Local: ICS
Grupos de Trabalho
GT 1 - Deficiência, Doenças Raras e Biossocialidade
Coordenadores: Nádia Meinerz (UFAL) e Gustavo Corrêa (UFS)
Debatedor: Carlos Guilherme Octaviano Valle (UFRN)
Resumo: A mesa reúne a reflexão sobre a atuação da antropologia no campo disability studies norte-americanos e sobre as apropriações do método etnográfico nas pesquisas sobre o tema das “deficiências” no Brasil. Considerando o descompasso temporal que perpassa desenvolvimento desse campo nos dois contextos, os expositores são convidados a dialogar sobre os deslocamentos heurísticos no interior da disciplina bem como sobre as dificuldades de separar as esferas da elaboração teórica e da prática política. Nesse sentido, multiplicam-se as instâncias de articulação entre a ação dos grupos organizados, o delineamento de investigações científicas e a construção de políticas públicas. Mais especificamente, a mesa provoca os pesquisadores a refletir sobre a intersecção entre as “deficiências” e outros tipos de desigualdade como a geo-política, sócio-econômica, de gênero, de raça, de sexualidade e de geração
Sessão 1 - Deficiência, Doenças Raras e Biossocialidades (03/10/2018) |
Título | Autor(a)(s) |
Domesticar o olhar? Reflexões metodológicas sobre a pesquisa com pessoas cegas assistidas por cães-guia. | Maria Kerolayne Rocha |
Um silêncio entre a pele e a fala: quando as emoções não alcançam o toque. | Clarice Maia F. de Amorim |
Encontros Virtuais: diálogos sobre corpos com hiperidrose. | Agaítalo Vasconcelos |
Refletindo sobre práticas classificatórias, políticas de saúde no cotidiano de Serra de Inácio Pereira – PB. | Carolina Ferreira |
Estado X A Lepra: Pensando as práticas de segregação, criação de universos paralelos e afetos durante as idas e vindas das colônias. | Nayara Alexandra Rodrigues da Silva Regina Maria dos Santos Nádia Elisa Meinerz |
GT 2 - Saúde, produção de conhecimentos e itinerários de (r)existência
Coordenadores: Pedro Nascimento (UFPB) e Telma Low Silva Junqueira (UFAL)
Resumo: As pesquisas em saúde têm se tornado um campo profícuo na produção do conhecimento antropológico e interdisciplinar. De modo que, enquanto pesquisadores/as, estamos empenhados/as em problematizar e dialogar acerca dos desafios colocados pelas políticas de saúde em seu projeto de universalização de direitos e as ressignificações locais deste processo por diferentes grupos sociais, especialmente no momento atual marcado por retrocessos e perdas de direitos. Este GT tem por foco, portanto, o compartilhamento de pesquisas, experiências e intervenções políticas e culturais produzidas nessa área, entendendo os temas e campos de interesse abarcados pela rubrica da saúde em uma perspectiva ampla, complexa e situada. Interessa-nos, portanto, dialogar com os diferentes saberes-fazeres produzidos nos espaços/contextos de promoção da saúde para além dos serviços convencionais, levando em conta a articulação entre níveis micro/locais e instâncias macro/nacionais/globais, com destaque para as estratégias críticas, criativas e (r)existentes que visam romper com as lógicas de dominação, opressão e enquadramentos dos corpos, subjetividades e relações.
Ou seja, interessa-nos também pensar os serviços de saúde marcados por moralidades específicas em interação com aqueles sujeitos que deles participam em busca de atenção, acolhimento e cuidado. São muito bem vindas questões que dialoguem sobre relações de trabalho entre profissionais e gestoras/es da saúde, subjetividade inter/intra das pessoas usuárias, organização administrativa e burocrática, redes, programas e políticas públicas intra e intersetoriais, gestão compartilhada e/no uso de medicamentos e equipamentos, relação entre as ciências biomédicas e as ciências sociais, destinação e uso do orçamento público, dilemas metodológicos e éticos enfrentados, relação entre serviços de saúde e comunidades, itinerários terapêuticos, etiologias populares, militância, participação e movimentos sociais, articulação entre saúde popular e saúde oficial etc. Finalmente, pretendemos que esse GT se constitua como um espaço de interlocução sobre os desafios e perspectivas atuais que considerem saúde como um direito humano atravessado também por hierarquias, produção de diferenças e desigualdades de gênero, classe, raça, sexualidade, geração e outros marcadores sociais.
