O NUPPI realiza mais uma edição de comemoração do Dia Mundial da Fotografia, propondo desta vez uma reflexão a partir do tema "Maramazônia: Imaginários da Amazônia Maranhense". O evento acontecerá dia 16 de agosto de 2024, a partir das 17h, no Centro Cultural Vale Maranhão e contará com a realização de Mesa Redonda com artistas, fotógrafos e pesquisadores da área, além de uma Sessão de fotoprojeções na parte da noite. As inscrições para a mesa redonda, bem como a submissão de imagens para fotoprojeção devem ser feitas abaixo, havendo certificação para os ouvintes presentes no dia, bem como para os selecionados na chamada da convocatória. O processo de submissão de arquivos para fotoprojeção estará aberto do dia 17 de julho até o dia 04 de agosto, a chamada está aberta para pessoas que pertençam aos territórios da amazônia nacional e internacional.
Maramazônia: imaginários da Amazônia Maranhense propõe um programa formativo em torno da temática da fotografia, ao buscar refletir sobre as representações imagéticas da Amazônia, ou as lacunas destas com relação ao território maranhense. O projeto toma como modelo uma iniciativa já realizada em outros anos pelo Coletivo NUPPI, em eventos de comemoração ao Dia Mundial da Fotografia, habitualmente celebrado em 19 de agosto, desta vez organizado com o apoio e realização do Centro Cultural Vale Maranhão a partir do Edital Ocupa CCVM. Como parte do evento, propomos uma mesa redonda com fotógrafos da região amazônica, uma oficina de mobgrafia aberta à comunidade (com inscrições via site do CCVM) e uma sessão de projeção de fotografias, selecionadas a partir da convocatória "Compartilhantes Amazônidas".
As inscrições para projeção de fotografias vão de 17 de julho a 04 de agosto. As imagens selecionadas serão projetadas na noite do evento no Centro Cultural da Vale - MA, estando implícita no ato de envio a aceitação da exibição da obra em espaço público.
Fotografes interessades devem disponibilizar para download, via Google Drive, um conjunto composto por no mínimo 05 e no máximo 10 imagens, tendo como inspiração o tema "Compartilhantes Amazônidas", formando um conjunto coeso.
Os arquivos que não estiverem disponíveis ao longo do processo da convocatória não serão avaliados.
As imagens submetidas passarão por um processo de seleção feito por uma comissão de curadores, a partir de critérios técnicos, estéticos e conceituais. Não serão aceitas fotografias que retratem menores de idade, devido às questões éticas do direito de imagem. Os autores e autoras das submissões contempladas para exibição serão notificados por e-mail, e receberão certificados de participação na convocatória.
"Compartilhantes Amazônidas"
A convocatória fotográfica “Compartilhantes amazônidas” integra a programação do Dia Mundial da Fotografia de 2024. A partir do Maranhão, desejamos confluir com fotográfes dos diferentes territórios que compõem a Amazônia, tendo como objetivo ampliar os olhares sobre a região para além das imagens institucionais ou clichês, que por vezes tendem a invisibilizar as experiências cotidianas de quem nela habita.
Apesar da constante tensão entre registro e criação existente na história da fotografia, acreditamos que ainda há neste regime de imagens o potencial de demonstrar a diversidade de perspectivas, entendendo aqui fotógrafes amazônidas como agentes que carregam em seus corpos, memórias e vivências o imaginário multifacetado da Amazônia. Para o filósofo quilombola Antônio Bispo, ser "compartilhante" implica em "uma relação com o ambiente como um todo, com os animais e as plantas", e toda uma diversidade de entes que fazem pulsar a vida. Esta convocatória destina-se a pessoas que pertençam a territórios amazônicos, que se reconheçam como "compartilhantes" deles, considerando todas as cidades e regiões que compõem a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e 79,3% do estado do Maranhão (excluindo apenas a porção mais ao leste do estado, próxima à fronteira do Piaui). O território Amazônico se estende para além do Brasil, e por este motivo esta convocatória também se aplica a fotográfes da Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Venezuela e Suriname.
