O evento busca relembrar o Encontro da AGB de 1978 e localizar, dentro da história da Geografia Brasileira, sua importância para o estabelecimento de novas matrizes de pensamento dentro da ciência geográfica e seu eco na tradição de uma Geografia Crítica até os dias atuais, pensando também seu devir.

Será realizado durante o dia 21 de novembro de 2018, nos três turnos (matutino, vespertino e noturno).

O turno matutino será composto de uma mesa de abertura, com o coordenador do Programa de pós-graduação em Geografia da UFAM, a chefe do Departamento de Geografia da UFAM, o diretor do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS) e três mestrandos do Programa de Pós-Graduação em geografia da UFAM, idealizadores do evento. Também no turno da manhã, uma mesa redonda com o tema “1978 e o lugar da Geografia Crítica no pensamento geográfico brasileiro: marxismo e urbanização”, composta por dois professores do Departamento de Geografia e um professor externo (UNIFESSPA), convidado. Esta primeira mesa buscará discutir, a partir do resgate de contextos históricos, como o marxismo, naquele momento, influencia a concepção de Geografia dos estudantes (e futuros professores) brasileiros. A partir disso, trazendo a Geografia Urbana ao debate, como os estudos urbanos em uma leitura crítica são realizados a partir de então, e como é formada, devido a essa influência, uma “escola de Geografia Urbana” na Universidade de São Paulo (onde o professor convidado é recém-formado e possui textos e eventos realizados dentro dessa temática) e sua potência crítica metodológico e teoricamente.

No turno vespertino, a segunda mesa redonda, intitulada “A produção do espaço e da natureza: perspectivas críticas nas Geografias Humanista, Física e Agrária”, composta por três professores do Departamento de Geografia. Nesta mesa cabem discussões acerca de como os estudos críticos, principalmente a partir de 1978 entram no estudos das relações rurais, do campesinato e da Geografia Agrária como um todo; e, colocando um elemento pouco debatido em termos de Geografia Crítica, duas palestras: uma sobre a recepção e as possibilidades de uma Geografia (Física) Crítica, e outra acerca de uma Geografia que é radical (Humanista) mas que se diferencia em determinados aspectos da Geografia crítica dita marxista.

Por fim, o turno noturno será dedicado à conferência principal, a ser realizada pelo Prof. Dr. José Borzacchiello da Silva, grande nome da Geografia brasileira e grande conhecedor de sua história e discussões internas. O objetivo desta conferência é mostrar como se deu o evento de 1978, a partir de seus personagens principais (professores, estudantes) e como, internamente, o encontro daquele ano estava destinado a marcar a Geografia brasileira como um ponto de ruptura. O professor convidado, contemporâneo dos personagens da época, é também uma testemunha e um sujeito do que ocorre em 1978.