O II Seminário da Pesquisa emerge como um espaço fundamental de processamento coletivo das reflexões e descobertas produzidas pelo grupo de pesquisadores do campo de Niterói. Este encontro se constitui como um momento privilegiado de trocas, debates e aprofundamento teórico-conceitual, onde as experiências cartográficas ganham densidade através do diálogo entre diferentes perspectivas e saberes.

O seminário tem por objetivo central criar um ambiente de compartilhamento das elaborações teóricas e metodológicas que vêm sendo construídas coletivamente a partir do encontro com as pessoas em situação de rua. Trata-se de um espaço onde as questões emergentes do campo se articulam com os referenciais teóricos, promovendo uma reflexão crítica sobre os agenciamentos colonialistas presentes nas políticas públicas e as estratégias de resistência e cuidado produzidas pelos próprios viventes das ruas.

A pauta central do evento - Agenciamentos colonialistas, fronteirização de corpos racializados e estratégias decoloniais de cuidado - convoca os participantes a mergulharem nas complexidades teóricas e práticas que atravessam esta pesquisa. O seminário pretende aprofundar as discussões sobre os conceitos de "corpo-rua", "fronteirização do mundo" e as perspectivas decoloniais que orientam a construção metodológica da cartografia proposta.

Este encontro se configura também como um exercício de processamento coletivo, onde as afetações produzidas pelo campo se transformam em conhecimento compartilhado. A proposta é que cada pesquisador possa contribuir com suas reflexões, dúvidas e descobertas, fortalecendo a dimensão coletiva da produção de conhecimento e a aposta ético-política na valorização dos saberes das pessoas em situação de rua.

O II Seminário Local da Pesquisa representa, assim, um momento estratégico para o fortalecimento do grupo de pesquisadores e para o aprofundamento das perspectivas teóricas que orientam este trabalho, reafirmando o compromisso com a construção de conhecimentos que contribuam para a "desfronteirização do mundo" e para o nascimento de outras formas de compreender e intervir sobre a realidade das pessoas em situação de rua.