III Jornada de Estudos do Grupo de Pesquisa: As Máscaras do Sagrado

III Jornada de Estudos do Grupo de Pesquisa: As Máscaras do Sagrado

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De 13 setembro a 4 de dezembro Todos os dias das 14h00 às 19h00
Uberlândia, MG UFU - Universidade Federal de Uberlândia - sala 1U 134 Transmissão online via meet.google.com

Sobre o Evento

Este evento possui transmissão ao vivo.

A III Jornada de Estudos, organizada pelo Grupo de Pesquisa "As Máscaras do Sagrado", representa um marco nos estudos acadêmicos de Filosofia na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Este evento híbrido, unindo aspectos presenciais e digitais, foi meticulosamente organizado pelos discentes do Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFIL) da UFU e tem como objetivo principal promover o intercâmbio de ideias, pesquisas e perspectivas sobre as complexidades da filosofia e as diversas manifestações multiculturais e filosóficas.

Sob a renomada orientação do professor Dr. José Benedito de Almeida Junior, a jornada busca expandir o entendimento dos participantes sobre o tema, através de discussões enriquecedoras, apresentações de pesquisa e interações colaborativas. O evento serve não apenas como uma plataforma de expressão para pesquisadores experientes, mas também como um espaço acolhedor para novas vozes e perspectivas emergentes.

Convidamos todos e todas interessados a se juntarem a nós nesta jornada de descoberta e reflexão.

AO FINAL DO EVENTO, QUE OCORRERÁ EM CICLOS DE APRESENTAÇÕES, TEREMOS COMO CULMINÂNCIA A PUBLICAÇÃO DE UM EBOOK DE ACESSO PÚBLICO E GRATUITO, COM OS TEXTOS REFERENTES ÀS APRESENTAÇÕES.

Palestrantes

  • José Benedito de Almeida Júnior
  • Alessandra Carvalho Abrahão Sallum
  • Carlos Antonio dos Santos
  • Raquel Tibery Espir
  • Carla de Brito Nascimento
  • Carlos Henrique Jesus de Paula
  • Bárbara Raffaelle Carvalho Santos
  • Eduardo Marra
  • Lucas Rodrigues Caixeta
  • Juliana Diaz Quintero
  • Luciana Xavier de Castro
  • Bianca Kelly de Souza
  • Raphael Antonio da Costa Dias
  • Mirian Scarlat da Silva
  • Kyto Faoyola

Programação

Principal Ciclo I Ciclo II

Momento Cultural: Música e Sentimento

Apresentação musical.

 Às17h00 - UFU Santa Mônica, sala 1U 134
14h00 - Eduardo Marra, Raquel Tibery Espir Momento cultural voz e violão Apresentação Artística
Local: UFU Santa Mônica Sala 1U 134

Apresentação musical de voz e violão, com Raquel Tibery e Edu Marra

14h30 - Raquel Tibery Espir A metafísica de Mary Baker Eddy Apresentação Oral
Local: UFU Santa Mônica, sala 1U 134

Durante a segunda metade do século XIX, na região da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, Mary Baker Eddy se destacou mundialmente pela autoria de um best-seller que proporcionava uma nova concepção de Deus. Em um diálogo entre a filosofia e a teologia, Eddy apresenta em sua obra um conceito inovador, e deveras polêmico, para uma sociedade fundamentada em valores protestantes e na moral vitoriana: o da maternidade do Deus da bíblia. Como mulher na sociedade vitoriana não teve acesso à educação superior e, ainda assim, fundou em Boston uma Faculdade de Metafísica que, no momento de seu fechamento, possuía lista de espera para ingresso; além de um jornal diário, ganhador do prêmio Pulitzer, existente até a atualidade. Eddy criou seu próprio conceito de metafísica e desenvolveu, a partir dele, um sistema de cura pelo pensamento fundamentado nos escritos bíblicos. Sua obra lhe rendeu milhares de seguidores e a tornou uma das mulheres mais influentes e notórias de sua época.

