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Caros Amigos,
Já no início de sua obra, Freud apresenta a sexualidade marcada por uma desordem, um desvio: perdemos a condição animal e nada mais é natural em nós. Alguns anos depois, em sua coletânea sobre o amor, o mestre interroga: por qual razão, muitas vezes, amor e desejo não convergem para o mesmo objeto? Por que pode ser necessário depreciar o amado para poder desejá-lo? Questões sempre atuais, pois o descompasso entre amor, desejo e gozo compõe o sofrimento de muitos daqueles que procuram uma análise.
Acompanhandoe ampliando a leitura freudiana sobre a sexualidade, Lacan demarca uma diferença irredutível entre os sexos e emprega o termo sexuação, indicando que a diferença entre as posições masculina e feminina não é definida pela biologia. O homem e a mulher são respostas à impossibilidade fundamental de proporção, de encaixe e acoplamento perfeitos. Poderíamos derivar desta impossibilidade os frequentes impasses entre amor, desejo e gozo?
Lembrando, ainda com Freud, que uma análise pode produzir que o sujeito ame para além do seu sintoma como a si mesmo, poderíamos considerar que o enlace entre amor, desejo e gozo é necessário para a passagem do amor e gozo com o sintoma para outras formas de satisfação?
Esperamos você na III Jornada da Associação Livre para trabalharmos sobre estas e outras questões concernentes ao amor, desejo e gozo e aos enlaces e desenlaces desta tríade.
Atenciosamente,
Zeila Torezan
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