IX JINTERFIL

IX JINTERFIL

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De 9 a 11 de novembro Todos os dias das 18h00 às 21h00

Sobre o Evento

A IX Jornada Interdisciplinar de Filosofia – JINTERFIL – tem o objetivo de continuar com o processo de integração dos campi, docentes, discentes e comunidade em geral dos municípios nos quais a UFMA se instalou e que tem sido reconhecido como “UFMA do Continente”. O evento tem sido bem sucedido durante todos esses anos (2013 a 2021), pois tem conseguido cumprir o seu principal objetivo: integrar os pesquisadores da área de ciências humanas das cidades do interior do Maranhão. Mesmo a JINTERFIL possuindo uma sede a cada novo evento, nunca se limitou à cidade, ou centro universitário da UFMA, na qual é realizada. Sempre conseguiu uma ampla adesão seja dos docentes da UFMA, dos docentes da rede municipal e Estadual do Maranhão, seja dos docentes do IFMA e de instituições de estados vizinhos tais como Piauí, Pará e Ceará. Nos últimos eventos contou com a participação de renomados professores de outros estados da federação, fato que alçou o evento a um nível de reconhecimento nacional.

Inscrições:

As incrições com apresentação de trabalho vão até dia 07/11/2022.

Teremos a possibilidade de apresentação de comunicações via meet. Basta o interessado informar o seu interesse em apresentar o trabalho nessa modalidade para o email: ixjinterfil@gmail.com

As inscrições como ouvinte podem ser realizadas até dia 10/11 pela manhã, antes dos minicursos.

Os trabalhos completos poderão ser submetidos para a publicação nos anais do evento.

Programação

19h30 - Danielton Campos Melonio Bildung como processo de Desbarbarização Conferência
Bildung como processo de Desbarbarização
Local: Auditório do Centro de Ciências de Bacabal

Conferência sobre o tema Formação/Bildung

09h00 - Claudia Silva Lima Os pressupostos da Filosofia Africana: uma crítica à filosofia ocidental Minicurso
Os pressupostos da Filosofia Africana: uma crítica à filosofia ocidental
Local: Sala 1

A chamada Filosofia Africana nasce em permanente confronto e diálogo com o
chamado pensamento ocidental. Assim, faz-se uma reflexão sobre como no
Ocidente tem-se definido o “outro”, especialmente o outro africano,
evidenciando o caráter temporal, espacial, racialista e racista da filosofia e do
pensamento ocidental. Esse minicurso tem o intuito de questionar sobre até
que ponto a filosofia africana pensa África e como através da filosofia africana
se pensa a África, se pensa o africano e se pensam os próprios destinos dos
países africanos. Tenta-se analisar a relação entre filosofia e o contexto social,
a saber, uma história das ideias que não é desencarnada dos contextos
sociais.
O minicurso, portanto, visa apresentar uma reflexão crítica sobre a
forma como o conceito de RAÇA afeta consideravelmente as bases históricas e
epistemológicas da filosofia africana e a possibilidade de transcendê-la em
vista da construção de uma identidade africana livre da dominação
eurocêntrica, defensora do princípio da alteridade e do pensamento filosófico
múltiplo e complexo por si mesmo e que sejam, finalmente, capazes de libertar
a humanidade construída de forma preconceituosa pelo peso da raça.

09h00 - Bruno Rogens Bezerra Guerrilha algorítmica: a guerra pela consciência social nas redes digitais Oficina
Guerrilha algorítmica: a guerra pela consciência social nas redes digitais
Local: Sala 3

A oficina visa apresentar uma reflexão sobre os dilemas éticos, morais e políticos da nova sociabilidade que emerge na sociedade hiper-conectada contemporânea. Apresenta algumas referências teóricas fundamentais para se pensar a simbiose entre algoritmos e relações sociais na produção de novas formas sócio-técnicas de relações sociais. Será apresentado também alguns casos paradigmáticos que expressam esses dilemas éticos através de temas que tocam na questão da privacidade, fronteiras tecnológicas e manipulação de eleições através de tecnologias de formação de perfis psicológicos de massa.