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15h00 - Alessandra Carvalho Abrahão Sallum Os Solitários Émile e Sophie pela perspectiva da filosofia de Mary Wollstonecraft Apresentação Oral
Local: UFU Santa Mônica, sala 1U 134

O presente trabalho busca analisar as personagens Émile e Sophie da obra "Émile" de Jean-Jacques Rousseau sob a lente crítica da filosofia feminista de Mary Wollstonecraft. Rousseau propõe um modelo de educação naturalista para Émile, destinado a torná-lo um cidadão virtuoso, ao passo que Sophie é educada para ser uma esposa submissa e cuidadora. Essa distinção problemática de papéis baseada em gênero é o ponto de partida para nossa análise. Recorrendo à crítica de Wollstonecraft sobre a educação feminina de sua época, argumentamos que Sophie é vítima de uma educação que a subordina, limitando seu potencial intelectual e moral. Wollstonecraft, que advogava por uma educação igualitária que poderia permitir às mulheres tornarem-se cidadãs racionais e virtuosas, oferece uma contranarrativa poderosa às proposições de Rousseau. A comunicação pretende elucidar como as ideias de Wollstonecraft podem servir para reavaliar e criticar o papel tradicionalmente atribuído às mulheres na filosofia rousseauniana, bem como discutir o impacto duradouro dessas ideias sobre os conceitos modernos de educação e igualdade de gênero.

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15h30 - Carlos Antonio dos Santos O ensino de filosofia nas relações étnico-raciais Apresentação Oral
Local: UFU Santa Mônica, sala 1U 134


Este artigo científico aborda a relevância do ensino de Filosofia nas relações étnico-raciais, destacando os desafios enfrentados e as perspectivas para promover uma educação mais inclusiva e socialmente justa. A reflexão sobre o papel da Filosofia no contexto das relações étnico-raciais é fundamental para compreender como as discussões filosóficas podem contribuir para o combate ao racismo e à discriminação racial. Assim queremos explorar o papel fundamental da Filosofia no combate ao racismo e à discriminação racial. Examinar como a Filosofia oferece ferramentas intelectuais e conceituais para a compreensão crítica das questões raciais, promovendo a reflexão ética e contribuindo para a construção de sociedades mais justas e igualitárias. Além disso, destacar o papel dos filósofos e filósofas na formulação de teorias e práticas antirracistas.

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16h30 - Carla de Brito Nascimento A Escrevivência como potencialização do protagonismo acadêmico de mulheres negras Apresentação Oral
Local: UFU Santa Mônica, sala 1U 134

O interesse deste trabalho é pesquisar o protagonismo de mulheres negras no desenvolvimento de produções acadêmicas, sob uma perspectiva nacional. Com o objetivo de reconhecer o fruto das inquietações, anseios e vivências de intelectuais negras, inconformadas e transgressoras. De forma a fomentar questionamentos através da apreciação da bibliografia pesquisada, analisando a aplicabilidade do conceito de escrevivência, desenvolvido por Conceição Evaristo, como uma forma de contrapor os silenciamentos e potencializar o protagonismo no processo de desenvolvimento intelectual. A proposta é desenvolver um trabalho genuinamente decolonial com uma bibliografia toda pautada em obras de escritoras negras brasileiras. Por conta do contexto especifico em que vivemos ainda permanece na sociedade resquícios evidentes do sistema de colonização. Sendo assim, é de fundamental importância ouvir a voz de intelectuais que desenvolveram um viés analítico e investigativo para questões que contemplam a nossa realidade. Isso porque mulheres negras produziram e continuam produzindo obras nas quais há uma reflexão crítica, que busca propor meios de análise e formas de superação dessa sociedade capitalista, racista e misógina.

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17h00 - Carlos Henrique Jesus de Paula Animus e Anima: Além do Masculino e Feminino Apresentação Oral
Local: UFU Santa Mônica, sala 1U 134