Sessão I - Saúde, Produção de Conhecimentos e Itinerários Terapêuticos (03/10/2018) |
Títulos | Autor(a)(s) |
“O que adiante conhecer muita gente e no fim das contas estar sempre só?” O desafio da maternidade em tempos de síndrome congênita do Zika vírus. | Raquel Lustosa da Costa Alves |
Relato de experiência das (r)existências de um corpo TRANS e (n)o CIS-tema de saúde. | Cauê Assis de Moura |
“Medicina tradicional” e experiências cosmopolíticas na visita de Alcindo Wherá Tupã e Geraldo Karaí Okenda Moreira a Belo Horizonte. | Isabel Santana de Rose |
Divergências e coalisões na noção de indivíduo e pessoa em casos de aborto | Camilla Iumatti |
Reprodução assistida no Brasil: O direito ao planejamento familiar e os entraves de acesso à tecnologia. | Larissa Matias de Lima Santos |
GT 3 - Gênero, Sexualidade e Raça
Coordenadores: Dr. Elias Ferreira Veras (UFAL) e Dra. Idalina Freitas (UNILAB)
O objetivo do GT "Gênero, raça e sexualidade" é proporcionar um espaço de reflexão considerando as dimensões teóricas, analíticas e empíricas das questões postas pelas intersecções entre gênero, raça e sexualidade. O GT acolherá trabalhos que reflitam sobre análises que registrem as influências desses marcadores na configuração das experiências dos sujeitos na sociedade, problematizando desigualdades históricas e seus efeitos na sociedade contemporânea. Serão bem vindas experiências de pesquisa concluídas e/ou em andamento que reflitam as proposições teóricas/metodológicas, estratégias políticas e de transformações sociais no contexto brasileiro, tomando como importantes referências e fontes, os saberes, experiências, culturas e perspectivas que sinalizem para olhares interseccionais.
Sessão 1 –Resistências de Gênero, Raça e Sexualidade na Cidade (03/10/2018) |
Título | Autor(a)(s) |
Trabalho e experiências femininas na CAFT em Rio Largo, Alagoas (1941-1948). | Ana Greyce Moraes Pereira |
Gênero e democracia racial nos anos 1950: Mulher-personagem em Gabriela, cravo e canela de Jorge Amado. | Milena Correia dos Santos |
Movimento Homossexual e Negro: Um diálogo interseccional no jornal O Lampião da Esquina (1978-1981). | Ana Maria de Barros Lima |
As marcas sociais do passado. Identidades negras na periferia de Maceió: desmistificando a fragilidade feminina (2008 – 2016). | Adrícia Carla Santos Bonfim |
Para além da “intolerância religiosa”: Intersecção entre violência religiosa, racial e de gênero no caso terreiro MANZO NGUNZO KAIANGO. | Taísa Domiciano Castanha |
“Dançando sob os meus próprios pés”: Arte e militância política entre travestis e mulheres transexuais em Maceió | Guadalupe Ferreira |
A (des)ocupação dos espaços públicos: a lente das mulheres de Maceió na segurança urbana. | Cora Guimarães Rocha Daphne Costa Besen |
Sessão 2 – Gênero, Raça, Sexualidade e Interdisciplinaridade (04/10/2018) |
Título | Autor(a)(s) |
Inclusão da mulher na ciência: trajetórias de invisibilidade e resistência. | Marina Couto da Costa Gian Carlos Rodrigues do Nascimento Andrea Pacheco de Mesquita |
Sociologia artisticamente engajada (?) A prática performativa feminista. | Lissa Tinôco dos Santos |
Produção de material educativo para a educação em saúde e sexualidade. | Anália de Pontes Leite Martins Gabriela Claudio dos Santos Talita Lúcio Chaves Vasconcelos Andreia Silva Ferreira |
“Inclusão (I)limitada: Gênero, Sexualidade e Raça no espaço escolar. | Ana Luiza Profírio |