09h00 - Danielton Campos Melonio, Nertan Dias Silva Maia A crítica a Bildung segundo Schiller e Adorno Minicurso
A crítica a Bildung segundo Schiller e Adorno
Local: Sala 3

Objetivamos nesse curso apresentar as criticas tecidas por Schiller e Adorno aos modelos de processo civilizatório em curso em suas épocas, destacando os efeitos nocivos que produziram. Para efetivar essa meta, desenvolvermos a atividade em três momentos. No primeiro, exporemos as criticas de Schiller à Aufklärung, buscando destacar os impactos desse processo nos seres humanos e na cultura de seu contexto. Em seguida, explicitaremos a crítica contemporânea delineada por Adorno ao processo civilizatório que se desdobrou do projeto fracassado do Esclarecimento, ressaltando a noção de barbárie como um dos impactos negativos desse processo. Por fim, sugeriremos certas reflexões finais de acordo com o que foi exposto. Para a participação no curso é necessária a leitura prévia das obras Cartas a Augustenburg (1793) e Educação após Auschwitz (1969), compostas por Schiller e Adorno, respectivamente.

15h00 - Rubenil da Silva Oliveira Mesa redonda: Gênero, Filosofia e Psicanálise Mesa-redonda
Mesa redonda: Gênero, Filosofia e Psicanálise
Local: Auditório do Centro de Ciências de Bacabal

Mesa-Redonda: Gênero, Filosofia e Psicanálise

16h00 - Maria José dos Santos Mesa redonda: Educação, Tecnologia e Filosofia Mesa-redonda
Mesa redonda: Educação, Tecnologia e Filosofia
Local: Auditório do Centro de Ciências de Bacabal

mesa redonda com a professora Dra. Maria José dos Santos.

17h00 - Jardel Carvalho Mesa redonda: Direito, Tecnologia e Filosofia Mesa-redonda
Mesa redonda: Direito, Tecnologia e Filosofia
Local: Auditório do Centro de Ciências de Bacabal

Mesa redonda: Direito, Tecnologia e Filosofia

19h00 - Delmo Mattos Direito e Poder em Thomas Hobbes Conferência
Direito e Poder em Thomas Hobbes
Local: Auditório do Centro de Ciências de Bacabal

Conferência sobre Filosofia do Direito

09h00 - Jorge Luis Feitosa Machado ABORDAGENS DE ENSINO E DE PESQUISA NA FORMAÇÃO EM CIÊNCIAS HUMANAS Minicurso
ABORDAGENS DE ENSINO E DE PESQUISA NA FORMAÇÃO EM CIÊNCIAS HUMANAS
Local: sala 2

Este minicurso tem como proposta discutir estratégias e/ou métodos colocados em prática no trabalho de ensino e pesquisa na área de Ciências Humanas. Seu objetivo consiste em apresentar reflexões acerca de modelos, esquemas, recursos e metodologias que se destinam à constituição de habilidades dos discentes, no sentido de propiciar-lhes uma formação consistente. No que se refere ao ensino, focaremos a discussão sobre desafios concretos colocados ao ensino de sociologia em um contexto atual marcado pela proeminência da tecnologia sobre as práticas humanas, acentuando possibilidades de mediação didática, limites e conquistas observados na dimensão do ensino. Sobre a dimensão da pesquisa, abordaremos o uso de estratégias metodológicas, como das biografias coletivas e da história oral, no sentido de potencializar teoricamente essas ferramentas no tratamento teórico aplicado na construção de pesquisas dos discentes. O minicurso visa demonstrar que o discente da área de Ciências Humanas deve apreender habilidades e competências que dialogam e são interdependentes, estruturantes e imprescindíveis ao processo de formação da referida área.

