O EVENTO ACONTECERÁ DE 13/05 A 17/05, DE 19 ÀS 21:30HS, NA SALA 310, BLOCO C.

Endereço: Faculdade Pitágoras Campus Pampulha, Avenida Antônio Carlos, 4157 - Bairro São Francisco (ao lado do Corpo de Bombeiros e em frente a estação do MOVE Colégio Militar). Para quem for de carro, nas ruas do entorno da faculdade pode estacionar.

A importância da IV Semana de Serviço Social da Faculdade Pitágoras está na possibilidade de levantar e debater os impactos das reformas em contexto regressivo nos direitos sociais. Tal provocação acende o compromisso ético do assistente social com as políticas públicas e seus desdobramentos no valor da equidade: o ideário de garantia de direito à cidadania, na justa medida em uma conjuntura desafiadora e restritiva ao reconhecimento de identidades.

SERÁ CONCEDIDO CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO VÁLIDO PARA ATIVIDADES COMPLEMENTARES ACADÊMICAS E PARA INSERÇÃO NO CURRÍCULO PROFISSIONAL.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

13 de maio - Aula Aberta Gestão Social: Políticas Públicas, Redes e Defesa de Direitos.

Quem somos perante o Estado? Quais suas formas de governo? O ponto de partida é pensar como acontece a relação do Estado e sociedade civil pós-constituição de 1988 e, ainda, como se deu o processo de institucionalização do capitalismo na sociedade brasileira. Toda essa construção reverbera no atual contexto, seja nos desdobramentos das várias expressões da Questão Social, nas políticas públicas e na cidadania.

Estas provocações serão feitas na Aula de Abertura da IV Semana de Serviço Social, que coincide com a aula da disciplina Estado, Questão Social e Políticas Públicas do curso de pós-graduação em Gestão Social, Políticas Públicas, Redes e Defesa de Direitos.

Daniela Corrêa - graduada em Serviço Social e pós-graduada em Gestão de Projetos Sociais; mestre em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local pelo Centro Universitário UNA; especialista em Poder Legislativo e Políticas Públicas pela Escola Legislativa de Minas Gerais; atua como assistente social no Lar de Idosas Padre Leopoldo Mertens da SSVP; docente da graduação e pós-graduação da Faculdade Pitágoras e conteudista do Grupo Kroton de Educação.

14 de maio - O lugar das juventudes nas reformas e o discurso da meritocracia.

O Estatuto da Juventude, conquista recente (2013), instituiu na agenda das políticas públicas, a importância de pautar direitos e garantias de uma parcela da população que nem sempre foram priorizados nas esferas governamentais. Na contramão, as reformas impedem a consolidação ou mesmo efetivação do precoce estatuto, acelera desmontes, e ganham coro a retomada de pautas como a redução da maioridade penal e politicas punitivistas.

Mediador: Átila Calzavara - graduado em Psicologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), analista de políticas públicas da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte com ampla experiência na Psicologia Social.

Palestrantes:

Fabiana Santos - mestre em Promoção à Saúde e Prevenção à Violência (Faculdade de Medicina – UFMG/2016), graduada em Serviço Social pela PUC-MG (2004), atuou por 11 anos na Política Social de Prevenção à Criminalidade como gestora e supervisora dos programas de Mediação de Conflitos (PMC), Penas Alternativas e Egressos do Sistema Prisional (Presp) e do Programa de Controle de Homicídios Fica Vivo! (Fica Vivo!), onde também foi diretora; hoje é coordenadora geral no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM).

Lucas Alfa – arte educador e educador social, com expertise em Cultura Hip Hop, oficineiro do Programa Fica Vivo!, grafiteiro e colaborador da Casa do Hip Hop na comunidade do Taquaril, região leste de BH.

15 de maio - O papel social e a solidão na velhice frente ao contexto das reformas.

A senilidade hoje é mais presente, mas em uma atitude paradoxal, a ampliação da longevidade humana não foi acompanhada de reflexão sobre o que fazer com a vida. Criam-se estereótipos de “melhor e pior idade”, papéis e representações sociais que compõem as identidades na velhice. Estas angústias são reforçadas pelo contexto das reformas, um espaço também de (re)criação da velhice em nossa prática social e profissional.

