Local: Virtual
(1) Ensino de Português como Língua de Acolhimento: desafios e horizontes
Convidada: Profª Drª Yara Carolina Campos de Miranda (Doutora pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG)
Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), 108,4 milhões de pessoas tiveram que se deslocar de maneira forçada em todo o mundo até o final de 2022. Esses deslocamentos se deram como resultado de perseguição, conflito, violência, violação de direitos humanos ou eventos que perturbaram gravemente a ordem pública. Diante de números alarmantes como estes e de um cenário cada vez mais intenso de migração de crise (BAENINGER, PERES, 2017), no campo da Linguística Aplicada, tem-se discutido sobre o ensino de português como língua de acolhimento (PLAc), as possibilidades de acolhimento em línguas (BIZON, CAMARGOS, 2019), a formação de professores para estes contextos (MIRANDA, LOPEZ, 2019; MIRANDA, 2021) e os desafios e horizontes que se pode vislumbrar nesse âmbito. Este trabalho tem, como principal objetivo, lançar luz sobre algumas destas questões de modo a fomentar provocações que culminem em futuros movimentos para desenvolvimento de pesquisas, ações e parcerias que contribuam para os processos de acolhimento de migrantes no Brasil.
(2) Os desafios na construção de uma política linguística para o acolhimento de migrantes e refugiados nas escolas municipais de Belo Horizonte
Convidada: Profª Dnda. Liliane Francisca Batista (Doutoranda pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e Université Grenoble Alpes – UGA. Professora da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte)
Este trabalho diz respeito aos desafios enfrentados pela Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte na construção de uma política linguística pensada para os estudantes migrantes e refugiados matriculados nas escolas da Rede Municipal de Educação da capital mineira. Para isso, analisamos em que medida as políticas linguísticas propostas pelos dispositivos legais convergem com aquelas praticadas pela escola. A partir das práticas escolares efetivas, observamos até que ponto as políticas instauradas apresentam tendências plurilíngues mais ou menos conscientes. A relevância deste trabalho se justifica pela urgência de ações voltadas para o público migrante e refugiado matriculado nas escolas de Belo Horizonte. Por meio dessa discussão, buscamos reforçar a importância e o impacto de uma Educação Plurilíngue e Intercultural no contexto migratório.