A microespectroscopia de infravermelho surge da associação da espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), que possui capacidade para
identificação molecular, de modo não invasivo e sem uso de marcadores, à microscopia óptica que permite localização espacial com resolução micrométrica. Estas virtudes
fazem da técnica uma ferramenta multidisciplinar de alto poder de análise. Serão apresentados casos científicos de diferentes áreas do conhecimento, em que a
microsoespectrocopia de infravermelho da linha Imbuia do Sirius teve papel-chave na busca por questões centrais definidas na microescala. Em seguida, será feita a transição
para a nanoescala, quando será apresentada a nanoespectroscopia de infravermelho usando luz síncrotron e lasers de banda-larga. Em conjunto com lasers de banda-
estreita, será também detalhado o uso destas técnicas para mapeamento por imagem de infravermelho com resolução nanométrica. Nestes casos, são usadas sondas ópticas
para acessar a região espacial de campo próximo, que se refere à parcela da radiação eletromagnética que fica retida à superfície dos corpos iluminados, onde a resposta
óptica de materiais de baixa dimensionalidade se expressa de modo significante. Tais técnicas de nanoespectroscopia e de mapeamento por imagem, de modo análogo à
microespectrocopia, têm caráter multidisciplinar e anexam a si virtudes como a identificação molecular com o diferencial de terem alta resolução espacial, em torno de
25 nm tipicamente. Os principais casos respondidos com estas técnicas serão revisados. Por fim, serão mostradas oportunidades e perspectivas científicas do grupo Imbuia.