Mediadora Daniela Corrêa

Palestrantes:

Juscilene Moreira - graduada em Letras e Serviço Social, mestre em Promoção da Saúde e Prevenção da Violência pela UFMG; servidora da Secretaria Municipal Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania de BH, com ênfase na Proteção Social Integral de Alta Complexidade, com atuação nos temas: situações de violação e garantia de direitos, acompanhamento familiar, envelhecimento populacional e dignidade da pessoa idosa.

Rafaelita Maria de Souza – representante do Fórum de Idosos da Regional Pampulha.

Rosemary Freitas - graduada em Direito, com especialização em Direito Contencioso; militante de Direitos Humanos da Pessoa Idosa. Atualmente trabalha no Grupo Dona Dochinha como assessora técnica jurídica para acesso e garantia de direitos da pessoa idosa.

16 de maio - LGBT+´s e o desafio de viver sem medo.

A homolesbobitransfobia não se resume às agressões físicas e verbais que as pessoas LGBT+ sofrem. Na realidade, tais violências ocorrem em um contexto de violações de direitos e de negligências do poder público e da sociedade. Quais são os possíveis efeitos das reformas propostas pelos atuais governantes para a população LGBT+ no Brasil? Destacam-se consequências de tais reformas para a saúde integral, escolarização e profissionalização da população LGBT+, assim como para as expressões artísticas homoeróticas, resultando em um aumento significativo do desafio de viver.

Mediador: Maicon Chaves - professor, palestrante e psicanalista, com formação em Filosofia, Letras e no campo psi. Foi presidente da Liga Acadêmica de Psicanálise na Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG); coordenou o Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crimes Violentos (NAVCV) no Governo de Minas em 2010; atualmente é militante dos movimentos LGBT+, Luta Antimanicomial e Direitos Humanos.

Palestrantes:

Hugo Bento – psicólogo, mestre em Psicologia / Processos de Subjetivação pela PUC Minas, foi bolsista de mestrado pela FAPEMIG; militante LGBT+; autor do livro “O desejo de filho na adoção homoparental: Uma perspectiva psicanalítica” (Gramma – 2017), resultado de sua pesquisa de mestrado; atua no desenvolvimento de práticas dialógicas entre a Teoria Psicanalítica e as políticas públicas de Direitos Humanos; possui experiência de pesquisa em subjetividades contemporâneas, Psicanálise Aplicada ao Social e direitos sexuais e reprodutivos.

Nathan Neubaner - homem trans, estudante de Engenharia de Transportes do CEFET/MG; atualmente, é estagiário de engenharia da BHTrans e militante pelos direitos da população trans. Foi aluno da primeira turma do preparatório TransENEM, em 2015 e jovem trabalhador do Programa de Aprendizagem Profissional da Rede Cidadã, em Belo Horizonte.

Penélope Fontana – apresentadora, performer e atriz drag queen, iniciou sua trajetória de militância LGBT+ ainda adolescente no Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais - CELLOS/MG; se divide entre os palcos e palanques com personalidades políticas e artísticas na cena cultural há 11 anos.


17 de maio - Mulheres: uma breve história da imprevidência.

Será apresentada uma breve história do movimento feminista no mundo e no Brasil e abordado o panorama do atual contexto brasileiro em termos das composições ministeriais e das decisões políticas que vêm representando um enorme desafio para as lutas das mulheres neste país.

Mediadora: Daniela Corrêa

Palestrantes: Bruna Camilo - doutoranda em Ciências Sociais pela PUC-Minas, pesquisadora em Teoria Política Feminista e Teoria da Democracia; mestre em Ciência Política pela UFMG, com pesquisa sobre o conceito de patriarcado na ciência política; bacharel em Ciências do Estado pela UFMG, com a pesquisa sobre o direito ao nome das pessoas transexuais e travestis; integrante da Associação Visibilidade Feminina.

Silvia Barbosa - bacharel e mestre em Filosofia pela UFMG, realizou pesquisas sobre o pensamento de Hannah Arendt e de Karl Marx; graduada em Psicologia pela FUMEC, possui formação pelo Instituto de Psicanálise e Saúde Mental de MG e atualmente é professora de Línguas e Metodologia, e psicóloga clínica e psicanalista.