Pós-Crítica
O Programa de Pós-Graduação em Crítica Cultural, da grande área dos Estudos Linguísticos e Estudos Literários, com o curso de mestrado desde agosto de 2009 e, a partir de agosto de 2019, também com o curso de doutorado, busca formar pessoal qualificado para as atividades de ensino e pesquisa no campo da cultura, focando as contribuições linguístico-literárias para as ciências humanas nos últimos cem anos e, ao mesmo tempo, pautando e praticando as novas exigências do campo cultural para os estudos de crítica, teoria e historiografia literárias. Nesse sentido, a qualificação planejada e posta em movimento implica não apenas uma teoria e uma prática de alto nível de especulação sobre a institucionalização da malha cultural no mundo contemporâneo, o sentido das instituições literárias e das políticas públicas concernentes ao letramento e à formação de leitores e de educadores, mas um empenho voltado à instituição da pesquisa avançada em direitos linguísticos e literários, na UNEB, expandindo com isso os espaços de interlocução com outros programas da área no Brasil e exterior.
O Programa de Pós-Graduação em Crítica Cultural tem uma única área de concentração, que é em Crítica Cultural. Como a noção de crítica cultural pode ser mobilizada a constituir programas em áreas como antropologia, comunicação, ciências sociais, história, mesmo em biologia e matemática, nosso principal crivo para se pensar a aderência de linhas de pesquisa, projetos e disciplinas é recortar a principal descoberta do campo linguístico-literário, que é o signo e a abertura do significante. Ou seja, por razões estratégicas, não opomos linguística à literatura, em campos distintos, mas retemos sua potência inter e multidisciplinar, sua repercussão nas ciências humanas e sua capacidade de dialogar com os diversos saberes e epistemologias.
Assim, as noções de signo, significante, língua, linguagens, enunciados, enunciações, séries, estruturas, pós-estruturas, cognição, potência de conhecer, relatos, guerra de relatos, evento semiológico, esvaziamento do signo, diversidade linguística, entre outros, além de uma terminologia em construção dessa crítica cultural, em nossa área, são termos também decisivos na constituição das proposições de linhas, projetos, atividades pedagógicas concernentes às disciplinas, além do amplo escopo da produção bibliográfica e técnica.
A atualização da área de concentração em Crítica Cultural, entre nós, portanto, pressupõe um olhar preciso sobre as interfaces do campo linguístico-literário com as ciências humanas e ciências sociais aplicadas, uma seleção de procedimentos, teorias, estratégias, táticas, implicados no desvelamento e descrição de simulacros produzidos em contexto reacionários, neoliberais, fascistas e, ao mesmo tempo, na construção permanente de critérios e movimentos voltados à cidadania cultural, ao socialismo, à emancipação de povos colonizados e oprimidos como o povo brasileiro.
Os laboratórios de audiovisual, edição gráfica, webrádio e de memória cultural, além de se constituírem como um dispositivo epistemológico para a busca e a renovação de fontes de pesquisa, são também um lugar teórico que permitem redimensionar as pesquisas em linguística e literatura na medida em que ampliam as interfaces com outros domínios e impactam o mundo do trabalho, da ciência, da cultura, do meio ambiente e das subjetividades, com novos resultados e descobertas.
Neste quadriênio 2017 – 2020 com a nota 4 (quatro) e com rigoroso plano de formação de mestres e doutores, com perfis diferenciados em nossa área, além de qualificada produção bibliográfica e técnica, a exemplo dos periódicos Pontos de Interrogação: Revista de Crítica Cultural (https://www.revistas.uneb.br/index.php/pontosdeint) e Grau Zero: Revista de Crítica Cultural (https://www.revistas.uneb.br/index.php/grauzero), autoavaliação permanente, política de citação, política de egressos, e excelente inserção e parceria internacionais do corpo docente, o principal objetivo do programa é atingir a nota 5 (cinco) nesse quadriênio e se inserir no campo de excelência de nossa área e contribuir de forma mais paritária, e com maior abrangência nacional, com o desenvolvimento científico e a distribuição de riqueza material e simbólica à classe trabalhadora brasileira e internacional.