09h00 - Ubiratane de Morais Rodrigues Uma introdução à filosofia ameríndia Minicurso
Uma introdução à filosofia ameríndia
Local: Sala 1

Este minicurso tem por objetivo apresentar uma perspectiva da filosofia indígena no Brasil. Esse espaço de reflexão permitirá aos participantes o questionamento a respeito da referência hegemônica a uma determinada forma de filosofia que se impõe como única, silenciando e/ou dissipando da memória coletiva formas de ser, pensar e agir de outros povos. Destaca-se que a filosofia indígena não será tratada aqui como um bloco uníssono. É preciso pensá-la como reunião ou entrelaçamento de diversas formas de pensar, ser e agir dos povos originários. Ou seja, pensar a filosofia indígena como campo prismático do pensamento de diversos povos. Quando falamos de povos indígenas, falamos de uma multiplicidade de posições existências grafadas por línguas diversas, costumes, relação sociais diversas, festas, hierarquias internas, múltiplos conhecimentos e tratamentos diversos com a transcendência, e justamente por isso, devemos pensar a filosofia indígena como plural. Para melhor trabalhar uma introdução à filosofia indígena, faremos uma espécie de oficina didática para avaliar uma possibilidade metodológica de trabalho efetivo na escola com conceitos do pensamento indígena e do pensamento ocidental clássico. Pois acreditamos que a Filosofia só pode existir em/no diálogo com a pluralidade das formas de existir no mundo com o pensamento.

09h00 - Hellen Maria de Oliveira Lopes Uma Leitura comunitarista de Hannah Arendt Minicurso
Uma Leitura comunitarista de Hannah Arendt
Local: Sala 2

Minicurso sobre a possivel leitura comunitarista do pensamento político de Hannah Arendt.

O minicurso tem por objetivo estabelecer uma aproximação do pensamento político da
filósofa Hannah Arendt com a teoria Comunitarista. Para alcançarmos esta leitura
comunitarista na filosofia de Hannah Arendt, analisaremos sua crítica à modernidade,
compreendendo que este período se apresenta predominantemente liberal.
Apresentaremos a caracterização do indivíduo moderno que se manifesta em sua forma
atomizada e alienada em relação aos assuntos comuns presentes na esfera pública. Por
fim, trabalharemos os conceitos de Amor Mundi e sensus communis que trazem consigo
uma confiança do homem no mundo e estabelece relações com a comunidade da qual
pertence.

14h00 Comunicações 1 Comunicação científica
Local: Sala 1

BARTOLOMEU DOS SANTOS COSTA

A EDUCAÇÃO ESTÉTICA DO
HOMEM: SOMENTE UM ENSAIO ESTÉTICO OU TAMBÉM UM MANIFESTO POLÍTICO?

Este artigo busca identificar e, de forma sucinta, discorrer sobre elementos que permitem apontar A Educação Estética do Homem, de Friedrich Schiller, para além de somente um ensaio sobre a Estética, mas também um manifesto político. Para esse intento, recorreu-se à análise bibliográfica da própria obra citada acima, bem como, a alguns artigos que tratam do tema em questão. À guisa de conclusão, a partir do pressuposto de que há a necessidade da contextualização histórica para a compreensão e interpretação de um texto, e do conceito de Fusão de Horizontes, de Gadamer, percebe-se que a obra enseja dar algumas respostas no sentido de resolver os problemas políticos e sociais resultantes dos ideais iluministas e, por conseguinte, da Revolução Francesa. Desse modo, configurando-se, também, como um manifesto político do autor como resposta às suas insatisfações frente aos acontecimentos político-sociais do seu tempo. Portanto, o trabalho consiste em um ensaio para uma discussão mais aprofundada posteriormente, ou seja, é uma discussão parcial sobre o tema e o que se objetiva com esse.

Brenda BRENDA RAYANNE CARDOSO NEVES

Uma questão antropológica no Leviatã de Thomas Hobbes.

Este trabalho visa expor um pouco do pensamento antropológico do filósofo Thomas Hobbes na primeira parte da sua obra Leviatã. Hobbes escreveu sua obra em um período pós renascentista, período em que homem está saindo da lógica baseada no teocentrismo para uma lógica antropométrica. Hobbes então tem se preocupado em compreender o homem antes do estado o homem em sua totalidade e o porquê de sua necessidade em criar um homem artificial. Traz uma lógica diferente da percepção cristã de que o homem seja bom. Adota uma perspectiva de que o estado de natureza do homem é selvagem para sua própria auto proteção. A procura pela compreensão de quem é o homem é essencial para entender a realidade que nos cerca, a todo momento somos chamados a refletir nossa existência a fim de compreender os processos históricos e sociais que estamos inserido.

