Simpósios Temáticos

A programação dos Simpósios Temáticos está disponível! Para acessá-la, clique no título de cada ST e veja a ordem das apresentações.  

A Comissão do IV SIHTP organizou um Guia de Orientações e Recomendações para apresentadores/as de comunicações orais. Para acessar o Guia basta clicar aqui.


ST1 - Traços que deixam traços: Arquivos pessoais no Tempo Presente

Profª Dra. Maria Teresa Santos Cunha (UDESC)
Profª Dra. Dóris Bittencourt Almeida (UFRGS)

O Seminário pretende reunir e problematizar a tarefa de organização, preservação e, concomitantemente, da utilização dos materiais dos arquivos pessoais levadas a termo por instituições custodiadoras nacionais e/ou internacionais e pelos pesquisadores da área. As pesquisas identificam-se com os pressupostos teóricos da História do Tempo Presente ao considerar os arquivos pessoais nos diferentes estratos de tempo que os compõem e por analisar os documentos/acontecimentos que registram como testemunhos, em temporalidades distintas. Os arquivos pessoais guardam materiais e documentos em variados suportes que comportam traços sobre a história do indivíduo e, ao mesmo tempo, das redes em que se inscreve, ou seja, permitem identificar outros atores sociais e as inter-relações estabelecidas. Sua importância se configura como um modo privilegiado de acesso a vestígios e traços de sensibilidades, de encenação de atos rituais, de reconhecimento de diferentes práticas de sociabilidades geracionais dadas a ver através deu ma produção discursiva de um determinado tempo e lugar. Por fim, reforça-se a relevância desses documentos/materiais produzidos no âmbito privado que, se recolhidos, organizados e socializados podem constituir-se como fontes para a pesquisa no campo do Patrimônio Cultural, da História da Educação e da História no Tempo Presente.

Palavras-Chave: Arquivos Pessoais, História do Tempo Presente, História da Educação, Patrimônio Cultural.


ST2 - História política e tempo presente: autoritarismos e democracias no Brasil e na América Latina

Prof Dr. Reinaldo Lindolfo Lohn (UDESC) 
Prof Dr. Mateus Gamba Torres (UnB) 

Os trabalhos reunidos neste simpósio temático compreenderão a renovação da história política, com foco tanto no Brasil como na América Latina, bem como estudos voltados para as relações políticas como parte de abordagens possíveis no âmbito da escrita da História do tempo presente. Neste sentido, as apresentações poderão versar sobre movimentos sociais, políticos e culturais no âmbito de governos democráticos ou autoritários, novas e velhas direitas, esquerdas e lutas emancipatórias, possibilitando diálogos e aportes em torno de temáticas como mídia e política, mobilizações, eleições e democratizações, políticas institucionais, Estado e desenvolvimento em contextos neoliberais, mecanismos de poder político e controles sociais, entre outros.


ST3 - Relações de gênero, famílias e infâncias sob o enfoque da História do Tempo Presente

Profª Dra. Silvia Maria Fávero Arend (UDESC)
Prof Dr. Humberto da Silva Miranda (UFRPE)
Profª Dra. Luciana Rosar Fornazari Klanovicz (UNICENTRO)

Na América Latina, desde a década de 1950, os arranjos familiares, as relações de gênero e as práticas e os discursos acerca das infâncias, adolescências e juventudes têm passado por modificações de diferentes ordens. Esses cenários sociais de caráter inovador – consolidados ou em construção – são tributários de processos históricos advindos dos campos econômico, sociopolítico e/ou cultural. A produção de narrativas sobre esses cenários sociais têm exigido dos pesquisadores das Ciências Humanas, em especial daqueles que se dedicam à História, a formulação de reflexões teóricas relativas ao conteúdo historiográfico que visam a dar conta de problemas, a saber: a) as múltiplas temporalidades dos fenômenos sociais investigados; b) as análises de forma interseccional tendo em vista os marcadores sociais classe social, gênero, geração, etnicidade, etc.; c) os usos das fontes documentais a partir de um debate mais denso em relação às questões éticas; e d) as “fronteiras” existentes entre a militância política e a análise de caráter científico na edificação dos textos. Este simpósio temático abrigará resultados de pesquisa sobre temas relativos à construção histórica dos arranjos familiares, das relações de gênero e das políticas sociais paras as infâncias, adolescências e juventudes, no âmbito das práticas sociais, representações sociais e discursos.


