III EDIÇÃO - MINICURSO DESCORTINANDO SILÊNCIOS: O ABUSO SEXUAL INFANTIL E EXPLORAÇÃO SEXUAL PRATICADAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Contextualização

A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes tem se caracterizado enquanto uma das grandes preocupações da atualidade pois afeta famílias, crianças e a sociedade como um todo para além disso, configura-se enquanto uma violação aos direitos humanos deste grupo geracional. Apesar dos avanços em termos de normativas jurídicas, e ações desenvolvidas para compreensão desta problemática; a situação continua a desafiar os operadores de políticas públicas. Trata-se de uma questão secular que atravessa o processo de colonização do país e assume novas roupagens e dimensões na cena contemporânea, um exemplo é a violência nas redes. Dentre as situações que contribuem para a persistência da questão é possível citar: a necessidade de identificação e encaminhamento dos casos sem perder de vista a necessidade de compreender a interseccionalidade de raça, gênero, classe social e território, suas manifestações no âmbito familiar, considerandos (a diversidade familiar) e nas instituições direcionadas ao cuidado. Os impactos na saúde e sua transversalidade com o casamento infantil, gravidez precoce, doenças sexualmente transmissíveis, na permanência ou evasão escoar. Situações que se fazem presentes na vida de crianças, adolescentes e jovens. Dimensionar o problema em todos os seus aspectos, torna-se fundamental para redirecionar ações e consequentemente construir planos de enfrentamentos e políticas públicas efetivas. A partir do exposto o presente minicurso visará oferecer condições para que profissionais e população em geral possam identificar e encaminhar casos de violência sexual ( “abuso”/ofensa sexual e exploração sexual), contribuir para o aumento das denúncias bem como qualificar os registros das violências ao dar uma atenção especial para a questão de raça, gênero e classe social e território. A partir deste olhar mais atento, será possível construir políticas/ planos de enfrentamento, mais efetivos e conectados com o real.

Para contribuir com os debates sobre esse importante tema em 2024, a Ufal somou esforços com o Fetipat e demais parceiros, para disseminar informações de qualidade que podem ajudar a esclarecer dúvidas e garantir proteção, prevenção e ferramentas para enfrentar o abuso e a violência sexual praticada contra crianças e adolescentes no nosso estado.