David Alla Mota Serra

Pessoa e Dispositivo na filosofia política de Roberto Esposito.

O filósofo italiano Roberto Esposito é um dos maiores pensadores da filosofia política contemporânea. O projeto de repensar e ressignificar as categorias do político, desgastadas em seus fundamentos ontológicos, tem aberto novos espaços para pesquisas na disciplina que, de outro modo, teriam continuado a pensar a política com categorias filosóficas do século XIX. Nesse contexto, os conceitos de dispositivo (na sua origem foucaultiana e heideggeriana) e de pessoa (na sua origem jurídica e teológica), outrora antagônicos e contraditórios, são repensados com relação as formas de governo e a institucionalidade. Consequentemente, a partir de Roberto Esposito, pergunta-se: qual a relação entre os conceitos de dispositivo e de pessoa? O conceito de pessoa, para além de seu aspecto teológico, permite pensar a política? Qual a relação entre pessoa e institucionalidade jurídica? Mesmo que existam muitos trabalhos e pesquisas sobre a filosofia de Esposito no Brasil, as que abordam os aspectos relativos aos conceitos de dispositivo e pessoa ainda são insuficientes. Diante disso, a filosofia do italiano Roberto Esposito abre um leque importante para novas pesquisas cujo objeto de estudo é a relação entre política e pessoa.

Elinalva Pinto de Carvalho

O “PRIMEIRO ALCIBÍADES”: UMA LEITURA ATRAVÉS DE FOUCAULT SOBRE O SUJEITO DO CUIDADO DE SI

O cerne do trabalho, centra-se no diálogo do “Primeiro Alcibíades” de Platão, em que, evidencia os intentos e meandros de um ocupar-se consigo. Nesta perspectiva, através da ótica foucaultiana visamos refletir como constituiu-se a noção de cuidado de si (epiméleia heautoû), e de como era percebida na tradição dos antigos, como um exercício de liberdade, uma forma de governar a si mesmo e aos outros. Para esta análise Foucault faz um recuo hermenêutico à cultura greco-romana, no qual permitiu-lhe extrair fundamentações teóricas à uma ética voltada à estética do cuidado de si. Neste sentido, o trabalho pautar-se-á na reflexão sobre o cuidado de si (epiméleia heautoû), uma forma de resistência, tendo como pressuposto as concepções da obra de Platão, “O Primeiro Alcibíades”. E, as análises lançadas no curso A hermenêutica do sujeito (1982) aulas ministradas no Collège de France, no qual Michel Foucault aponta as questões que envolvem o preceito délfico e que culminam no entendimento sobre a estética da existência enquanto uma ética possível do cuidado de si. Esta circunstância não diz respeito apenas problema conceitual, mas Foucault percebe que houve uma valoração do conhecimento técnico-científico que operou rupturas nas práticas ascéticas. Ou seja, o termo (epiméleia heautoû) que, para os gregos estava estritamente vinculado ao cuidado consigo mesmo, em suas atitudes éticas, foi moldado e substituído pelo gnôthi seautón. Nesta perspectiva, deu-se, segundo Foucault, quando o imperativo socrático, conhece-te a ti mesmo foi requalificado, ao que o filósofo chamou de “momento cartesiano”. Então, partiremos deste acontecimento, onde o cuidado de si (epiméleia heautoû) ficou a sombra do gnôthi seautón, (conhece-te a ti mesmo) no qual tinha uma conotação diferente da que conhecemos, como conhecimento de si. Neste âmbito, a experiencia que o sujeito tinha consigo, desvencilha-se e emerge na cultura, práticas políticas que agora tomam o sujeito como objeto de conhecimento e de subjetivações, e isto reforça a ideia de um governo das condutas mais voltado a governamentalidade biopolítica. Portanto, estes primeiros apontamentos diagnosticam a conduta moral e política do sujeito consigo mesmo na antiguidade.