Ao início do séc. XX, Carl Gustav Jung, fundador da Psicologia Analítica, ou do complexo - como diria Nise da Silveira - teve seu primeiro contato com o que um dia ele chamaria de o inconsciente coletivo. Portanto, ao apreender certos padrões da estrutura da psique humana na formação de imagens do inconsciente, ou representações simbólicas - com significados específicos - Jung desenvolveu o conceito de arquétipo enquanto uma hereditariedade de toda a espécie humana. Por outro lado, o inconsciente pessoal é a parte do inconsciente munido de nossas experiências, mas o coletivo possui características contrárias. Dito isso, tais características são padrões arquetípicos que se desenvolveram em cada ser humano dentro de seu próprio momento histórico e social que está em constante mudança. Dessa maneira, Jung percebeu, a partir de seu conhecimento em filosofia e alquimia, a necessidade em titular as ações e características ditas masculinas e femininas de animus e anima, arquétipos dominantes em todo indivíduo. De outro modo, diga-se indivíduo, porque Jung não atribui importância apenas aos ditos homens, mas também às mulheres, que são fundamentais para o seu pensamento e desenvolvimento pessoal. Ademais, uma de suas esposas, Emma Jung, tem como uma de suas principais obras o livro Animus e Anima, assim como, temos uma grande contribuição de uma de suas alunas quanto ao tema, conhecida como Marie-Louise von Franz. Entretanto, algo que não fica muito claro, mas que se deseja abordar, é como os arquétipos em destaque são mais importantes para a compreensão de nossas performances individuais, enquanto o masculino e feminino estão em segundo plano. Logo, Jung defende que os dois arquétipos estão presentes em todo ser humano. Se todo ser humano é masculino e feminino, deveríamos então abolir tais conceitos e abraçar nossas próprias características de animus e anima independente do órgão sexual?

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17h30 - Bárbara Raffaelle Carvalho Santos Dionísio, símbolo de uma filosofia dançante Apresentação Oral
Local: UFU Santa Mônica, sala 1U 134

Ao escrever Assim falou Zaratustra entre 1883 e 1885, Nietzsche discutia com visões idealistas, racionalistas e metafísicas de sua época, o hiper racionalismo imperava como algo verdadeiro e intocável, conjuntamente predominava a moralidade do homem moderno com resquícios de cristianismo. Como forma de superar o pensamento hegemônico, a filosofia nietzschiana se propôs a criar, não somente em conteúdo, mas na forma de escrever. Dessa maneira, o estilo de escrever se tornou uma contestação de uma cosmovisão dicotômica da realidade, o corpo e a alma, o verdadeiro e o falso, o válido e o inválido. Através da escrita poética, os aforismos de inúmeras obras, como A gaia ciência e Além de bem e mal, as paródias de textos religiosos e as canções presentes em Assim falou Zaratustra são alguns dos exemplos de transmutar a escrita vigente de uma época e transvalorar os valores. A figura do deus Dionísio é utilizada pelo filósofo como contraposição à falta de significação que a Modernidade, repleta de arrogância em suas teorias, define sua visão de mundo pessimista e estagnada. Para a filosofia nietzschiana, as palavras, explicações e teorias são insuficientes para uma vida autêntica, portanto, há uma pluralidade de excertos que demonstram que a consciência é uma pequena parte que compõe o todo do ser humano e o acesso à essa totalidade, que está sempre em devir, seria psicofisiológica. Por isso, a escolha de Dionísio não é casual, um ser divino que representa a desmedida, o corpo e a multiplicidade de uma dança seria um símbolo forte o suficiente para a superação de uma moralidade incorpórea e desprovida de sentido. Portanto, pretendo demonstrar como através de uma filosofia trágica e dançante, a figura de Dionísio é uma criação de multiplicidade em Nietzsche.

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14h00 - José Benedito de Almeida Júnior Apresentação do Grupo de Pesquisa: As Máscaras do Sagrado: Uma Jornada Além do Óbvio Abertura
Local: UFU Santa Mônica, sala 1U 134

É com grande honra e expectativa que anunciamos a apresentação de abertura da III Jornada de Estudos do Grupo de Pesquisa: As Máscaras do Sagrado, a ser realizada pelo nosso distinto orientador, professor Dr. José Benedito de Almeida Junior. Reconhecido por sua contribuição significativa no campo da Filosofia, Dr. José Benedito é não apenas um especialista, mas também um pensador que desafia as fronteiras tradicionais de entendimento sobre o sagrado e suas várias dimensões.

A apresentação, intitulada "Uma Jornada Além do Óbvio", promete ser um mergulho profundo nas nuances, complexidades e desafios que envolvem a compreensão da sociedade contemporânea. Seu discurso buscará fazer uma ponte entre tradições ancestrais e debates filosóficos modernos, iluminando tanto os acadêmicos quanto os entusiastas do tema.

Esperamos que este momento sirva como um catalisador para as discussões e investigações que se seguirão ao longo da jornada. Sua expertise e visão crítica, combinadas com seu talento para comunicar ideias complexas de maneira acessível, fazem desta apresentação um evento imperdível para todos os participantes.

