afro-americano, tomando como ponto de partida os primeiros shows de Minstrel, até as produções hollywoodianas contemporâneas. Para realizar o estudo proposto, adotamos a observação do processo de adaptação fílmica homônima, do romance Beloved (1998), de Toni Morrison, dirigida pelo diretor Jonathan Demme e estralado pela apresentadora norte-americana Oprah Winfrey. O exame busca demonstrar o processo de produções cinematográficas realizadas a fim de justificar, naturalizar ou mesmo legitimar a violência baseada no racismo. Desse modo, é possível perceber como o preconceito está articulado e entremeado em uma série de adaptações cinematográficas que suplantam o discurso de discriminação. A construção da identidade afro-americana e sua representação no cinema em Hollywood traça um percurso analítico que examina um diálogo permanente com o contexto histórico e social, principalmente a luta pelos direitos civis e o papel dos negros na história norte-americana. Destacam-se, assim, as possibilidades que marcam como a história do cinema é perceptível tanto nos modos de produção, como na circulação e recepção dos filmes.
Comissão Organizadora
Leonardo Cristiano Gieseler
Comissão Científica