Caros educadores,
Desde sua origem, o coletivo de professores Ludus Magisterium está consciente da série de questões sociais, políticas, institucionais, etc., que afeta os estudos e práticas educacionais sem e com os jogos de tabuleiro e a pedagogia lúdica em geral. O II Simpósio Fluminense de Jogos e Educação sutilmente demarcou nossa posição: ao eleger como tema "Representação, Papéis e Jogos", abrimos campo para discussões envolvendo equanimidade, democracia, os impactos das novas políticas para a educação, o ensino para o século XXI, as mentalidades dos alunos Z e suas demandas pedagógicas. Menos sutileza encontramos na escolha de mesas temáticas como: Democracia, acesso e jogos e O gênero, o étnico e o ético nos jogos; no convite ao evento multi-identitário e agregador SEJOGA para uma edição especial no simpósio; na seleção de nomes femininos para protagonizar o evento, estando a frente das principais mesas, compondo majoritariamente o Comitê Científico, batizando com personalidades mulheres os principais ambientes do simpósio, entre outras ações; na conferência de abertura de nossa Professora Doutora, Eliane Bettocchi, com o tema: Pode o subalterno jogar?
Mas não nos basta. Queremos claramente mostrar que somos educadores e desejamos expressar o que - pelo privilégio raro da proximidade que temos com a ciência - é possível assinalar como urgente para a sociedade o direito de acesso a uma educação compatível com as novas tecnologias, culturas e mentalidades do século presente, o que incluem metodologias de aprendizagem lúdicas, ativas, críticas e cooperativas. É preciso que a sociedade expresse respeito e dedicação à educação. Seus governos e suas instituições, públicas e privadas, precisam compreender que somente ações nesse campo, podem construir uma sociedade próspera, que vingue pelo saber. O conhecimento questiona, liberta, diverte, age, e merece estar ao alcance de todos.
Por isso, a organização do II Simpósio Fluminense de Jogos e Educação, em nome de seu realizador, Ludus Magisterium, decidiu elaborar um manifesto, que pode ser assinado por todos os que estiveram presentes em nossas atividades, mas também pelos demais educadores e interessados que concordem com o teor deste texto. Lançamos, como cláusula pétrea deste dispositivo, a necessidade das instituições de ensino serem laicas, acolhedoras, críticas e com as qualidades físicas e pedagógicas necessárias ao acesso de toda a população.
Na certeza de que estamos em situação em diversos pontos análoga a que educadores como Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira, Cecília Meireles e Roquette Pinto vivenciaram quando junto a muitos outros nomes lançaram o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932), o Manifesto dos Educadores do II Simpósio de Jogos e Educação pretende ser mais uma voz a somar-se àquelas que reivindicam urgência na proteção do direito de ensinar e aprender. Convidamos você para ler o manifesto na página do CHANGE.ORG e, caso concorde com o teor, assinar. Acesse, leia e assine: http://chng.it/kRrdkRLL
Um abraço,
Arnaldo V. Carvalho
II Simpósio Fluminense de Jogos e Educação
https://doity.com.br/ii-simposio-fluminense-de-jogos-e-educacao/