Procuramos dar espaço a reflexões imagéticas que evidenciem a coexistência entre natureza e sociedade, de modo que estas não apareçam como entidades dicotômicas, mas implicadas, seja no equilíbrio ou em sua ameaça. A fotografia surge então como uma ferramenta potencial para a visibilização das existências amazônidas para além das imagens que tentam colar ao território apenas a ideia de uma natureza intocada, ou ainda como espaço devastado e irreversivelmente perdido. As imagens de uma Amazônia ‘intocada’, apesar do tom celebratório do caráter preservacionista, acabam por vezes invisibilizando o tanto de Amazônia que há entre os modos de ser e viver no território. Por sua vez, imagens que se contrapõem a uma suposta implacável destruição podem nos fazer imaginar outros futuros e processos de construção de comum, bebendo nos saberes das fontes ancestrais e seus modos de resistência.
Compartilhantes amazônidas é uma tentativa de reunir esta multiplicidade, expressa em uma fotoprojeção comemorativa, em alusão a um dos marcos de criação de uma tecnologia visual que surge em um contexto europeu, mas que reposicionamos a partir da perspectiva do Sul Global como forma de aprofundar o conhecimento sobre as expressões artísticas e a vivência coletiva nos territórios da Amazônia Nacional e Internacional.
Mesa Redonda: Maramazônia: Imaginários da Amazônia Maranhense Bate-papo · Camila Fialho, Genilson Guajajara, Pablo Monteiro
Projeção Fotográfica Apresentação de Trabalhos · Dinho Araujo, Jane Maciel, Pablo Servio
Haverá lista de presença no local para garantir certificação dos inscritos como ouvintes na Mesa Redonda.
Será enviado certificado para os inscritos na convocatória que tiverem seus ensaios selecionados para a FotoProjeção
Rua Direita, 149
Centro, São Luís - MA
65010-160
Por favor, descreva abaixo a razão da sua denúncia.
Na interseção entre os campos da arte e da comunicação, o Núcleo de Pesquisa e Produção de Imagem (NUPPI) trabalha no desenvolvimento de investigações acadêmicas e práticas artísticas envolvendo diferentes abordagens e metodologias de pesquisa relacionadas à area da imagem. O NUPPI está associado ao Instituto Federal do Maranhão (NUPPI-IFMA) e à Universidade Federal do Maranhão (NUPPI-UFMA)
En la intersección entre los campos del arte y la comunicación, el Centro de Investigación y Producción de Imagen (NUPPI) trabaja en el desarrollo de investigaciones académicas y prácticas artísticas involucrando diferentes enfoques y metodologías de investigación relacionadas con el área de la imagen. El NUPPI está asociado al Instituto Federal de Maranhão (NUPPI-IFMA) y a la Universidad Federal de Maranhão (NUPPI-UFMA)
CONHEÇA NOSSOS PALESTRANTES:
CAMILA FIALHO, natural de Porto Alegre/RS, 1980. Radicada em Belém desde 2014, é artista, curadora e tecedora de processos artísticos. Doutoranda do PPG em Artes da UFPA, suas pesquisas transitam entre poéticas do deslocamento, paisagem, corpo e espaço, com especial interesse nas práticas colaborativas e na publicação como suporte para criação.
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PABLO MONTEIRO é Formado em História, com foco em História Oral. Pablo pesquisa e realiza trabalhos documentais a partir do uso da imagem e do som. são Registros de práticas do universo afro-brasileiro com destaque para a religiosidade/festividade. Atua coletivamente na produtora BICHO D’ÁGUA FILMES, realizando e intermediando conteúdos em audiovisual a partir de abordagens periféricas, priorizando narrativas negras. Diretor dos filmes: Quem passou primeiro foi São Benedito (2017), Princesa do meu lugar (2020), joão de una tem um boi (2024)
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GENILSON GUAJAJARA, faz parte do povo Guajajara, e é originário do território indígena do Rio Pindaré, da aldeia pequena e orgulhosa chamada Piçarra Preta território localizado no estado do Maranhão.
É um contador de histórias atencioso e emotivo, que utiliza a fotografia para expressar as vivências da sua comunidade. Seu trabalho permeia temas relacionados à comunidade, sabedoria ancestral, cosmologia indígena, ritual e cerimônia. Sua resistência está inextricavelmente entrelaçada com os territórios e biomas vitais que eles se esforçam para proteger.