Na realização do I SMC3, busca-se promover o intercâmbio acadêmico-científico de alunos da graduação e pós-graduação com pesquisadores oriundos das Geociências e Ciências Ambientais. O objetivo é ampliar o debate interdisciplinar e interinstitucional, na perspectiva de fortalecer a cooperação para ações de monitoramento ambiental, visando subsidiar a identificação de áreas prioritárias para a conservação da caatinga, baseada num conjunto abrangente de critérios de vulnerabilidade climática e ecológica. Nesse sentido, o programa geral concentra suas atenções em quatro áreas temáticas de vulnerabilidade, assim identificadas:
Tema 1: Vulnerabilidade climática;
Tema 2: Vulnerabilidade ecológica;
Tema 3: Vulnerabilidade à desertificação;
Tema 4. Vulnerabilidade agrícola.
Os resultados de cada um dos quatro temas principais do evento irão contribuir com propostas para a consolidação de um modelo de pesquisa interdisciplinar/transdisciplinar para mitigação dos impactos das mudanças climáticas, da seca e combater o avanço do desmatamento e da desertificação na Caatinga.
QUAL OBJETIVO?
Fortalecer a cooperação entre entidades nacionais e internacionais, visando implantar e consolidar um programa de referência em pesquisas, metodologias, monitoramento, capacitação e subsídio a políticas públicas nas áreas de desmatamento, secas e desertificação da Caatinga.
POR QUÊ?
Contribuir para a definição de um programa visa monitorar, por meio de tecnologias espaciais e de dados de satélite, as condições de desmatamento, seca e desertificação na Caatinga, com o intuito de contribuir para a preservação, conservação e manejo sustentável dos recursos naturais do bioma. As mudanças ambientais e climáticas projetadas para futuro próximo acarretam diversos prejuízos sociais e econômicos para a população. Esse fato se torna grave se consideradas as desigualdades sociais que caracterizam a região semiárida brasileira. Nesse sentido, é importante que o Brasil apresente, no cenário internacional, um amplo programa nacional que busque uma melhor compreensão dessas alterações ambientais e promova estratégias de prevenção e mitigação dos efeitos desse processo.
COMO?
O programa é desenvolvido por meio da cooperação entre o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (LAPIS), da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), e a EUMETSAT. O LAPIS atua junto ao Instituto de Ciências Atmosféricas da UFAL e adota uma perspectiva multidisciplinar e transdisciplinar na formação de recursos humanos na área de meteorologia, sensoriamento remoto e meio ambiente, através de bolsistas de graduação, pós-graduação (mestrado e doutorado) e pós-doutorado sintonizados com as demandas sociais, dando grande ênfase na emergente questão de monitoramento ambiental do bioma Caatinga.
QUAIS IMPACTOS?
Diferenciar setorialmente os impactos observados e conseguir mapear a complexa rede de relações causa-efeito – diretas e indiretas, em escalas espaciais e horizontes temporais diferentes – que levam a esses impactos, não é tarefa trivial e imediata. Por exemplo, num contexto urbano existem fatores físicos, institucionais e socioeconômicos intrínsecos ao sistema, tais como nível de pobreza, inadequação do domicílio, falta de infraestruturas, ocupação ilegal do solo, entre outros, que trazem por si só uma situação de risco, independentemente do fator climático. As mudanças ambientais vão com muita probabilidade agravar as vulnerabilidades existentes, deixando essas comunidades e sistemas ainda mais expostos a riscos de perdas e danos. Esse programa contribui regionalmente para o rápido crescimento do conhecimento acumulado sobre mudanças climáticas, seca e conservação no muito importante e singular bioma brasileiro da Caatinga. A abordagem tem um potencial enorme para melhorar o planejamento da conservação baseado no conhecimento cientifico e fortalecer a formulação de políticas.
QUE PRODUTO?
Em nível local, os municípios localizados na área de abrangência da Caatinga podem potencializar as ações de proteção ao bioma, de aproveitamento sustentável do seu potencial e de recuperação de áreas degradadas. Para tanto, por meio de um esforço de articulação, o Laboratório disponibiliza informações de satélite sobre a situação do uso e ocupação do solo de cada município, com foco na cobertura vegetal e no mapeamento das áreas suscetíveis ao processo de desertificação. A Caatinga, pela sua importância biológica, genética, social e econômica, necessita de uma iniciativa semelhante, visando propiciar a elaboração de políticas de conservação a esse bioma exclusivamente brasileiro.
PÚBLICO-ALVO
Comunidade científica e acadêmica;
Estudantes;
Profissionais ligados à Inovação;
Imprensa;
Grandes e médios produtores rurais;
Cooperativas;
Institutos de pesquisa agropecuária;
Organizações Não Governamentais (ONG’s); e
Poderes Executivo e Legislativo.
DATAS IMPORTANTES
Prazo máximo para fazer sua inscrição: | 10 de novembro de 2017 |
Prazo máximo para efetuar o pagamento: | 10 de novembro de 2017 |
Abertura do evento: | 13 de novembro de 2017 |
Encerramento do evento: | 14 de novembro de 2017 |
Publicação online dos certificados: | 20 de novembro de 2017 |