ST4 - História Pública e Tempo Presente: interfaces e perspectivas

Profª Dra. Viviane Borges (UDESC)
Prof Dr. Ricardo Santhiago (UNIFESP)

O ST pretende dar continuidade as discussões da Mesa Redonda de mesmo nome, proposta na última edição do evento (2018). Nossa intenção é reunir pesquisadores interessados em analisar e discutir temas interligados a história do tempo presente e a história pública, como os usos do passado, o patrimônio cultural, história oral, o papel dos historiadores frente aos debates públicos e suas reverberações sociais, políticas e culturais, etc., bem como as possíveis apropriações da história por diferentes públicos e a produção histórica e suas múltiplas linguagens.


ST5 - Ensino de História e as demandas do Tempo Presente

Profª Dra. Nucia Alexandra Silva de Oliveira (UDESC)
Profª Dra. Luciana Rossato (UDESC)

Este simpósio temático pretende reunir pesquisas relacionadas ao Ensino de História em suas múltiplas demandas relacionadas a História do Tempo Presente tais como: as relações de ensino e aprendizagem em História; as prescrições curriculares apresentadas pelos documentos oficiais relativos a educação;  as disputas por narrativas em documentos curriculares, livros e materiais didáticos; as lutas pela escola como espaço democrático e plural; a formação de professores; entre outros temas. Essas e outras temáticas desenvolvidas através de pesquisas organizadas em diferentes âmbitos científicos serão espaço de reflexão a respeito do Ensino de História como campo de saber e como componente curricular essencial para a formação de estudantes no Brasil.


ST6 - Rebeldes e inconformistas: Histórias e memórias de resistências

Prof Dr. Emerson Cesar de Campos (UDESC)
Profª Drª Mariana Mastrangelo (UNdeCH)

Este simpósio temático pretende reunir pesquisadores e pesquisadoras interessados/as em interpretar historicamente processos sociais de resistência em suas diversas expressões, como por exemplo em face da violência política, da brutalidade policial, dos baixos salários e situações de trabalho inadequadas, de demonstrações de preconceito e/ou discriminação (de gênero, de raça, de confissão religiosa, de opção sexual, etc.), de melhores condições de moradia, de serviços públicos e de assistência social, em favor das mais amplas liberdades de organização e manifestação e da plena igualdade de direitos para todos. Mais precisamente, o simpósio tem a intenção de analisar os modos de instituição das histórias e das memórias elaboradas com base nas experiências que conduzem à essas mobilizações. Tratam-se, decerto, de contextos sociais que produzem e são produzidos historicamente em meio a práticas materiais e simbólicas saturadas de tensão e conflito, e que emergem sob variadas formas de confronto aberto ou dissimulado, de maneira generalizada ou localizada, sob inspiração política ou como parte de processos de politização, recorrendo a diferentes suportes e procedimentos (como panfletos e textos escritos, inscrições anônimas, bandeiras e faixas, palavras de ordem, canções e hinos, ações coletivas de maior ou menor envergadura, etc.), em ambientes urbanos, semiurbanos ou rurais, e sua análise pode contribuir para esclarecer muitos aspectos e dimensões de como é experimentada nossa contemporaneidade.


St7 - Construir e narrar histórias indígenas, africanas e afrodiaspóricas 

Profª Dra. Claudia Mortari (UDESC)
Profª Dra. Fernanda Oliveira (UFRGS)
Profª Dra. Luísa Tombini Wittmann  (UDESC)

A escritora nigeriana Chimamanda Adichie, em um célebre discurso recentemente transformado em livro, advertiu que "Muitas histórias importam", fez ainda a ressalva de que a forma de narrar histórias pode ser responsável pela emancipação de um povo ou estimular a perversidade sobre o mesmo sendo em si mesma extremamente violenta. Essa perspectiva dialoga de perto com a base dos estudos pós-coloniais e decoloniais, em que importam histórias outras, bem como refletir sobre a construção do conhecimento que eclode desde lócus de enunciação outros, referenciados em corpos e formas de se colocar no mundo indígenas, africanas e afrodiaspóricas, capazes de romper com as lógicas coloniais. Sendo assim, esse simpósio tem por objetivo viabilizar um espaço de compartilhamento de saberes produzidos tendo por base essa perspectiva. Nesse sentido, destacamos a ênfase em acolhermos trabalhos que abordem os seguintes eixos: produção de conhecimento sobre, com e a partir do diálogo com pensamentos indígenas, africanos e da diáspora; produção e circulação de memórias contemporâneas; interseccionalidade e interculturalidade; direito de por que narrar, como e sobre o que narrar; suportes de memória; epistemologias e saberes outros.


