II CONGRESSO NACIONAL SOBRE INCLUSÃO, LINGUAGEM E LITERATURA

Diálogos Possíveis sobre Inclusão, Linguagem e Literatura em Tempos de Tecnologias Digitais e Inteligências Artificiais

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De 16 a 18 de abril Todos os dias das 08h30 às 21h00
Evento online Transmissão via Doity Play Você receberá o link de transmissão próximo ao evento.

Sobre o Evento

O II Congresso Nacional sobre Inclusão, Linguagem e Literatura é um evento inovador e plural, que reúne pesquisadores, professores, estudantes e profissionais das áreas de Educação, Linguística, Literatura e áreas afins para refletir sobre os desafios e possibilidades da inclusão e diversidade no campo das humanidades, em um cenário marcado pelas transformações das tecnologias digitais e das inteligências artificiais.


Nesta segunda edição, o evento tem como objetivo central promover o diálogo crítico e interdisciplinar sobre práticas educacionais inclusivas, o fortalecimento da pesquisa acadêmica e a disseminação de estratégias que respeitem e valorizem as diferenças culturais, linguísticas e cognitivas, sempre numa perspectiva decolonial, problematizadora e alinhada às demandas da contemporaneidade. Assim, os participantes terão a oportunidade de explorar uma variedade de temas por meio de palestras, mesas-redondas e minicursos, abordando questões de grande relevância.


As tecnologias digitais e as inteligências artificiais têm o potencial de transformar a inclusão educacional e social, e promover o acesso à educação e à cultura, quando pensadas de forma acessível e equitativa. As novas mídias e as IA impactam a diversidade linguística e a comunicação, influenciando a evolução da linguagem e a construção de narrativas inclusivas, enquanto a literatura se reinventa no contexto da hiperconectividade e da interatividade digital, explorando novas formas de expressão e diálogo.


O Congresso é aberto a todos os interessados, e as submissões de trabalhos acadêmicos são encorajadas, com o objetivo de ampliar o debate sobre inclusão, diversidade e o papel da linguagem e da literatura como instrumentos de expressão, fortalecimento identitário e transformação social. Junte-se a nós nessa jornada de reflexão e ação, na qual a diversidade de vozes e pensamentos será a força motriz para construir caminhos mais inclusivos e criativos em um mundo cada vez mais tecnológico.

Participe e contribua para os Diálogos Possíveis!

Palestrantes

  • Thais Oliveira
  • Erica Freitas
  • Cássia Furtado
  • Karla Caroline
  • Edilson Reis
  • Diana Navas
  • Laís Sauerbronn

Programação

18h30 - Thais Oliveira, Erica Freitas, Karla Caroline ENTRE A ORALIDADE E A ESCRITA: UMA ANÁLISE DO /R/ FINAL NA PRODUÇÃO TEXTUAL DA EJA Mesa-redonda

Esta mesa-redonda propõe uma reflexão sobre o apagamento do /R/ final em verbos no infinitivo — como estudar > estudá — a partir de uma análise variacionista em textos escritos por alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), de uma escola estadual do Ceará. A pesquisa, com base nos postulados da Sociolinguística Variacionista (Labov, 2008), investiga como fatores linguísticos (tipo de vogal antecedente, número de sílabas, sonoridade do segmento subsequente, categoria gramatical e posição do vocábulo na frase) e extralinguísticos (sexo, faixa etária e profissão) influenciam esse fenômeno fonológico recorrente no português brasileiro. Além de descrever padrões de uso, discutimos como esse traço, frequentemente associado à oralidade e à variação popular, pode ser compreendido no contexto educacional sem estigmatização. A mesa-redonda visa contribuir para a reflexão sobre o ensino de língua materna, valorizando as variedades linguísticas presentes na EJA e promovendo práticas pedagógicas mais inclusivas, além de trazer atividades sobre o uso da língua nos mais diversos contextos e desenvolvendo a consciência ortográfica desses estudantes.