MARCOS FERREIRA SILVA

Nova História Indígena na Polifonia da Historiografia: Diretorias e Colônias no Maranhão Provincial na Interface da Política Indigenista Imperial (1845-1889).

O texto trabalha a revisão historiográfica da temática Nova História Indígena, revitalizando algumas de suas conceituações. O tema configura-se com grande relevância, tendo em vista que a história das populações indígenas também se insere diretamente na proposta decolonial.Por sua vez, o estudo dessa temática apresenta uma relevância no que tange à consciência acerca do protagonismo do índio na história, como sujeitos dotados de práticas, saberes e histórias. Olhando e repensando tal história indígena como tema profícuo do fazer historiográfico, fui sendo compelido por algumas inquietações.A pesquisa partiu do contato com um vasto acervo documental do século XIX, relacionado à política indigenista no Maranhão imperial, ofícios trocados entre os Diretores gerais dos índios, Diretores parciais das Colônias indígenas e os Presidentes da Província, correspondências dos missionários e relatórios dos Presidentes da Província do Maranhão e da Diretoria Geral dos Índios. Logo, passei a perceber que a perspectiva e as vozes indígenas aparecem de forma sutil na documentação, e assim tenho me atentado a esses momentos, buscando valorizá-los em minha narrativa.

16h00 Comunicações 2 Comunicação científica
Local: Sala 2

BARTOLOMEU DOS SANTOS COSTA

UMA BREVE ANÁLISE ACERCA DAS DISTINÇÕES ENTRE TEORIA TRADICIONAL E
TEORIA CRÍTICA EM MAX HORKHEIMER.

Este paper tem como objetivo fazer uma análise acerca da diferenciação entre Teoria Tradicional e Teoria Crítica no texto de Max Horkheimer, que leva o título Teoria Tradicional e Teoria Crítica. O texto analisado é o primeiro capítulo do livro Textos Escolhidos, da coleção Os Pensadores XLVIII. Como metodologia, foi utilizada a revisão bibliográfica, focada, essencialmente, no texto supracitado, porém, foram utilizados também alguns textos complementares. A relevância do trabalho consiste em apontar a necessidade de uma busca e análise das bases filosóficas do antagonismo Teoria Tradicional-Teoria Crítica, já que essas reflexões estão presentes também na Sociologia, sobretudo, na contemporaneidade, para compreender minimamente o que é Teoria Tradicional, Teoria Crítica, quais os elementos peculiares de cada uma dessas concepções e como esses as distinguem. À guisa de conclusão, são apresentadas algumas características das teorias Tradicional e Crítica numa das bases filosóficas para essa discussão, a saber, a filosofia de Max Horkheimer, um filósofo e sociólogo alemão e um dos principais teóricos da chamada Escola de Frankfurt.

MARCONES ALVES DA SILVA

O OBSCURANTISMO E A NEGAÇÃO DA CIÊNCIA DIANTE DA CONCEPÇÃO KANTIANA DE RAZÃO.

Diversas discussões modernas examinam os conflitos filosóficos em torno da teoria do conhecimento e da ciência, bem como, sua negação, repetida por interlocutores conhecidos e anônimos em todo o mundo. As concepções filosóficas sobre o conhecimento humano são diversas e distintas, o filósofo Immanuel Kant (1724-1804) apresenta uma definição que questiona uma tradição e inaugura outra. Com o Iluminismo, surge a crença de que não deve existir seres ou pessoas superiores que tomem decisões para a humanidade com a mera autoridade, assim passam a surgir rompimentos com a autoridade monárquica e eclesiástica e outros paradigmas passam a ser propostos visando a razão como fundamento. Assim, a compreensão daquilo que a ciência pode realizar nos conduz, por um lado, rejeitar as afirmações lunáticas e negacionistas e, por outro, compreender de forma lúcida e discutir de forma crítica. A compreensão da razão kantiana, neste contexto é de suma importância, pois não apenas produz fundamentação para uma reflexão crítica, mas também possibilita um posicionamento moralmente coerente. Neste sentido o mote da filosofia de Kant se evidencia: “a minha liberdade está no cumprimento do meu dever”. Em tempos de pandemia a nossa liberdade (valor moral) está na posição de responsabilidade própria de uma humanidade que saiu da menoridade e, por isso, deve usar a racionalidade. Maioridade humana KANT sintetiza seu otimismo em relação a possibilidade de o ser humano guiar-se por sua própria razão. Sem se deixar enganar pelas crenças tradições e opiniões alheias.

