O Sistema Único de Saúde há tempos sofre diversos ataques midiáticos sobre a sua ineficiência e morosidade no atendimento à saúde, mas, pouco se fala sobre a importância do SUS para a garantia do direito à saúde (PAIM, 2018). Neste sentido, desde 2006 com o Pacto em Defesa do SUS há um direcionamento para que esse sistema seja reconhecido como patrimônio da população brasileira como observa-se no Reino Unido com o National Health Service (NHS). A pandemia da Covid-19 evidenciou limitações do SUS relacionadas à vigilância em saúde, a integração entre os serviços de diferentes densidades tecnológicas entre outras questões. No entanto, ela também lançou luz sobre importância da gratuidade no atendimento e da responsabilidade do Estado em garanti-lo, da capilaridade da atenção primária e a rápida imunização da população brasileira (SILVA; RUIZ, 2020). Dessa forma, é preciso aproveitar a janela de oportunidade que se abre frente a essas discussões para fortalecer o SUS, assim, propõe-se esse ciclo de debates. É importante frisar que o ciclo foi pensando no contexto do aniversário de 33 anos da Lei 8.080, orgânica do SUS, que foi promulgada em 19 de setembro de 1990. Desse modo, espera-se que esse ciclo de debates seja um momento de troca de experiências acerca do SUS, em que se possa articular a academia, a comunidade externa composta pelo poder público municipal, controle social do SUS e entidades de organizações populares em defesa do Sistema Único de Saúde.