14h00 - Diana Navas, Laís Sauerbronn O LIVRO MULTIFORMATO E A GARANTIA DE ACESSIBILIDADE NA LITERATURA INFANTIL Minicurso

A acessibilidade é um direito fundamental que garante a participação plena de todas as pessoas na vida cultural, educacional e comunitária. No campo da literatura voltada para o público infantil, esse tema assume uma importância essencial, pois os livros não são apenas voltados para o lazer, mas também ferramentas cruciais para o desenvolvimento da criatividade, linguagem e da inclusão social. Apesar disso, observe-se que, embora haja uma grande produção de livros voltados para o público infantil, a maioria ainda não abrange de maneira justa a diversidade de formatos acessíveis, restringindo o direito de crianças com deficiência de acesso a literatura em condições de igualdade. O minicurso proposto vem da necessidade de discutir as práticas e os desafios relacionados à produção de obras literárias em diferentes versões acessíveis. A proposta está ampliada pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), que estabelece a acessibilidade como requisito legal e assegura às pessoas com deficiência o direito ao acesso aos bens culturais. O artigo 42 da lei estabelece legalmente que não se pode negar a disponibilização de obras intelectuais em formato acessível, o que reforça as obrigações do setor editorial em remover barreiras e ampliar o acesso. Contudo, persiste um obstáculo específico entre o que a legislação prevê e o que é eficaz é realizado, com um pacote que precisa ser revisto e transformado em práticas concretas para que a mudança seja de fato eficaz e realmente transformadora. O conceito de livro multiformato mostra-se como resposta a essa necessidade. Ele consiste na produção de obras literárias em diferentes versões acessíveis, permitindo que crianças com deficiências específicas possam ter acesso à mesma história por meio de recursos variados. Entre esses formatos, destacam-se o livro em braile, voltado para crianças cegas; o audiolivro com audiodescrição, que beneficia tanto leitores com deficiência visual quanto aqueles com dificuldades de leitura; e o livro em Libras, que atende crianças surdas. A adoção desse modelo rompe com a lógica de oferecer apenas um tipo de adaptação e amplia de fato as condições de igualdade no acesso à leitura. O objetivo geral do minicurso é discutir como a produção e a circulação de livros multiformato podem contribuir para a efetivação do direito à literatura acessível, aproximando os participantes dos aspectos legais, conceituais e práticos dessa questão. Pretende-se, ao longo da aula ministrada, atualizar profissionais da educação, bibliotecários, atuantes do meio editorial, estudantes de literatura, letras e pedagogia e demais específicos em debater e aprender sobre a importância de se pensar o livro infantil a partir de uma perspectiva inclusiva. O desenvolvimento do minicurso será organizado em um encontro de uma hora e meia. Na primeira parte da aula ministrada,o foco será voltado para a apresentação dos fundamentos legais e teóricos sobre a acessibilidade na literatura. Na segunda parte, o foco estará na análise de exemplos de caminhos acessíveis. Serão estudos de obras infantis já adaptadas em multiformatos, com destaque para "Verônica, a magrela que era forte", disponível no acervo da Fundação Dorina Nowill, e para livros adaptados pela ONG Mais Diferenças para a plataforma Itaú: Leia para uma Criança. A avaliação desses materiais permitirá compreender, de maneira prática, como diferentes recursos podem coexistir em uma mesma obra e como isso impacta o acesso à literatura. Os resultados esperados incluem a ampliação do conhecimento sobre a legislação vigente, a valorização da acessibilidade como direito cultural e social, o reconhecimento da importância do livro multiformato como recurso pedagógico e inclusivo e a sensibilização dos participantes para o desenvolvimento de práticas que favorecem a cidadania cultural das crianças com deficiência. Espera-se também que os participantes se tornem agentes multiplicadores dessa reflexão em seus contextos profissionais e sociais, contribuindo para que o acesso à literatura deixe de ser privilegiado de alguns e se torne um direito eficaz para todos. A proposta pretende fortalecer a ideia de que a literatura infantil, quando concebida em diferentes formatos, é capaz de acolher todas as crianças, garantindo a cada uma delas a oportunidade de viver a experiência afetiva, sensorial e formativa que os livros podem proporcionar.

18h30 - Cássia Furtado, Edilson Reis LETRAMENTO E LITERATURA DIGITAL E OS LEITORES DA GERAÇÃO ALPHA E BETA Palestra

A introdução da literatura digital no processo de formação de leitores é complexa e demanda de estratégias de mediação para a quebra de resistência e paradigmas, de modo a valorizar seu potencial literário e estético, no incentivo à prática de leitura literária. Vivemos um contexto original, com presença marcante de novas modalidades de ensino e aprendizagem, formal e informal, via tecnologia digital e móvel. À vista disso, fortalecer o letramento digital e as competências de leitura das crianças, nos mais diversos formatos, repercute na sua vida estudantil, pois promove o acesso à conteúdo frutífero e intensifica o aprendizado informal e formal. Dessa forma, a palestra “Letramento e Literatura Digital e o Leitores da Geração Alpha e Beta” dirigida para educadores irá apresentar novos formatos de livros, pertencentes a ciberliteratura, de modo a promover o letramento digital, através da literatura e incentivar seu uso nas novas estratégias para formar leitores.

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