Pedro Estevam Gemaque Chacon

Hermenêutica e Violência. Cercamentos jurídico-politicos no pensamento de Gianni Vattimo.

A filosofia do direito italiana contemporânea tem se mostrado muito produtiva ao pensar as questões relativas aos problemas conceituais da filosofia para pensar o direito. As categorias filosóficas para pensar o jurídico que, na sua maioria, se sustentam em elementos ontológico-metafísicos, aparecem enfraquecidas e os filósofos são convocados a repensar o direito. Nesse contexto, os conceitos de direito, niilismo e emancipação, outrora antagônicos e contraditórios, são repensados, por via positiva, como possibilidades de ação política. Consequentemente, a partir de Gianni Vattimo, pergunta-se: é possível pensar a filosofia do direito na relação entre niilismo e emancipação A política e o direito podem coexistir com o niilismo E mesmo, qual o tipo de niilismo que poderia emancipar Mesmo que existam muitos trabalhos e pesquisas sobre a filosofia de Vattimo no Brasil, as que abordam os aspectos jurídicos da sua filosofia ainda são precárias. Diante disso, a filosofia do italiano Gianni Vattimo é pertinente e imprescindível para pensar a filosofia do direito na ontologia política.

Rafaela Araujo Santos

Nietzsche contra Sócrates: crítica ao homem teórico e ao surgimento da dialética

O presente trabalho, intitulado "Nietzsche contra Sócrates: crítica ao homem teórico e ao surgimento da dialética", tem como finalidade discutir, através dos textos de O nascimento da tragédia e o Crepúsculo dos ídolos, pertencentes ao filósofo Friedrich Nietzsche, sobre o afastamento da arte dionisíaca e o aniquilamento da arte trágica no mundo grego, abrindo espaço para o surgimento de uma tendência socrática, que surge como uma nova forma de existência, a do homem teórico. Aborda-se, também, o momento em que se apresenta o antídoto que a sociedade grega tanto esperava, aquele capaz de proporcionar segurança, proteção, mas, era apenas algo fantasioso, a própria decadência do mundo grego, a presença da dialética. Desse modo, para Nietzsche, Sócrates é o principal responsável pela inversão dos valores do mundo helênico, e, que obteve a ajuda de Eurípides para que a dialética fosse apresentada como a mais nova "arte salvadora" daquele povo. Através disso, Nietzsche formula críticas à ascensão da dialética socrática entre os gregos, considerando o seu caráter degenerativo contra a vida e contra os instintos que guiavam o indivíduo.

Marcio Javan Camelo de Lima

A produção Do Medo: Considerações acerca da Filosofia de Espinosa

Este trabalho tem como objetivo principal esclarecer a coerência teórica da articulação e utilização, por parte de Baruch Espinosa, do conceito de Medo, dentro daquilo que se pode chamar de Teoria dos Afetos, ou Ciência dos Afetos. Para tanto, faz-se necessário identificar em que consiste, para Espinosa, os afetos; como são caracterizados e qual o papel ou função que eles desempenham na Filosofia de Espinosa e seus desdobramentos. Como parte desse objetivo, faz-se necessário, também, esclarecer a qual tradição Espinosa se filia e qual ele rejeita.

19h00 Conferência 3 Conferência
Local: Auditório do Centro de Ciências de Bacabal

Conferência sobre Filosofia da Tecnologia

Local

Universidade Federal do Maranhão - CCEL - Avenida Governador João Alberto S/N, Bambu, Bacabal, Maranhão,
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Organizador

Curso de Ciências Humanas-CCBa-UFMA

Organizadores:
Clever Luis Fernandes
Francisco Vale
Itanielson Coqueiro
João C. Linhares