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Não perca a oportunidade de estar presente, seja virtualmente ou presencialmente, para este momento inspirador que dará o tom para todo o evento.

14h20 - Lucas Rodrigues Caixeta Um guia pela comunidade LGBTQIAPN+ mais a importância do estudo de identidade de gênero e orientação sexual na filosofia Apresentação Oral
Local: UFU Santa Mônica, sala 1U 134

O presente trabalho se propõe a oferecer uma exposição sobre a relevância do estudo da filosofia em relação ao sexo e sexualidade, adotando uma abordagem ontológica. A pesquisa busca fundamentar a importância deste estudo, não apenas do ponto de vista acadêmico, mas também sob uma perspectiva mais ampla.

Inicia-se com uma análise ontológica que justifica a necessidade de abordar o tema da sexualidade e do sexo na filosofia. Esta análise tem como objetivo destacar como tais conceitos se inserem na estrutura fundamental do ser e sua relevância para compreender a natureza humana e suas manifestações. A investigação não se limita a produzir um discurso retórico, mas visa fornecer uma base sólida para a compreensão da temática em questão.

Subsequentemente, o trabalho delineia uma distinção crucial entre sexo/gênero e sexualidade, evidenciando as áreas de convergência e divergência entre esses conceitos. Este esclarecimento é essencial para criar uma base sólida a partir da qual se possa abordar a complexidade do tema.

Além disso, o estudo desdobra-se na explanação do significado de cada letra que compõe a sigla LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais/Transgêneros), destacando a diversidade de identidades presentes dentro desta comunidade e a importância de reconhecer e respeitar cada uma delas. Isso contribui para uma apreciação mais profunda da diversidade sexual e de gênero e como essas identidades são entendidas e valorizadas na sociedade.

Por fim, o trabalho ilustra a relevância das informações obtidas no estudo de sexo e sexualidade na filosofia por meio da análise de dois casos de LGBTfobia. Estes casos servem como exemplos concretos da necessidade contínua de lutar contra a discriminação e a violência que a comunidade LGBT enfrenta. Ao fazê-lo, ressalta-se a importância de compreender e combater a LGBTfobia, reforçando a necessidade de aprofundar o estudo da filosofia em relação à sexualidade e ao sexo para promover uma sociedade mais inclusiva e justa.

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14h50 - Juliana Diaz Quintero Da modernidade antropocêntrica à urgência do pensamento holístico: é possível acionar o freio de emergência? Apresentação Oral
Local: UFU Santa Mônica, sala 1U 134

Compreender as causas da atual crise ecológica e de valores, bem como as suas possíveis soluções, implica não só compreender as condições materiais que lhe deram origem, mas também as estruturas ideológicas e as dinâmicas culturais que têm permitido a sua continuidade. Nessa ordem de ideias, proponho fazer uma análise histórica pela genealogia do paradigma antropocêntrico para tentar compreender as causas desta cultura predatória que está nos levando à catástrofe. Paralelamente, exponho algumas das correntes da filosofia holística que se encontram nas cosmovisões indígenas, bem como nas obras de pensadores da decolonialidade e de outros intelectuais que atuam a partir da interdisciplinaridade. Por fim, quando questionado, é possível acionar o freio de emergência? Atrevo-me a concluir: que sem uma consciência participativa para com a natureza e sem uma resposta eficaz das esferas de poder, o futuro é incerto. No entanto, esta investigação destaca as iniciativas locais ou micropolíticas como espaços onde as liberdades florescem e onde se entrelaçam alternativas ecológicas para o Bem Viver.

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15h20 Intervalo Intervalo
Local: UFU Santa Mônica, sala 1U 134

Intervalo para interação.