Entre “bichas” e “boys”: transexualidade e sexualidade na história de Ágata. | Everton Nunes da Silva |
Autoetnografia: um percurso doloroso | Helen Cristina da Silva Araújo |
GT 4 - Ciência e Práticas de Governo
Coordenadoras: Débora Allebrandt (UFAL), Ednalva Maciel Neves (UFPB) e Daniela Tonelli Manica (UNICAMP)
Debatedora: Alejandra Rocca (Secretaria de Ciencia y Tecnología/ Universidad Nacional de José C. Paz)
Este grupo de trabalho busca reunir pesquisas que tenham como interface práticas de governo e agenciamentos da ciência e da tecnologia. Esses temas, em suas interações práticas, sentidos e valores associados à noção de direito e ciência permitem evitar armadilhas de reificação de conceitos como poder e tecnologias de governo. Além disso, acreditamos que essa interface permite a interlocução com diferentes experiências de pesquisa que considerem as múltiplas interfaces entre ciência e práticas de governo. Estamos interessados em trabalhos que possam dar visibilidade às tecnologias de governo em campos de pesquisa diversos, tais como: processos de abandono social, modos de regulamentação dos corpos, das populações e das subjetividades, políticas públicas. Consideramos bem-vindos trabalhos que discutam biossocialidades, biomedicalização, práticas de produção de conhecimento em laboratórios, conhecimento científico e não científico, redes de produção de ciência e tecnologia, bem como suas dimensões moral, burocrática e política, envolvidas na produção de subjetividades e nas práticas de intervenção.
Sessão 1 - Tecnologias, monitoramento e gênero (03/10/2018) |
Título | Autor(a)(s) |
Tecnologias biomédicas, governo de corpos e modos de subjetivação: sobre a circulação de imagens ultrasônicas. | Marcos Castro |
“Correr pelo certo para ser caba homem”: dinâmicas da constituição da masculinidade no mundo do crime. | Rangel Ferreira Fideles do Nascimento |
Coprodução e importação de tecnologias de controle o monitoramento eletrônico de apenas em Alagoas | João Marcos Francisco Sampaio |
Os reflexos da atuação das forças estatais de segurança pública no espaço urbano contemporâneo. | Elaine Pimentel Martin Ramalho de Freitas Leão Rego |
O uso das tecnologias como forma de enfrentamento ao assédio sexual nos espaços públicos: os aplicativos e redes sociais como caminhos para dar visibilidade à violência contra as mulheres. | Angélica Cavalcanti Costa Maria Luísa de Melo Barroca Elaine Pimentel |
Sessão 2. Políticas de governo e saúde (04/10/2018) |
Título | Autor(a)(s) |
Direitos reprodutivos e maternidade no cárcere feminino: da proteção legal à realidade do estabelecimento prisional feminino Santa Luzia em Maceió-AL. | Kamilla Borges dos Santos Elaine Cristina Pimentel Costa |
O Estado e o controle de corpos e mentes: encarceramento feminino e saúde mental. | Ana Flávia Costa Silva Elaine Pimentel |
Políticas públicas de oferta de trabalho e assistência educacional no sistema prosional feminino: estudo de caso do estabelecimento prisional feminino Santa Luzia, em Maceió-AL. | Taís Oliveira Pedrosa de Souza Elaine Cristina Costa Pimentel |
Políticas públicas uterinas: a quem serve a criminalização do aborto no Brasil? | Maiara Alice |
Medicalização e judicialização: suas relações com o “Centro Psiquiátrico Judiciário Pedro Marinho Suruagy” e os reflexos da biopolítica nesse espaço. | Rodrigo Ferreira dos Santos Elaine Pimentel |