ST8 - América Latina e tempo presente: autoritarismo, lutas sociais e políticas de memória

Profª Dra. Mariana Joffily (UDESC)
Profª Dra. Nashla Dahás (UDESC)

O objetivo deste simpósio é reunir pesquisadores(as) dedicados(as) aos temas mais candentes da História do Tempo Presente na América Latina, entre os quais, interpretações e dissensos historiográficos acerca dos golpes, projetos revolucionários, ditaduras e modalidades de repressão e violência de Estado, anistias, formas de resistência, transições e construções democráticas na região. Buscamos discutir e compreender os aportes teórico-metodológicos utilizados, as temáticas mais recorrentes ou singulares, com seus sujeitos, escalas de observação, objetos e fontes de pesquisa que permitem apreender a consolidação deste campo de estudos na região, suas especificidades e possibilidades comparativas. Em meio à atmosfera de crise política global, consideramos a necessidade de reflexão sobre os caminhos percorridos no passado recente, sobre as diferentes formas institucionais, sociais e culturais com que os países latino-americanos vêm lidando com as memórias traumáticas, demandas por verdade e justiça, e com as reações neoconservadoras diante da emergência de uma cultura (reparadora) de direitos humanos.


ST9 - Tempo presente, patrimônio cultural e lutas por direitos nas Américas

Profª Dra. Janice Gonçalves (UDESC)
Profª Dra. Ana Maria Sosa  (UFPEL)

O simpósio temático busca estimular reflexões acerca das relações estabelecidas entre a afirmação e a consagração de bens e práticas culturais como integrantes do patrimônio cultural e as lutas por direitos travadas, no continente americano, por distintos povos e grupos sociais. Em que medida tais demandas foram ou têm sido contempladas por políticas públicas voltadas para o patrimônio cultural? Que diálogos têm sido estabelecidos a este respeito? Que experiências atestam a sensibilização, neste sentido, daqueles que atuam nos órgãos de preservação e em instituições como arquivos, centros de documentação e museus? Como as políticas públicas vigentes, no campo do patrimônio, têm sido apropriadas por grupos sociais para atender a variadas demandas − de visibilização, de afirmação identitária, de garantia de direitos? Que reinvenções do campo do patrimônio cultural têm sido vivenciadas com base na valorização das perspectivas dos próprios produtores e transmissores dos bens culturais patrimonializados? Pretende-se que essas e outras questões correlatas sejam tratadas nos trabalhos apresentados no simpósio temático, de modo a permitir exercícios comparativos que renovem estudos e abram novas trilhas investigativas.


ST10 - Os tempos da história: novas perspectivas 

Prof Dr. Rogério Rosa Rodrigues (UDESC)
Prof Dr. Marcelo de Mello Rangel (UFOP)

Prof Dr. Augusto B. de Carvalho Dias Leite (UFES)

O objetivo deste Simpósio Temático é reunir pesquisas e pesquisadores que têm problematizado a abordagem do tempo na construção da narrativa histórica contemporânea, em especial as discussões em torno da História do Tempo Presente. Nesse sentido, o ST está aberto a discussões que apresentam análises críticas sobre o tempo em geral, sobretudo o que Benjamin chamou de tempo homogêneo e vazio, que caracterizou determinadas vertentes da pesquisa histórica no século XX. Soma-se a isso as reflexões sobre filosofia da história e história da historiografia contemporâneas que têm pensado o descerramento do tempo cronológico, por exemplo nas novas temporalidades propostas por epistemologias afro-indígenas e feministas, nas possibilidades de abertura para a imediaticidade do acontecimento ou do eterno retorno, a partir das contribuições de Benjamin, Deleuze, Bergson, Nietzsche, Foucault, Ricoeur, Heidegger, Hartog, Koselleck e outros que nos auxiliam na tarefa de pensar o tempo histórico no século XXI.