15h30 - Luciana Xavier de Castro Educação para tolerância religiosa em Jean-Jacques Rousseau Apresentação Oral
Local: UFU Santa Mônica, sala 1U 134

A tolerância religiosa é um princípio essencial na obra de Rousseau, e é uma matéria recorrente em sua obra, pois, exprime, dentre outras questões, sua preocupação com a conservação das sociedades. Isso porque, a intolerância religiosa está intrinsecamente ligada à intolerância civil e, por vezes, tem como consequências guerras e, por isso, desestabilização das sociedades. Nesse contexto, em suas reflexões sobre educação, é o personagem pároco Vigário Saboiano, da Profissão de Fé do Vigário Saboiano, texto contido no Livro IV da obra Emílio ou Da Educação, que nos traz elementos para compreendermos os princípios da educação, voltada para a tolerância religiosa. O Vigário, em suas reflexões sobre a religião e, também, na descrição da base da sua religiosidade teísta cristã, descreve o caminho para a instrução moral e religiosa escolhida pelo filósofo genebrino para educar o personagem Emílio. Nesse percurso formativo, nosso filósofo evidencia que não deseja excluir da sociedade crenças que não tragam impactos negativos à sociabilidade, ao contrário, convida à tolerância. Princípio ratificado no Contrato Social, onde Rousseau afirma (2005, p. 134), “Agora que não há mais e nem pode haver religião nacional exclusiva, devemos tolerar todas as que se mostram tolerantes com as outras, desde que seus dogmas nada tenham de contrário aos deveres do cidadão”. Nesse mesmo sentido, ao refletir sobre a liberdade de escolha religiosa, critica aqueles que só oferecem um caminho e condenam a escolha religiosa do outro. Ademais, entendemos que a educação para a tolerância religiosa, baseada na Profissão de fé do vigário Saboiano, dá liberdade de escolha fundamentada nas luzes naturais, consciência e razão, ou seja, na convicção pessoal do indivíduo, além de convidar seu interlocutor a ser tolerante com todas as religiões, desde que elas se pautem também na tolerância religiosa.

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16h00 - Bianca Kelly de Souza Retornar ao passado para pensar o presente - Michel Foucault e a antiguidade greco-romana Apresentação Oral
Local: UFU Santa Mônica, sala 1U 134

Os últimos cursos ministrados por Michel Foucault no Collège de France intitulados A hermenêutica do Sujeito (1982), Governo de si e dos outros (1983) e A coragem de verdade (1984), são balizados por investigações em torno de uma hermenêutica de si na antiguidade, a partir de uma ampla investigação histórico-filosófica – do século IV a. C ao século III d. C. – que marca o aprofundamento e a relevância do pensamento antigo para a filosofia foucaultiana. Por meio desses cursos o filósofo percorre momentos do pensamento socrático-platônico e helenístico-romano, analisando e comparando discursos filosóficos, médicos, pedagógicos, dentre outros, a fim de compreender as modalidades de relação consigo, por meio das quais o indivíduo é conduzido a exercer sobre si uma forma de governo dotada de certa autonomia e singularidade. Foucault busca, no pensamento grego, novas formas de problematizar nosso presente e a relação do sujeito consigo mesmo, operando cortes transversais nas filosofias da antiguidade, possibilitando o confronto de experiências e estabelecendo marcos para se pensar a atualidade política, ética e filosófica. Desse modo, nosso objetivo é analisar e problematizar as condições e motivos do retorno foucaultiano a filosofia greco-romana.

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16h30 - José Benedito de Almeida Júnior Discussões Encerramento
Local: UFU Santa Mônica, sala 1U 134

Momento resenrado para as discussões acerca das apresentações do dia e posterior encerramento.

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16h30 - Kyto Faoyola O Herói em Pantera Negra Apresentação Oral
Local: UFU Santa Mônica Sala 1U 134

Discussão sobre aspectos filosóficos dessa personagem

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Local

UFU - Universidade Federal de Uberlândia - sala 1U 134, 38408-100, Avenida João Naves de Ávila, 2121, Saraiva, Uberlândia, Minas Gerais
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Organizador

José Benedito de Almeida Júnior

Professor do Instituto e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia, da Universidade Federal de Uberlândia. Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Pós-doutor em Filosofia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte (PNPD/CAPES). Coordenador do Grupo de Estudos ?As Máscaras do Sagrado? e do Projeto de Pesquisa "A filosofia e a linguagem simbólica da alquimia" (PROPP/UFU). Atualmente suas pesquisas versam sobre as relações entre Ética, Política e Religião e, dentro deste campo, sobre a mitologia e os ritos. Publicou recentemente as obras: "Felicidade e vida autêntica: pensando a felicidade no século XXI" (2018) Editora Paco. "Introdução à Mitologia" (2014) Editora Paulus SP "Como ler Jean-Jacques Rousseau" (2013) Editora Paulus, SP.
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