ST11 - Política, Religião e Religiosidades: Lutas democráticas e Estado Laico

Profª Dra. Caroline J. Cubas (UDESC)
Profª Dra. Claudia Touris (UBA/UNLu)
Prof Dr. Paulo Cesar Gomes (UFF)

O ST busca criar um espaço de discussão acerca das articulações entre Política e Religião através da mirada da História do Tempo Presente. Tais articulações, ainda que possam ser pensadas em uma temporalidade estendida (e em vinculações políticas distintas) tem ganhado visibilidade nos últimos anos em função da ascensão de grupos neoconservadores (majoritariamente católicos e neopentecostais) que angariaram espaços de atuação política e tem influenciado fortemente em definições concernentes às políticas públicas para a saúde e educação (não apenas no Brasil). Desse modo, o ST acolherá trabalhos que tratem das diversas articulações entre política e religiões (catolicismos, protestantismos, pentecostalismos, neopentecostalismos, judaísmo e religiões de matriz africana e outros).


ST12 - Cruzando fronteiras: migrações, trânsitos e deslocamentos no Tempo Presente

Profª Dra. Glaucia de Oliveira Assis (UDESC)
Prof Dr. Luís Fernando Beneduzi (
Università Ca Foscari Venezia)
Profª Dra. Janaína Santos (UFSC)

Os deslocamentos contemporâneos, no tempo presente, tanto aqueles que ocorrem no sentido sul-sul, quanto nas migrações norte-sul, implicam transformações e transições que questionam estudos clássicos na história das migrações e apontam para análises que busquem enfoques transnacionais e que considerem os marcadores sociais das diferenças para analisar os fenômenos migratórios. Mulheres e homens migrantes são em geral colocados em situações de subalternidade marcadas por desigualdades e diferenças de raça, etnicidade, gênero, classe social, orientação sexual, entre outros. Desde a obra de Morokvasic (1984), os estudos sobre a presença das mulheres nas migrações têm ganhado centralidade. As novas abordagens implicaram o desenvolvimento de novos conceitos como as cadeias globais de cuidado, a maternidade e paternidade transnacional, práticas de associativismo, a trasnacionalização dos afetos, entre outros. Nesses trânsitos, migrantes, refugiados e pessoas em mobilidade evidenciam que os deslocamentos implicam em cruzar múltiplas fronteiras seja nos mundos do trabalho, das relações de gênero, raça e classe, e na construção de redes transnacionais, tanto nas sociedades de origem quanto nas sociedades de destino, nas quais os migrantes buscam construir espaços de vida e acolhimento. Este ST, partindo de uma perspectiva que articula contribuições da história transnacional, da sociologia e da antropologia, dentre outras ciências humanas, acolherá trabalhos que busquem compreender os fluxos contemporâneos seja de migrantes internos ou internacionais, refugiados ou deslocados com destino ao Brasil, ou a outros países, revelando as tensões de cruzar fronteiras no tempo presente, procurando contemplar como os marcadores de gênero, raça e etnicidade impactam nas trajetórias de homens e mulheres migrantes.


ST13 - Música e História do Tempo Presente: memória, cultura e sociedade

Profª Dra. Márcia Ramos de Oliveira (UDESC)
Prof Dr. André Egg (UNESPAR)

A música tem sido um meio de criação e articulação de memórias, formulando noções de país e comunidade e, fornecendo sentidos de pertencimento. Este Simpósio propõe reunir pesquisadores dedicados ao estudo da música a partir de variados referenciais de análise e campos disciplinares, com problematizações articuladas as noções de história, especialmente a história do tempo presente. Neste sentido, pretende aproximar reflexões a partir de categorias como identidade, alteridade, imaginário social, discurso, experiência, hibridismo, entre outros. Procura considerar, igualmente, a produção de sentidos sobre fenômenos socioculturais contemporâneos, a exemplo da indústria musical e a economia global, a heterogeneidade multitemporal, as migrações, a crítica pós-colonialista associada à manifestação artístico-musical. Tal perspectiva envolve ainda temáticas de estudo sobre a canção em diferentes contextos, a exemplo da aproximação com os saberes tradicionais - com destaque para a sonoridade afrodescendente e indígena- , a presença do pop em diferentes dimensões - cultura de massa, internacionalização, manifestação política - , os processos de patrimonialização e políticas públicas, as relações com as mídias e imprensa, e ainda, como fenômeno de circulação cultural e espaço de salvaguarda de memória pela internet e recursos midiáticos associados como a pesquisa histórico-musicológica de acervos documentais e abordagens sobre a música popular.